O farol para a centímetros de mim, quase fazendo com que eu tombe de vez! Com o coração batendo acelerado no peito, só consigo soltar a respiração, que nem sabia que estar segurando, quando as luzes ofuscantes do farol se apagam.
Com mais certeza de que viveria, começo a sentir os lugares doloridos. Como tinha caído praticamente de quatro, os joelhos e as mãos foram os que mais tinham sentido o impacto da desastrosa queda.
Pelo menos tinham evitado eu ir de cara!
Ainda no chão estou pronta para tentar levantar quando vejo um par de sapatos parar a minha frente e, pelo segundo que eu pensei ser o cara da moto, estou pronta para soltar certo palavreado junto com a minha mão socando seu rosto! Porém, antes disso, ouço outra voz:
—A senhora está bem? —a pergunta é seguida por ele me ajudar a levantar e eu olhar para o seu conhecido rosto.
—Martin!
Vejo Martin me olhar com surpresa e não me reconhecer de imediato. Ele me olha com desconfiança, mas sou cortada antes de o informar quem eu sou.
—Lissa?
Viro no mesmo instante para olhar para um Dante ainda mais desconfiado. E mais uma vez abro a boca para falar algo, mas sou cortada outra vez.
—Você é uma desastrada! Eu sabia que tinha que te levar para casa....
Viro novamente agora na direção do homem desconhecido, que eu nem sabia o nome, mas que agora tentava cauteloso vir na minha direção.
—Acredito ter visto você a empurrar —corta Martin a minhas costas fazendo o homem estancar no lugar.
Pelo seu olhar ele parecia remediar se deveria abrir a boca de novo ou dar mais um passo. Vejo ele parar perto da guia, mas não propenso a se calar:
—A gente vai embora se vocês não se importam...Estupefata, olho ele estender a mão, como se realmente nos conhecêssemos! Minha boca chega a abrir para o xingar e a imagem de eu pulando em cima dele para mostrar do que realmente sou capaz chega a se formar em minha mente!
—Você o conhece? —Dante pergunta ao ajustar o terno escuro e se encaminhar despreocupadamente até o meu lado, me deixando assim entre Martin e ele.
Olho de volta para o homem, que parece muito mais intimidado por ter Dante o encarando, do que apenas ter sido encarado por Martin e muito mais do que apenas por mim.
Talvez fosse aquela maneira impetuosa e feroz de olhar que o deixava mais como aquele que você não queria contrariar.
Engolindo em seco junto com a vontade de ir dar um soco na cara daquele babaca, me preparo para ser a garota que realmente precisava ser salva. Chego até sorrir internamente, já que aquele incidente tinha apenas alimentado melhor minha historinha. Melhor do que eu tinha planejado...
—Não, eu não o conheço. Eu estava apenas esperando um táxi chegar para ir para casa quando ele chegou... e me empurrou quando eu disse que não queria nada com ele.
—Ah princesa, não foi bem assim... —o homem tenta, aparentemente sem graça, ao olhar alternadamente entre Martin e Dante.
—Não foi? Eu poderia ter sido atropelada! —rebato indignada.
—Você tem algum problema de entender o que é dito para você? —Dante pergunta dando alguns passos na direção do homem, que parece não saber se corre ou se responde.
—N-não.
—Então por que você não entendeu o que ela disse para você?
—E-eu... —o homem se embaralha nas próprias palavras e volta os olhos escuros na minha direção. O ódio está nítido em toda a sua expressão, como se eu fosse a culpada por ele ter que responder aquelas perguntas. Não poderia negar estar gostando daquilo...
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Além da Vingança
Romance"Em um jogo de matar ou morrer pode o amor sobreviver...?" Vingança. Para muitos, um prato que se come frio. Para tantos outros, algo que não vale a pena investir. Para Lissa, que perdeu a pessoa mais importante da sua vida pela cobrança de ou...