PRÓLOGO

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            "A vida é uma questão de escolha ou estamos presos em um destino imutável...?"

   
    Se a vida fosse uma questão de escolha, será que se eu tivesse escolhido negar o pedido da pessoa mais importante para mim de encontrá-la, teria evitado ter meu coração esmagado? Ou, independente da escolha que eu fizesse, ele estava destinado a ser arrancado da minha vida?

    Quem sabe, se eu tivesse realmente negado, não estaria aqui olhando para o seu túmulo recém erguido. Quem sabe, se tivesse segurado a curiosidade em saber qual era a sua novidade, não estaria olhando para o mármore de sua lápide, onde eternamente está gravado seu belo nome.

    Pensar nessas possibilidades era quase tão torturante quanto lembrar que tinha ouvido seu assassinato por um maldito celular. Poderia até fazer dois dias, mas a voz do assassino ainda ressoa viva em minha mente. Além do sentimento de impotência que senti, quando ouvi o assassino rir ao puxar o gatilho que ceifou sua vida.

    As pessoas que acompanharam seu velório e enterro não sabiam disso. Apenas sabiam que Valentim Vasconcellos, o próximo chefe dos negócios Vasconcellos, estava precocemente morto.

    No entanto, se para eles ele era Valentim Vasconcellos, para mim era apenas Valentim. O melhor irmão que eu poderia imaginar ter!

    E que agora eu não tinha mais.

    Não tinha mais a única pessoa que me amou incondicionalmente.

   O que meu pai jamais pode me dar, ele, mesmo sendo meio-irmão, me deu.

    E é por isso que, ao me aproximar de seu túmulo pela primeira vez, eu sei o que tenho que fazer. Sabia exatamente quem tinha feito aquilo.

    Os Gonzalez.

    Como o homem que puxou o gatilho garantiu em dizer. Por isso, ao me abaixar para depositar o belo ramo de lírios em seu túmulo, eu só posso pensar em uma coisa: vingança. Nada além da vingança...!

Além da VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora