Alpha species, omega genus •jeon Jungkook• +18

45

3 ANOS ATRAS: 12 de dezembro

Bi:Po-por favor...-Implora esfregando as mãos de joelhos no chão. - E-eu.... imploro! -Chora alto, engasgando com o enorme bolo em sua garganta.

Nabi cruza as pernas, contornando um braço na cintura e curvando o outro para por o cigarro acesso em seus lábios. Suga a fumaça, soltando em meio a um sorriso maldoso.

Nabi:Baleias não falam, ou...falam? -Olha para uma das garotas sorrindo atrás de si.

A garota recusa, rindo alto. Nabi faz um leve sinal para um de seus "amigos" atrás de si, o qual vai até a Bianca e a agarra pelo cabelo, forçando-a a se levantar e a jogando com tudo sobre um tambo de ferro cheio de água. O barulho ecoou por toda a extensão do prédio em construção da escola, que se misturou com o barulho de risos e choro.

Nabi:Acha que pode falar merda sobre nós para a coordenação e sair ilesa com isso?! AHM!!? -Berra parando de pé na frente de Bianca.

Bi:E-eu não fi-fiz isso, nabi. Por favor...
Me deixe ir. -Esfrega as mãos em desespero.

O medo transbordava pelas lágrimas grossas, sujando os cortes de seu rosto, se misturando com a sujeira e a água velha. Nabi abaixa o busto, puxando a fumaça uma última vez e empurrando a ponta avermelhada contra o ombro da mesma. Bianca salta para trás passando a mão no local queimado desesperada. Os outros filmam e dão risadas.

Nabi:Ha yeon, cuide dela por mim. Tenho algo mais importante para fazer. -Fala enquanto checa uma nova mensagem em seu celular. - Me mandem mais tarde, em...-Pisca para as duas garotas que filmam tudo.

Nabi sai do local após cuspir sobre o corpo quase desnudo sentando no chão.
Yeon agarra os fios longos de Bianca acertando um forte tapa sobre sua bochecha, fazendo o mesmo várias vezes. Bianca implora para que parem, chora, se arrasta sobre o chão sujando seu uniforme molhado e cortando seus joelhos.

Com seu "trabalho bem feito" pronto, todos saem do local a deixando no chão engasgando com o próprio sangue. Não conseguia enxergar com um dos olhos por tamanho inchaço, suas pernas raladas ardiam com as sujeiras grudando neles. Em poucos minutos, o único barulho do local era a chuva forte que caia fora do local.

No dia seguinte, Bianca acordou sobre o chão, mas uma manta fina estava repousava sobre seu corpo ferido. Com lágrimas nos olhos, apertou a manta azul claro, sujando a cor clara com o tom forte de seu sangue. Com o resto da força que a faltava, gritou, gritou como nunca antes, não se importando com a dor cortante que atingiu sua garganta seca.

Mesmo com frio, dor, sede e fome, ela permaneceu no chão sujo, deitada, chorando e se perguntando o que de tão mau ela havia feito para merecer tal tratamento. Naquele dia, ela ficou lá, acordada sem mexer um mero músculo. Sua bexiga implorava para ser esvaziada, mas mesmo com a força que fazia ali mesmo, não conseguia. Seu corpo não a obedecia. A dor física se tornavam algo insuportável.

Na manhã seguinte, se levantou com a força das mãos nas paredes. Chorou alto com a dor enorme em seu ventre. Socou o local com força, gritando com sigo mesmo.

Bi:ME OBEDEÇA! PORRA, NÃO FODE MAIS COMIGO, CORPO INÚTIL DO CARALHO!

Com toda sua força, forçou a si mesmo de mijar, sentindo todo seu interior arder como o inferno. Gritou em quanto tentava se aliviar, tentando não perder a consciência ali mesmo, pois sabia que, se perde-se a consciência não iria conseguir se aliviar e a dor seria mil vezes pior.

Terminado, saiu do prédio arrastando o corpo "morto" pelas ruas congeladas de Seul, olhando para a neve abaixo de seus pés cobertos apenas com uma meia em um único pé. Não havia ninguém por ali. Não havia ninguém para ajudá-la. Quando chegou na porta de casa não conseguia sentir seus dedos e nem seu rosto.