Capítulo 4

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MAITÊ

Eu quase não dormi a noite, o cheiro dele, o seu toque me causando uma sensação estranha, o nervosismo, não saia da minha cabeça, tentei entender o porque causou isso tudo em mim. Tá, ele era um homem bonito, quer dizer, gato, gostoso, atraente, um Deus grego, enfim, ele jamais olharia pra uma garota como eu e porque me importaria com isso? Estou focada nos estudos, só isso importa agora.

Quase derramei a xícara de café quando a campainha tocou, respirei fundo, soltei a mesma em cima da mesa e atendi a porta:

– Bom di...

– Eu vou te matar! Por que você fez aquilo?

Puxei ele pra dentro e estapeei seu braço;

– Ai calma! Foi tão ruim assim?

– Foi constrangedor. Estou brava com você, muito brava Dodô.

Cruzei meus braços e tentei fazer uma cara de mal, mas Douglas caiu na gargalhada, arrancando uma risada de mim também.

– Seu idiota! Isso não tem graça.

– O cara parecia afim de você, eu vi vocês de mãos dadas, desculpa! Achei que queria aproveitar a noite.

– Eu não sou você e não me encaixo no mundinho dele.

– Epa! Calma! Princesa você precisa se divertir mais, para de ficar colocando coisas nessa cabecinha, eu duvido muito que ele se importe com isso.

– Eu preciso é focar na faculdade, apenas isso. Você não perde tempo.

– A vida é feita pra se divertir também princesa.

Douglas da uma piscadela pra mim, reviro os olhos e volto pra cozinha, terminando meu café.

– Ele só me ajudou me livrar de um babaca qualquer.

– Espera aí, o que rolou?

– Eu só queria usar o banheiro, acabei entrando em um quarto e um cara entrou atrás de mim, me agarrando a força, mas por alguma razão ele estava lá e foi pra cima do rapaz, ameaçando.

– Humm! Esse cara já ganhou ponto comigo.

Olhei pra ele de canto de olho.

– Não coloca você, coisa na cabeça, vou escovar meus dentes pra gente ir.

Vou rapidamente escovar os  dentes, pego minha bolsa e seguimos então pra mais um dia de aula.  Sentei no meu lugar aliviada por não ter me esbarrado com ele:

– Bom dia!

– Bom dia Aline.

Ela se sentou e se ajeitou em seu lugar.

– Porque Guilherme te levou embora ontem?

Dei de ombros:

– Meu querido melhor amigo, saiu com uma garota e Guilherme tinha me ajudado a encontrar o banheiro, eu estava perdida e aí quando Douglas me achou, ele acabou se oferecendo de me levar embora.

– Homens!

– É.

Ela sorriu, a sala aos poucos foi se enchendo com nossos colegas, alguns com uma cara péssima, acho que só o corpo tava presente, suas caras não negavam que a noite devia ter sido pura diversão e bebedeira. A aula não demorou para começar, o professor não ficou muito contente quando entrou na sala e viu a cara dos alunos, dizendo que em plena quinta-feira não era dia de festa  e pra ajudar, nos deu uma atividade para responder, umas perguntas aleatórias, sabe aquelas provas que fazemos para poder tirar a carteira, o psicotécnico? Foi quase isso.

Uma parte de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora