Capítulo 16

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Continua...

– O você que está fazendo aqui?

– Poxa bebê, pensei que ficaria feliz em me ver. Estou de volta!

Disse ela vindo em minha direção, com um enorme sorriso, estiquei minha mão impedindo de se aproximar.

– Você voltou? Ainda faltava semanas pra você voltar.

Ela suspirou, deslizou a mão por sua barriga, desviei meu olhar e consegui ver um pequeno volume, já se podia ver que Bianca não andava mais sozinha, ela estava bem aqui na minha frente e bem... grávida!

– Bom, eu trabalhei duro pra terminar aquele contrato quanto antes dessa criaturinha começar a aparecer, aqui estou e pra sua felicidade acho, já marquei o exame de DNA.

Criaturinha? Isso é forma de chamar um filho? Eu só espero que esse teste realmente dê negativo porque Bianca não é o tipo de mãe que gostaria dar pra um filho meu.

– Você já marcou?

– Sim, quanto antes esse resultado sair melhor e eu tenho certeza bebê, que você é o pai.

– Você vai morder a própria língua Bianca, esse filho não é meu e você sabe muito bem disso.

Ela revirou os olhos, eu estava ainda em choque com sua presença ali, sem acreditar e como ela conseguiu me achar? E entrar? Havia deixado apenas uma pessoa autorizada pra subir, era a única que sabia que estaria aqui, aliás é um hotel.

– Ah! Adivinha só, vamos ter um menino!

Voltei pra minha realidade com aquela voz que me dava ânsia, eu passei a criar nojo dela, tudo que me fez passar, principalmente com a traição, o sentimento de ser traído é horrível, você se sente um inútil, insuficiente.

– Ah olha só, ele está se mexendo, já sentiu a presença do papai. Olha papai.

A mesma se aproximou e pegou minha mão, tentei puxar de volta mas tem aquele ditado né? As coisas sempre acontecem nas horas erradas!

– O que está acontecendo aqui?

Me afastei rapidamente, senti outra vez, meu mundo desmoronando dentro de mim, meu coração parando de bater, merda!

– Olha só, finalmente estou conhecendo a vadia que roubou o meu noivo.

Bianca se virou para olhar pra Maitê, encontrei com seus olhos, vendo os mesmos marejados, a expressão de decepção em seu rosto.

– Cala a boca Bianca!

– Vai defender essa gentinha bebê? Ela não é da nossa classe social, você já teve melhores companhias meu amor e essa com certeza é uma das pessoas que quero bem longe do nosso filho.

A raiva tomou conta de mim, precisei me controlar pra não desrespeitar a uma mulher, antes que eu pudesse pensar em defendê-la, vi as lágrimas escorrendo em seu rosto e desesperadamente, Maitê se virou e saiu correndo de dentro daquele quarto.

– Você não vai a lugar nenhum!

– Me solta caralho.

Sacudi meu braço se soltando de suas garras e sai o mais rápido que pude pra alcançá-la, indo pelas escadas mesmo. Quando cheguei no hall do hotel, vi o elevador se abrindo e Maitê saindo dele de uma forma que partiu meu coração.

– Meu amor me espera...

Tentei segurar seu braço mas ela se desviou e nem se quer me deu ouvidos, Maitê não queria me ouvir, talvez ela precisasse de tempo mas eu não posso deixar ela sair dessa forma, a mesma parecia perdida, decepcionada. Corri e parei em sua frente, segurando seus ombros, impedindo ela de seguir adiante.

Uma parte de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora