Uma Família Para O Ceo

Capítulo vinte e um: Reconciliação

- Quero que sejamos uma família! - diz Hugo seriamente.

Nesse momento, me sinto perdida. Hugo havia me pegado totalmente de surpresa.

- Hugo, eu... - fico descompensada.
- Você não sente o mesmo! - diz ele frustrado. Engulo em seco. Ao ver meu silêncio, Hugo se levanta, e anda em direção a porta.

- Hugo, eu... - me levanto do sofá, ele para e se vira para me olhar.
- Não precisa dizer nada Lyandra, me desculpe por forçar. - diz ele decepcionado. Em seguida, se vira novamente e saí.

******

- Você o que? - grita Brenda ao telefone depois que lhe contei o que aconteceu. - Lya, você bebeu? Tá drogada? O que aconteceu com você garota? - questionava ela brava.
- Brenda, eu, eu não sei o que dizer. - me defendo.
- Você só pode estar brincando! Acorda Lya, o cara se declarou, abriu o coração e você, você não disse nada! - diz ela como se fosse o fim do mundo.
- Eu não tinha nada pra dizer, não naquele momento.
- Se não tinha nada pra dizer beijava ele oras! - diz ela como se fosse o óbvio.
- Brenda, eu, eu não sou assim! - contesto. Ouço Brenda respirar profundamente.
- Lya, me escuta... Eu sei que seu primeiro namorado, sua primeira tranza, seu primeiro amor e sua primeira desilusão foi aquele traste que não é digno que falemos o nome, mas, amiga, quem esta aí se declarando pra você não é ele, não foi Hugo que te fez sofrer, não foi ele que te abandonou grávida, você precisa seguir sua vida Lya. Você precisa se dar a chance. Se não der certo, tudo bem, ao menos tentou. Se arrependa do que fez amiga, e não do que não fez! - diz ela e eu sabia que ela tinha razão.
- Você tem razão! - digo vencida.
- Sempre tenho! Agora vai lá e faz o certo, tente ao menos, e se não der certo, você tem a mim e o Beto pra chorar!
- Obrigada amiga!
- Depois me conta como foi!
- Pode deixar! - digo com um leve sorriso.

Desligo o celular e respiro profundamente. Então, saio do quarto a procura de Hugo.

Como sei que ele nunca fica no andar de cima, desço depois de verificar que Louis está assistindo no seu quarto e sigo a procura de Hugo.

Ao descer a escada olho na sala e não o vejo.

Escritório. Era bem provável que ele estivesse lá.

Sigo para o escritório e ao abrir a porta vejo que ele não está. Frustrada, me viro para voltar para a sala mas antes de dar o primeiro passo, ouço umas batidas vindo do último cômodo do corredor.

Ando até lá e vejo que Hugo estava na academia.

Ele estava usando apenas uma bermuda, sem camisa, seu suor pingava por seu corpo enquanto ele batia repetidas vezes no saco de pancadas. Paro observando a cena e me divirto da forma que ele encontrou de colocar pra fora toda a sua frustração. Realmente, Hugo sentia algo por mim.

- Espero que não esteja imaginando eu no lugar desse saco de pancadas! - digo chamando sua atenção.

Hugo para de bater no saco de pancadas e permanece de costas para mim. Sei que será mais difícil do que pensei. Mas eu merecia seu desprezo. Entro para dentro da sala e fecho a porta por trás de mim. Respiro fundo e ando em sua direção. Ao parar bem atrás de Hugo, tomo coragem e falo:

- Hugo, eu já sofri muito nessa vida... Tive apenas um único namorado, perdi minha virgindade com ele, engravidei e ele me abandonou, e o pior, exigiu que eu abortasse antes. Como não fiz, ele se foi, me deixando sozinha com um filho pra criar. Pra piorar as coisas, meus pais me expulsaram de cada, e eu precisei vir pra cá em buscar de um futuro pro meu filho. A única pessoa que não me abandonou foi meu irmão Beto. O quero dizer é que, tenho medo Hugo, não é que eu não sinta nada por você, eu apenas tenho medo! - desabafo.

Hugo se vira e me olha atentamente. Vejo seu olhar encontrar o meu.

- Eu jamais faria algo parecido com você Lyandra, nem com você nem com qualquer outra mulher!
- Eu sei... - admito.
- Só quero que tente ser feliz, só isso.
- É o que eu mais quero nessa vida Hugo, ser feliz. Mas, tenho medo.
- Então me deixe te ajudar. - diz ele se aproximando. - Não sou o homem mais perfeito do mundo mas, posso tentar ser perfeito pra você! - diz ele ao tocar meu rosto com as mãos enfaixadas.
- Quero que você seja apenas você Hugo, e que me faça feliz como eu nunca fui antes! - deixo as palavras saírem de minha boca. Hugo me olha atentamente e sorri. Desta vez um sorriso lindo, doce e cheio de vida.
- Vou começar agora! - diz ele e em seguida, me beija.

Hugo me beija de uma forma diferente desta vez.

Cheio de desejos e carícias sinto Hugo colocar para fora todo o seu desejo. E com isso, me sinto desejada.

Hugo me ergue para cima e colocar minhas pernas em volta de sua cintura enquanto me beija com mais e mais desejo. Sinto meu corpo todo amolecer. Se entregar. Quando dou por mim, estou encostada no espelho da academia, que cobria toda a parede. Ainda apoiada sob sua cintura, Hugo desce seus beijos e carícias por meu pescoço e nuca, me sinto delirar. Massageando meus seios, Hugo brinca com minhas auréolas, e isso me enche de mais prazer. Sinto meu centro estremecer de prazer, eu o queria. Passando minhas mãos por toda a sua costa suada, me sinto realizada comigo mesma por isso. Hugo era lindo, perfeito e todo meu.

E quando penso que finalmente vamos para os finalmentes, Hugo para. Ainda apoiada em sua cintura e respirando pesadamente, fico confusa. Hugo também respira com dificuldade.

- Aqui não! Não quero que nossa primeira vez seja assim. - diz ele olhando dentro de meus olhos. Vejo paixão em seu olhar. - Eu a desejo Lyandra, a quero pra mim. Minha vontade é de te fazer minha aqui mesmo, nesse espelho. Mas, quero que seja especial pra você! Vamos deixar o espelho pra outra vez. Oportunidade não vai faltar. - ao dizer isso, Hugo deposita um beijo leve em meus lábios.

- Tudo bem! - digo sorrindo. Eu estava mas nuvens.
- Vem, precisamos de um banho, te melei de suor. - diz ele ao me colocar no chão novamente.

E assim saímos da academia. De mãos dadas e com um forte ardor queimando nosso corpo. Mas Hugo tinha razão, precisávamos ter calmo e fazer tudo certo.