Capítulo 8

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MAITÊ

Eu dormi feito uma pedra essa noite, me senti flutuando, vivendo um sonho com um príncipe encantado, porque foi isso que Gui parecia. Nós rimos, brincamos, conversamos e namoramos naquela areia de praia, ele foi tão cuidadoso, atencioso e carinhoso comigo, nem vimos a hora passar, na verdade nunca vemos, eu estou começando a odiar o tempo, sempre que estamos juntos, a hora voa.

Estava almoçando com minha mãe, quando meu celular recebeu uma notificação de mensagem e seu nome apareceu na tela, dei um sorriso bobo e peguei rapidamente, abrindo pra ler.

– "Bom dia princesa, eu que agradeço pela noite maravilhosa que me proporcionou, eu estaria sendo bobo se dissesse que estou com saudades?"

Meu sorriso se intensificou ainda mais, senti aquela agitação no meu estômago, claro que não iria passar de despercebido para minha mãe.

– Hummm! Quem é o motivo desse sorriso lindo em seu rosto?

Olhei pra ela sem graça.

– Ah mamãe, conheci um cara.  - rapidamente ajeitei minha postura. – Tá eu sei que disse que ia focar nos meus estudos só que não esperava que iria encontrar um príncipe.

Ela me olhou desconfiada, voltei minha atenção para o celular e respondi:

– "Para de me iludir Gui."

– Ele é da universidade?

Ergui meus olhos e a encarei.

– Sim e por coincidência, está se formando em medicina.

– Coincidência? Sei e quando vou conhecê-lo?

Arregalei meus olhos.

– Mãe não estamos namorando, só somos amigos.

– Amigos filha? Hum, nunca vi você com um sorriso desses com o Dodô, nem esse brilho todo no olhar, na minha visão, você está é apaixonada por esse rapaz.

Fiquei pensativa, eu estava apaixonada? Era possível se apaixonar por uma pessoa assim? Em semanas?

– Eu o conheço a algumas semanas mãe.

Ela riu, esticou sua mão e segurou na minha.

– Filha, quando o amor bate na nossa porta, ele não tem hora, dia, lugar e nem tempo, simplesmente acontece.

Meu celular se ascendeu informando outra vez, sua mensagem. Peguei e no momento que li, meu coração quase saiu pela boca, como assim?

– "Mais fácil você estar me iludindo e olha que engraçado, sem querer, estou na porta da sua casa, me diz que não está ocupada. Por favor."

Olhei pra minha mãe que continuava me encarando, me levantei e fui até a janela, ele estava mesmo lá fora.

— Ele está aqui. Mãe, o que eu faço?

Ouvi a risada dela de longe.

– Vai até ele.

Vou até ele? Mas faz poucas horas que ele havia me deixado em casa, estava mesmo com saudades? Sai correndo pro banheiro, escovei meus dentes, ajeitei meu cabelo, olhei pra minha roupa amassada, o que eu poderia fazer? Deixar ele plantado lá sem uma resposta, talvez ele canse e vá embora, vou ter que ir assim mesmo.

Uma parte de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora