Capítulo 24

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GUILHERME

Acordei com o barulho irritante do despertador. Me estiquei para encontrar o meu celular mas senti um peso sobre mim. Passei os olhos e vi Maitê com seu corpo praticamente todo em cima do meu. Um sorriso involuntário surgiu em meus lábios, acariciei seus cabelos, tirando uns fios do seu rosto e a mesma se mexeu.

– Droga, maldito despertador.

Sussurrei baixo, aquele barulho não parava. Tentei procurar meu celular e quando finalmente havia achado, desliguei.

– Hum.. Bom dia.

Ouvi sua voz sonolenta e manhosa, intensificando ainda mais o meu sorriso.

– Bom dia minhas vidas!

Ela colocou sua cabeça para trás, seus olhos apertadinhos me encontraram, um sorriso preguiçoso se formou em seus lábios.

– Suas o que?

– Minhas vidas.

Repeti, porque era exatamente isso, ela e esse bebê, a partir de hoje, são a minha vida. Segurei em seu rosto e inclinei minha cabeça, indo de encontro a sua boca. Iniciei um beijo calmo e apaixonado, sentindo meu coração eufórico, todo alegre por te-lá exatamente aqui, na minha cama, no meu apartamento e é isso, isso que eu quero todos os dias da minha vida.

Parei o beijo com um selinho e a abracei, é pedir muito querer ficar nessa paz? Ter essa felicidade todos os dias?

– Eu vou tomar um banho, você quer vir?

Ela assentiu com a cabeça, se levantamos, estiquei meu braço, Maitê segurou minha mão e a puxei para minha frente enquanto a abraçava por trás. Caminhamos até o banheiro assim, enquanto eu ligava o chuveiro, ela ia se despindo, fiquei a admirando, observando em como seu corpo já havia mudado e eu não percebi, quer dizer, havia percebido mas não imaginava que o motivo era um bebê.

– Porque está me olhando assim?

Encontrei seus olhos, ela estava toda sem jeito, alisando uma mão em seu outro braço. Me aproximei, apoiando uma mão em sua cintura e com a outra, tirando alguns fios de cabelo do seu rosto.

– Porque eu pensei que você não poderia ficar mais linda, mas me enganei, olha só para você, seu corpo já mudou e eu mal posso acreditar que aqui dentro. – toquei sua barriga. – Está o nosso bebê.

  Seus olhos penetravam o meu, senti um arrepio e um calafrio assim que toquei sua barriga, era surreal pensar que Maitê carregava um filho meu. Eu pedi tanto que fosse ela que estivesse grávida e não Bianca, vocês não tem noção do quanto eu pedia isso mentalmente ao senhor lá de cima, que tudo aquilo fosse um pesadelo e que isso, bem isso que está acontecendo agora, fosse real.

– Quando minha barriga crescer, eu vou ficar gorda.

Sai do meu pensamento e franzi a testa por ouvir aquilo.

– Meu Deus, você vai ficar ainda mais gata meu amor. Eu não tenho dúvidas disso.

– Você está falando isso agora.

Neguei com a cabeça, trouxe minha mão para seu rosto e segurei.

– Não fala besteira.

Depositei um beijo em  seus lábios, sei o quanto ela é insegura com o corpo e eu nunca entendi, porque Maitê é perfeita, perfeita aos meus olhos.

– Você é perfeita!

Ela sorriu toda boba, toquei em seu nariz e me afastei, segurando sua mão e a puxando para dentro do box. Liguei o chuveiro e tomamos um banho cheio de carícias e cuidado, um lavando o outro.

Uma parte de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora