Capítulo 12

305 32 1
                                    

Gabriela Narrando.

-Bom dia.-Digo assim que entro na cozinha.

-BOM DIIIAAA...-Sorriu com animação de Maria Clara. Unica pessoa no mundo que acordava de bom humor.

-Buenos días señora.-Rosa diz entrando com uma jarra de suco e a colocando na mesa.

-Me sinto uma velha quando você me chama de senhora, Rosa. Tenho apenas 23 anos!-Ela sorrir.

-Me desculpe señora.-Suspiro e resolvo deixar isso pra lá.

-Alejandro saiu?-Pergunto curiosa.

-Sim! Ele acordou e saiu logo cedo.

-Ele comeu alguma coisa antes de sair?-Ela assente sorrindo.

-Espero que ele esteja bem. Oque aconteceu pra ele ficar tão perturbado quando viu essa mulher?

-Quando vim trabalhar aqui foi logo depois que a falecida morreu. Que Deus atenha!-Diz fazendo um sinal da cruz. Assinto curiosa mas descido encerra o assunto. Até porque isso não era assunto meu.

-Poderia colocar o café da manhã na mesa do jardim?-Pergunto olhando a mesa farta.

-Essa é a única mesa que temos.-Diz me fazendo olhar pra ela.

Costumava tomar café da manhã tudos os dias na mesa do jardim, ou na da piscina para tomar o sol da manhã na mansão. Mas infelizmente não estava mais na mansão.

-A señora quer que...-Acorto.

-Vou tomar aqui mesmo. Depois damos um jeito nisso, já que eu sou obrigada a ficar aqui.-Olho pra Maria Clara que comia um pão em silêncio observando tudo.

(...)

-Isso aqui é o jardim?-Pergunto vendo um quintal cheio de mato e lixo. Rosa assente meio sem graça.

-Quando foi que alguém limpou isso aqui?

-No sei...-Diz pensativa.

-Tudo bem...Oque acha de ir até a cidade comigo?-Ela nega rapidamente.

-No puedo infelizmente tenho os afazeres da casa para fazer. Mas o Jacinto meu marido pode levar a señora até lá.-Assinto.

-Certo...vou apenas pegar minha bolsa no quarto.-Ela concorda.

Entro na casa e subo as escadas correndo até o meu quarto pegar minha bolsa com os meus cartões. Depois de ter pegado minha bolsa e ter arrumando um pouco meu cabelo saiu praticamente correndo para o andar de baixo saindo pra fora da casa logo depois.

-Oque estão fazendo aqui?-Pergunto vendo Bruno e Camillo juntos do lado do carro.

-Vamos acompanhá você.-Bruno fala e Camillo concorda.

-Não vão, não!-Sinto minha paciência esvazia aos pouquinhos. Olho pra dentro do carro vendo que Jacinto já estava lá.

-Você não pode andar por ai sem segurança Gabriela!-Camillo fala me fazendo revirar os olhos.

-Ok!-Solto um suspiro longo.-Mas apenas um de vocês vão comigo. Não quero chamar atenção com dois armários idiotas atrás de mim.

-Eu vou!-Camillo diz antes do irmão, fazendo Bruno olha pra ele arqueando uma das sobrancelhas.

-Vamos então.-Entro dentro do carro ouvindo os dois discutir alguma coisa, mas logo Camillo entra deixando irmão falando sozinho.

Coloco meus óculos de sol e, logo Jacinto da partida no carro indo em direção a estrada de terra que ia para a cidade, já que a casa de Alejandro era praticamente dentro do mato.

Alejandro Narrando.

-Ainda não acredito que ela cuidou de você!-Romero diz sorrindo.

-Também não sei...Acha que ela pode achar que eu sou fraco por isso? Ela vem de uma família tão rigorosa com essas coisas!-Suspiro cosando a nuca.

-Porque está se  preocupado tanto com isso? Gabriela pode ser diferente da mãe, pode ter o coração bom.-Talvez.

-Como foi a entrega pra Los Angeles-Mudo de assunto.

-Tranquila! Assim que chegamos na fronteira, havia um batalhão de soldados. Os Pazzi realmente comando aquilo tudo, fiquei impressionado. Você  deveria está feliz por fazer parte dessa família.

-Se não fosse um casamento de fachada, sim!-Digo meio sem graça. Gabriela era uma mulher linda, qualquer homem sonharia em ter ela como esposa. Talvez se tivessimos  nos conhecido  antes...

-Está proximo não  é? Por isso também ficou em choque quando a perra da sua ex-sogra apareceu.-Engolo em seco.

Iria fazer 6 anos da morte de Malia, e mesmo que o tempo passasse eu não consigo arranca lá do meu peito.
Não consigo sair desse luto eterno, não consigo esquecer tudo que vivemos.

-Alejandro? Mas que merda!-Diz jogando o caderno de anotações no chão  e corre até mim. E então é quando percebo que estou tendo outra crise. 

A dor no meu peito estava tão forte que estava esmagando os meus pulmões me deixando sem ar. As lagrimas começaram a cair sem para, era uma atrás da outra. Aquela agonia que não sentia a muito tempo foi passando aos poucos, enquanto Romero me ajudava a manter a calma.

-Vem vou te deixa em casa!-Sem falar nada o acompanho até o carro. Assim que sento no banco do passageiro fecho meus olhos e tento respirar fundo e manter a calma.

MI AMOR ES TU GABRIELA♥️ Livro 5°Onde histórias criam vida. Descubra agora