Capítulo 19

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GUILHERME

Como prometido, Maitê esteve presente naqueles dias da semana, nossos amigos estavam contentes por tê-la de volta e eu lógico, que não poderia estar mais feliz, mesmo que tenhamos trocado poucas palavras, pelo menos, ela estava ali. Percebi Douglas muitas vezes me analisando mas ele continua a tratando como uma boneca de porcelana, o que me incomoda, porque eu queria estar do lado dela. Bianca estava no meu pé, mas eu passei o tempo todo da faculdade pro hospital, hospital pro apartamento, não fui a casa dos meus pais porque não queria ter que vê-la.

– Cara vai tá de plantão esse final de semana?

– Não, graças a Deus.

O encarei, ele abriu um sorriso de canto.

– Aline estava pensando em dar uma festa na casa da praia, pra galera relaxar um pouco, distrair a cabeça dessa situação turbulenta. Ajudar a vocês dois para poderem conversarem, sabe, lá terão privacidade desses abutres dos paparazzis.

Arqueei a sobrancelha, Aline estava me ajudando? Ok, até uns dias ela estava querendo me matar.

– Mano com todo respeito? Sua mina é doida. - ele riu. – Uma hora está uma fera querendo me matar e agora está me ajudando?

– Gui ela te conhece, aliás todos nós te conhecemos. No fundo ela sabe que você está falando a verdade, só que não vacila não mano.

– Eu tô tentando, problema que Carlos está fazendo a cabeça dos meus pais, não sei qual é o problema deles.

– Complicado. Mas faz o seguinte, vou ver com a Aline e ver com o pessoal, te mando uma confirmação beleza?

– Valeu cara! Valeu mesmo.

Abracei ele e se despedimos. Segui pro estacionamento, vi logo mais à frente Maitê e Douglas, antes deles entrarem dentro do carro, nossos olhares se cruzaram. Dei um sorriso de canto e ela me retribuiu, acenando. Acenei de volta, ah caramba! O desespero já toma conta do meu ser, só de imaginar perdê-la pra sempre, essa distância está me matando.

Amanhã seria o dia que iria sair o resultado mas estou nem aí, estou tranquilo em relação a esse teste, principalmente, feito no hospital onde eu trabalho, conheço as regras deles e são bem rigorosos em questão de suborno. Bianca e senhor Carlos que esperem até segunda, mesmo que eu queira logo acabar com tudo isso, minha prioridade é ficar bem com a mulher que eu amo.

Fui direto pro hospital trabalhar, almocei por lá mesmo e tive um dia tranquilo, o que ultimamente não tenho. Bruno me confirmou a ida pra casa na praia, vou aproveitar e pegar a estrada ainda hoje, não quero correr o risco de ser esbarrado amanhã por Bianca. Liguei para minha mãe pra saber como estava meu pai e ela se queixou sobre eu ir se divertir, sabendo que amanhã sairia o resultado do teste.

Desliguei antes de criar qualquer outro tipo de briga com ela, estou cansado disso. Arrumei umas coisas na mochila e segui pra casa da praia do Bruno, que demora em torno de uns quarenta minutos, nem é tão longe assim. Quando cheguei, o segurança logo deu permissão pra mim entrar e colocar o carro na garagem. Peguei minha mochila e segui pra casa, apertei a campainha algumas vezes, o que demorou um pouco até aquela porta se abrir e meu coração disparar.

– Oii.

Eu não consegui dizer nada, ela estava tão linda! Porra! Ela estava diferente, tinha algo nela que estava me deixando intrigado. O que eu vou fazer da minha vida se ela me mandar embora? Já estou ferrado, porque meu coração pertence todinho a esse mulher.

Uma parte de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora