MI AMOR ES TU GABRIELA♥️ Livro 5°

Capítulo 29

Maratona 1/5

Antonella Narrando.

Ligação on.

-Como anda as coisas no México?- É a primeira coisa que ela pergunta assim que atendo a ligação.

-Estão bem! Gabriela está muito feliz aqui, acho que foi uma boa ideia ter mandado ela pra cá. As pessoas aqui são muito acolhedoras até o Adamo está amando tudo por aqui.

-Você está bem?- Fico em silêncio. Eu estava bem? Essa era a pergunta que fazia a mim mesma a alguém tempo.

-Estou.

-Antonella não minta pra mim, eu venho observando seus passos e...-A corto.

-Não quero falar sobre isso mãe. Está tudo bem não se preocupe.

-Preciso que venham passar o Natal aqui em Los Angeles, já mandei o convite para a sua sogra e para os Sanchez.

Mas que merda! Não queria ver a velha Mariana agora, ela estava me odiando e fazendo a cabeça de Arthur conta mim desde que nos mudamos para o Texas.

-Gabriela já está sabendo?- ouço o suspiro dela do outro lado.

-Ela não atende as minhas ligações desde que foi morar no México. Estou dando o tempo dela.

Já são 8 meses desde que Gabriela estava aqui.

-Vou conversar com ela sobre isso, agora tenho que ir.-Digo isso encerrando a ligação.

Ligação off.

Observo Adamo dormir e solto um suspiro longo. Ele estava tão feliz aqui se divertindo com Maria Clara. Não sabia que iria fazer quando tivesse que voltar para o Texas, tinha que enfrenta o Arthur e toda a merda que havia deixado por lá.

Mensagem on

22:45 Como estão as coisas por ai?

22:47 Graças a você a carda chegou intacta.

Mensagem off.

Coloco o celular no bolso e resolvo ir atrás de Gabriela para conversar. Fecho a porta do quarto com cuidado e vou em direção as escadas descendo em seguida dando de cara com Alejandra irmã de Alejandro. Ela passa por mim sem me cumprimentar e logo depois Gabriela saí limpando o batom borrado.

-Você não viu nada!-Diz antes que eu abrisse minha boca.

-Que merda está acontecendo aqui hoje?-Pergunto saindo pra fora da casa.

Logo cedo havia encontrado Camillo quase transando com o marido de Alejandra e agora isso.

Respiro fundo assim que sinto o ar gelado bater contra meu rosto. A única coisa que queria agora era algumas garrafas de cerveja para relaxar um pouco.

-Está tudo bem?-Me viro vendo o dono da voz. Concordo fazendo Alejandro sorrir e vim até mim parando do meu lado com as mãos no bolso do casaco marrom que estava vestido.

-Só estou tomando um ar puro. Poderia me dizer se tem algum bar aqui perto?

-Posso levar você em um se quiser.

-Não, não.-Nego rapidamente.-Você chegou agora do trabalho e deve está muito cansado.

-Estou devendo uma a você por ter nos ajudado com o carregamento.-Sorrio com um pouco de vergonha.

-Vamos?-Assinto entrando no carro junto dele.

(...)

-Está gostando?-Concordo sorrindo.

-Era disso que estava precisando.-Levanto a garrafa de cerveja fazendo o rir.

-Poderia me trazer uma cachaça por favor?-Digo pro garçom.

-Não sabia que mulheres como vocês bebiam tanto assim.-Diz vendo o dono do bar trazer uma dose de cachaça. A viro sem fazer careta.

-Gabriella também enche a cara muito por aqui?-Ele assente.

-Lucrécia diz está ensinando para ela como é sobreviver por aqui.-Estranho. Quando fiz minha pesquisa antes de Gabriela vim morar aqui, achei que seria um lugar seguro.

-Então quais são os perigos por aqui?-Ele sorrir.

-As mulheres por aqui são as que comandam os maridos, e as vezes elas meio que começam uma rivalidade com as outras esposas de chefes de Cartéis.

-Acha que Gabriela pode ter algum risco por conta dessas mulheres?-Dessa vez sou eu que riu. Gabriela era terrível quando queria.

-Ainda não a levei para a reunião dos chefes. Lucrécia está ansiosa para a próxima reunião anual pois agora ela não vai estar sozinha.-Diz bebendo um gole da cerveja.

-Tenho inveja de Gabriela...Ela pode ser oque eu queria ter sido.-Ele me olha surpreso.

-Achei que estava na Mafia por escolha própria.-Nego rindo forçado e logo depois tomo um gole da minha cerveja.

-Se tivesse sido criada pela minha mãe com toda certeza iria ser a maior patricinha de todas. Agora seria uma mulher casada, teria filhos e marido e seria a esposa troféu gostosa que todos teriam inveja.-Ele rir.-Mas infelizmente fui sequestrada pela minha vó e tive que ser a Barbie assassina de merda, que não sabe como resolver todas as merdas e fugiu na primeira oportunidade largando tudo no Texas.-Suspiro fustrada.

-Eu vi a minha mãe sendo morta quando era criança...Anos depois minha esposa morreu dando a luz a minha única filha. Me afundei em uma depressão que quase custou a minha vida, hoje em dia ainda sofro com ataques de ansiedade que não consigo controlar.-Engolo em seco me arrependendo de está lamentando da minha vida enquanto a dele também era um caos.

As aparências enganavam tanto, mas desde antes do casamento eu sentia que havia alguma coisa de muito triste nele. Alejandro era um homem muito bonito e vendo ele sem a mascara de homem sério me fez ter pena dele.

-Todos nós temos problemas Alejandro, com o tempo se cura tudo.-Sem perceber coloco minha mão sobre a sua. Ele sorrir me fazendo sorrir junto dele.

-Digo o mesmo para você, Antonela. Pela primeira vez consigui falar sobre isso, todos ao meu redor pisavam e ainda pisão em ovos perto de mim com medo que eu volte a me fecha para o mundo.-Aperto sua mão de leve tentando passar conforto para ele. Trocamos um olhar intenso, desvio rapidamente bebendo o resto da minha cerveja.

Passamos a noite conversando e bebendo, praticamente fechamos o bar naquela noite. Estava tão a vontade com Alejandro que por aquela noite havia esquecido todos os problemas que estavam por vim.