Capítulo 7

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Maitê

Me transformei em uma versão nova para mim, todas as vezes que olhava pra Guilherme, ele estava me encarando, então decidi ser um pouquinho ousada e o provocar, aprendendo com Aline, descer até o chão.

– Isso ai amigaaaa!

Estava na minha segunda garrafa de cerveja, mas prometi que seria a última, ainda não estou acostumada e não estou afim de acordar outra vez de ressaca. De longe vi Douglas e Guilherme conversando, achei estranho mas tentei não me importar. Não demorou pra Bruno chegar atrás de Aline e puxar sua namorada pra perto.

Continuei dançando, mas quando ouvi sua voz atrás de mim, me arrepiei por inteira, olhei pra ele confusa, de pouco em pouco Guilherme foi se aproximando, fazendo meu coração se acelerar, um nervosismo bater, não conseguia me mover, eu queria aquilo, imaginei como seria seus beijos, até sonho eu tive e antes de qualquer outra reação, ele me beijou, senti meu estômago se agitando, apoiei minhas mãos em seu peitoral e ali, me perdi naquele pedaço de homem, já sabendo que não teria mais volta, não depois daquele beijo.

Sua língua dançava com sincronia junto com a minha, tirando todo nosso fôlego. Quando se afastou, quase deixei escapar um grunhido de frustração, Guilherme parecia tão atordoado quanto eu, era impossível que só eu estivesse sentindo aquelas coisas.

– Ai papai me apaixonei.

Acabei rindo e afundando meu rosto em seu peito, inalando o seu cheiro, o que quer que seja tudo isso que ele está causando em mim era bom demais ou talvez, eu esteja fantasiando coisas. Fiquei com o gostinho de quero mais daquele beijo, Guilherme me puxou pra sair dali, parecendo querer fugir de alguém e me surpreendeu quando chegamos no seu carro e me imprensou, me lascando outro beijo, só que mais desesperado dessa vez, como se dependesse disso.

Senti minhas pernas falhando com aquela pegada, quando senti um volume me pressionando na coxa, minha intimidade pulsou, ele estava excitado e saber daquilo, me deixou também, me fazendo sentir um calor no meio das minhas pernas. Deslizei minha mão pelo seu peitoral, Guilherme apertou minha cintura, se pressionando ainda mais em mim e um gemido se escapou dos meus lábios, o fazendo estremecer.

–  Porra!

Ele xingou ainda com a boca na minha, mordiscou meu lábio inferior e chupou, eu estava entorpecida. Senti sua testa se encostando na minha, Guilherme acariciou meu rosto com as costas de sua mão, tentando controlar sua respiração.

— Achei vocês!

Guilherme se afastou na mesma hora, desviei o olhar pro meu amigo, que estava com um sorriso de como se tivesse acertado na loteria. Ao seu lado, uma garota com um vestido colado, com seus seios quase a mostra e coxas bem visíveis, tentei ignorar seu olhar pra cima do Gui, mas que garota cara de pau.

– Desculpa, viemos pegar um ar.

–  Um ar? Me conta outra Guilherme. Eu bem vi o ar que vocês estavam pegando.

Ouvi a risada do meu melhor amigo, por um impulso, puxei Guilherme pra trás de mim, ficando em sua frente, vê se aquela garota me enxergava ali mas foi como se eu nem existisse, a própria piscou em direção a ele, senti uma de suas mãos na minha cintura, me puxando e fazendo o contato com nossos corpos.

– Eu a levo pra casa hoje, vai curtir a sua noite, relaxa.

– Tem certeza?

Ele olhou pra mim, desviei meu olhar por segundos pro meu amigo.

– Absoluta, quero ir com o Gui.

Um outro sorriso surgiu em seus lábios.

– Ok, aproveitem a noite também.

Uma parte de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora