Alpha species, omega genus •jeon Jungkook• +18

02

Eu:Aii meu Deus, que coisinha mais fofa! -Berrei, baixinho vendo o coelhinho tomar leite-

Eu estava dando leite a ele por uma seringa. Ele estava muito magro e não queria comer por uma vasilha. O dei tanto leite que ele ficou deitado sem se mexer por mais de uma hora. Fazia dois dias que eu estava com ele sem ninguém notar.

Levei as coisas sujas lá para baixo e lavei com rapidez.

M:O que está fazendo?

Eu:Lavando vasilha. -falei, calma, mesmo querendo ser rude com uma resposta/patada-

M:Vai chover hoje. -falou, risonha-

Suspirei, terminei e fui subir as escadas.

M:Saia desse quarto pelo menos um dia, garota. Vá se divertir, sair com amigos, sei lá.

Eu:Me chama quando encontrar amigos pra mim, tá? Enquanto não achar, me deixe ficar vivendo minha vida trancada no quarto. Tchau e obrigada. -falei, com tédio-

Voltei a subir as escadas, entrei em meu quarto e o tranquei.

Eu:Coelhinho do meu coraçãooo...-cantarolei, dançando até ele- você é meu amiguinho, né?

Peguei o bichinho com cuidado para não machucar sua patinha, me sentei em meu puf e o coloquei em meu colo. Comecei a fazer carinho nele, enquanto  continuava a ler meu livro.

Eu:Minha mãe acha que eu preciso de amigos humanos, puf...-zonbei- estou satisfeita com meu coelhinho e meus livros. As vezes penso em sair e dar, já estou cansada de ficar excitada lendo livros eróticos, mas nunca saio, não tenho coragem. -olhei pro coelhinho que me olhava com os olhos semi-abertos- você acha que eu já deveria ter dado? Não...não...O meu tipo de homem é diferenciado. Os livros me fizeram ter um padrão muito alto em comparação a homem. -coloquei o livro no chão e olhei diretamente para o coelhinho- Eu quero namorar um garoto fofo, cara de neném, mas com um corpo enorme, todo sarado. Gosto daqueles que tem uma bunda grande que eu possa morder, bater e tudo mais.
Quero um que tenha peitos enormes que eu possa fazer fon-fon -Ergui as mãos fingindo estar apertando peitos- que me pegue no colo, que seja carinho, bom de cama, que me obedeça sem protestar e tudo mais. Eu sou feminista, então só aceito homens que eu me obedeçam.

Eu:Sabe...eu tenho medo, então acho que nunca terei amigos ou um namorado. Não que eu precise, mas as vezes é um pouco solitário, mesmo eu sendo acostumada com isso. Mas agora eu tenho você! -Sorriu- meu amiguinho.

Coloquei ele em sua "caminha" quando dormiu. Fui tomar um banho um pouco demorado. Fiquei a frente do espelho e observei meu corpo. Estou muito gorda, não basta só parar de comer, eu tenho que sair e correr um pouco para ver se funciona.

Voltei para o quarto ao terminar o banho, vesti só um short fininho, uma blusa branca e fina, coloquei uma meia grossa até os joelhos, sequei meus cabelos com a toalha mesmo e fui me deitar na cama para assistir algo no meu notebook.

Fiquei o resto da tarde assistindo filme e vendo série, quando deu a noite, desci as escadas e peguei uma cenoura, cortei em pequenos pedaços e subi novamente. Alimentei bem meu coelhinho fofo, o fiz carinho sentada na janela do quarto observando as luzes da cidade.

Eu:Você me acha gorda, coelhinho? -acariciei suas costas- os meus colegas da escola me acham. Eu faço de tudo para emagrecer, mas é um pouco difícil. Eu deveria ter nascido como um animalsinho igual a você. Sabe, quando vocês estão gordinhos, vocês são super fofos, mas quando somos nós...a história é outra.

...

DIA SEGUINTE:

Calcei meu tênis, coloquei minha jaqueta, sai do quarto e o tranquei, desci as escadas e sai de casa. Vou comprar meus matérias escolar e umas roupas. Coloquei meus fones e pedalei até as lojas de matérias.

Ao chegar, fiquei olhando todos com calma sem me importar com as pessoas ao meu redor. Acho incrível como meus fones me salvam em horas assim. Tenho medo de pessoas e isso me faz as odiar eternamente. O barulho de conversas me deixam doente, o contato entre as pessoas me dá ânsia, a precisão em falar me faz ter dor de barriga e cabeça. Amo sair sozinha, mas odeio também.

Ao terminar de escolher tudo, paguei e sai do local. Fui até uma livraria dar uma olhada nos livros e até mesmo comprar alguns. Andei pelos largos corredores, toquei nos livros e li suas sinopses, me interessei por uns e peguei. Paguei e voltei pra casa, calmamente.

Ao chegar fui direto para meu quarto, guardei as coisas, troquei de roupa, peguei meu coelhinho e fui me deitar em minha cama. Comecei a convesar com ele para tentar mudar minha cabeça em relação a comida. Eu estava faminta, já fazia mais ou menos dois dias que não tocava na comida e isso estava me deixando louca.

Eu:E sua perninha? Já está melhor?

Coloquei ele em cima da minha cama e me ajoelhei ao lado dele, comecei a tirar os curativos para colocar outro. O coelhinho começou a me morder novamente, estava quase arrancando a minha pele.

Eu:Calma, não tenha medo. Eu vou cuidar de você.

Deixei ele lá em cima quando terminei. Coloquei uma música na minha caixinha de música e comecei a dançar pra lá e pra cá, rindo e me divertindo. Era legal ter alguém assistindo. Quase cinco anos sem ninguém para conversa é puxado, mas eu nao ligava.

Dancei tanto que por algum motivo, eu fiquei tonta e cai com tudo no chão, ofegante, sem forças, prestes a desmaiar. Sorri meio torto antes de fechar os olhos e perder a consciência.