6º Melhor do que o esperado

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   O farol para a centímetros de mim, quase fazendo com que eu tombe de vez! Com o coração batendo acelerado no peito, só consigo soltar a respiração, que nem sabia que estar segurando, quando as luzes ofuscantes do farol se apagam.

   Com mais certeza de que viveria, começo a sentir os lugares doloridos. Como tinha caído praticamente de quatro, os joelhos e as mãos foram os que mais tinham sentido o impacto da desastrosa queda.

   Pelo menos tinham evitado eu ir de cara!

   Ainda no chão estou pronta para tentar levantar quando vejo um par de sapatos parar a minha frente e, pelo segundo que eu pensei ser o cara da moto, estou pronta para soltar certo palavreado junto com a minha mão socando seu rosto! Porém, antes disso, ouço outra voz:

   —A senhora está bem? —a pergunta é seguida por ele me ajudar a levantar e eu olhar para o seu conhecido rosto.

   —Martin!

   Vejo Martin me olhar com surpresa e não me reconhecer de imediato. Ele me olha com desconfiança, mas sou cortada antes de o informar quem eu sou.

   —Lissa?

   Viro no mesmo instante para olhar para um Dante ainda mais desconfiado. E mais uma vez abro a boca para falar algo, mas sou cortada outra vez.

   —Você é uma desastrada! Eu sabia que tinha que te levar para casa....

   Viro novamente agora na direção do homem desconhecido, que eu nem sabia o nome, mas que agora tentava cauteloso vir na minha direção.

   —Acredito ter visto você a empurrar —corta Martin a minhas costas fazendo o homem estancar no lugar.

   Pelo seu olhar ele parecia remediar se deveria abrir a boca de novo ou dar mais um passo. Vejo ele parar perto da guia, mas não propenso a se calar:

   —A gente vai embora se vocês não se importam...

   Estupefata, olho ele estender a mão, como se realmente nos conhecêssemos! Minha boca chega a abrir para o xingar e a imagem de eu pulando em cima dele para mostrar do que realmente sou capaz chega a se formar em minha mente!

   —Você o conhece? —Dante pergunta ao ajustar o terno escuro e se encaminhar despreocupadamente até o meu lado, me deixando assim entre Martin e ele.

   Olho de volta para o homem, que parece muito mais intimidado por ter Dante o encarando, do que apenas ter sido encarado por Martin e muito mais do que apenas por mim.

   Talvez fosse aquela maneira impetuosa e feroz de olhar que o deixava mais como aquele que você não queria contrariar.

   Engolindo em seco junto com a vontade de ir dar um soco na cara daquele babaca, me preparo para ser a garota que realmente precisava ser salva. Chego até sorrir internamente, já que aquele incidente tinha apenas alimentado melhor minha historinha. Melhor do que eu tinha planejado...

   —Não, eu não o conheço. Eu estava apenas esperando um táxi chegar para ir para casa quando ele chegou... e me empurrou quando eu disse que não queria nada com ele.

   —Ah princesa, não foi bem assim... —o homem tenta, aparentemente sem graça, ao olhar alternadamente entre Martin e Dante.

   —Não foi? Eu poderia ter sido atropelada! —rebato indignada.

   —Você tem algum problema de entender o que é dito para você? —Dante pergunta dando alguns passos na direção do homem, que parece não saber se corre ou se responde.

   —N-não.

   —Então por que você não entendeu o que ela disse para você?

   —E-eu... —o homem se embaralha nas próprias palavras e volta os olhos escuros na minha direção. O ódio está nítido em toda a sua expressão, como se eu fosse a culpada por ele ter que responder aquelas perguntas. Não poderia negar estar gostando daquilo...

Além da VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora