Capítulo 36

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MAITÊ

Ver Gui segurando a nossa filha, era tudo que eu sonhava, não só eu me emocionei como seus pais também, principalmente na hora em que Valentina reconheceu a sua voz e deu o seu primeiro sorrisinho.
Ele ficou um pouco perdido enquanto seus pais e minha mãe, contavam um pouco sobre ele, eu apenas o observei, ainda sem acreditar em que ele estava de volta e tudo que eu queria, era poder dormir em seus braços essa noite mas entendi, era estranho para ele então dei seu espaço.
Ouvi Valentina resmungar e me acordei, passando a mão em meu rosto, droga eu dormi! Bom quando se vira mãe, quando se tem a oportunidade de dormir, você aproveita, não resista ao sono. Ela abriu seu chorinho e eu me levantei para pega-lá, me virei e levei um susto.
– Ai meu Deus!
– Desculpa! - Gui se aproximou. – Eu não quis te assustar.
Soltei um suspiro aliviada.
– Tudo bem, só me pegou de surpresa.
Sorri tímida e me sentei na cama, me ajeitando e ajeitando Valentina para dar de mama.
– Eu ouvi ela chorar.
Olhei para ele percebendo estar sem camiseta, percorri meus olhos sobre seu peitoral nu, observando seus cabelos bagunçados, Gui pigarreou, me deixando sem graça por ter sido pega.
– Está tudo bem. Ela só está com fome.
Sorri e voltei a minha atenção para ela. Senti a cama balançar, ergui novamente a minha cabeça e Gui havia se sentado na beirada da cama.
– Você tem o sono leve.
– Na verdade, eu não consegui dormir. - Franzi a testa.
– Está tudo bem?
– Está. - ele suspirou e abaixou a cabeça, esfregando suas mãos sobre a perna, voltando em seguida a me olhar.
Gui ficou comigo, sem trocar mais nenhuma palavra, quando Valentina terminou de mamar, a coloquei na posição para fazê-la rotar e ele se ofereceu em ajudar. O ensinei como fazer e ele exerceu a função direitinho, admirei com um sorriso bobo nos lábios e os olhos cheios de lágrimas.

 Assim que ela arrotou, ele riu, continuou a ninar ela por mais alguns minutos, até seus olhinhos se fecharem e voltar a dormir

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Assim que ela arrotou, ele riu, continuou a ninar ela por mais alguns minutos, até seus olhinhos se fecharem e voltar a dormir. Gui a colocou no berço, acariciou o rostinho dela e se virou, me olhando.
– Obrigada!
– Não foi tão difícil assim.
Sorri, trocamos olhares por alguns segundos até ele desviar e apontar para porta.
– É... eu vou... voltar para o sofá. Se precisar, pode me chamar. - Ele ia saindo sem deixar eu responder.
– Gui? - ele parou e me olhou.
– Sim?
Respirei fundo, coloquei uma mecha de cabelo para trás da orelha, sentindo meu coração acelerado mas eu queria isso, queria dormir com ele aqui, não no sofá, não é justo, é a cama dele.
– Fica! - ele franziu a testa. – Dormi aqui, na cama. Eu posso dormir no sofá.
– Ah de jeito nenhum, você precisa ficar confortável, eu tenho certeza que não anda dormindo uma noite de sono direito e o sofá não é confortável.
Olhei para ele, tentando fazer uma carinha que o convencesse de dormir na cama. Gui sorriu e desviou o olhar, coçando sua nuca e em seguida voltando a me encarar.
– Não quero incomoda-lá.
– Não é incomodo nenhum. Você é meu noivo, não vamos fazer nada além de dormir, não é como se nunca tivéssemos feito isso antes. E assim, você fica perto se quiser ajudar com Valentina.
Ele desviou o olhar para o berço, fazendo isso umas duas vezes, do berço para mim e de mim para o berço.
– Vai Gui, eu prometo que não mordo.
Ele soltou uma risada e logo levou a mão até a boca.
– Droga! Será que acordei ela?
– Não, Valentina por esse lado, dorme muito bem, graças a Deus.
Ele caminhou até a cama, meu coração parecia que ia saltar para fora.
– Tem certeza disso?
– Eu tenho. - Tirei a coberta onde o mesmo se sentou e se ajeitou. – Prometo que vou me manter aqui. Mesmo que eu queria era dormir abraçada com você.
Seus olhos encontraram o meu numa intensidade, que minha calcinha molhou, é a saudade né minha gente, não me julguem.
– Isso não é um problema. - Gui esticou seu braço e eu arregalei os olhos. – O que foi? Não somos noivos? Que mal tem eu dormir abraçado com a minha futura esposa?
Ergui minha cabeça, onde ele passou seu braço e sua mão me puxou para mais perto. Deitei minha cabeça em seu peito, seu coração estava acelerado, senti um beijo em minha testa.
– Boa noite. - Sorri.
– Boa noite Gui.

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