Uma Família Para O Ceo

Capítulo quarenta: Estou?

Aos poucos, sinto que estou acordando de um sonho. Minha mente ainda confusa, tenta se lembrar dos últimos acontecimentos, e então, abro os olhos. A primeira coisa que vejo é uma luz forte em cima no teto, olho para frente e vejo uma porta fechada. Onde estou? Penso. Mas, ao me virar, vejo Hugo, de pé ao lado da cama  me observando com olhar terno. Parecia um sonho, e se fosse, não queria acordar.

- Hugo! - digo baixinho.

- Como se sente? - pergunta ele.

- Bem, eu acho! - digo confusa. - O que aconteceu? - pergunto.

- Bom, você invadiu minha sala de reuniões, e em meio a uma reunião importante você vomitou no meu sapato e desmaiou! Precisei sair com você as prestas nos braços te carregando até aqui... Mas, você está bem Lya! - diz ele me olhando atentamente. Ao ouvir meu apelido saindo de seus lábios, sinto meu coração reacender.

- Me desculpe por isso! - digo constrangida. - Eu só precisava te contar... - digo ao me sentar na cama.

- Eu já sei lya! Já sei de tudo. - diz ele para minha surpresa.

- Sabe? - pergunto surpresa.

- Sim Lya, e, sinceramente não poderia estar mais feliz! - diz ele com um enorme sorriso.

- Que bom que já está sabendo, isso facilita em muito as coisas! - digo com um leve sorriso.  - Mas, como soube? Beto te contou? - pergunto. Ele me olha confuso.

- Beto? - pergunta ele. - Então Beto já sabe?

- Sim, na verdade, foi ele quem descobriu, se não fosse por ele eu nunca ficaria sabendo! - digo. Ele me olha mais confuso ainda.

- Lya, eu posso não ser um expert  nesses assuntos mas, isso é uma coisa que só você poderia saber, seu irmão... Ainda morando longe, é um tanto, incomum! - diz ele.

- Do que está falando Hugo? - pergunto seriamente.

- Do motivo de você ter ido me procurar!

- Sim, mas, por que acha que só eu poderia saber disso? - pergunto sem entender.

- Bom Lya! O útero é seu! - diz ele parecendo óbvio.

- O quê? - pergunto confusa.

- Sim Lya, quando uma mulher está grávida só ela é capaz de descobrir, de saber, isso é meio óbvio!

- Eu não estou grávida! - digo convicta. Ele me olha atentamente. Vejo espanto, surpresa e confusão em seu olhar. - Estou? - pergunto.

- Segundo o médico que a examinou sim! - responde ele.

- Mas.... - digo tentando entender a confusão que estava se formando ali.

- Você não sabia?

- Claro que não Hugo, você não acha que se eu estivesse grávida eu não saberia? Isso não é uma coisa que sairia do meu conhecimento, eu já estive grávida antes. - digo nervosa.

- Então, o que você foi fazer na empresa?

- Eu fui te avisar que o documento que a cobra da sua mãe lhe mandou era falso, meu irmão descobriu isso, ele rasgou o documento depois de descobrir que não era verdadeiro. - digo. Hugo me olha atentamente.

- Então...

- Vitor nunca quis tirar meu filho de mim, muito menos guarda compartilhada. Ele nem sabia disso! - digo. Noto Hugo tenso.

- Ainda vou acertar minhas contas com ela! - diz ele seriamente.

- Meu Deus eu estou, grávida! - digo a mim mesma conforme a ficha ia caindo. - Isso não pode estar acontecendo! Mais um filho, e, sozinha... Meu Deus! Duas crianças... - digo pensando alto.

- Lya! Lya! - do Hugo ao se sentar ao meu lado na cama. O olho atentamente. - Calma tá?! Você não está só, eu estou aqui.

- Você me disse isso antes Hugo... - digo com lágrimas nos olhos.

- Eu sei querida! Me perdoe, eu sinto muito por ter te feito sofrer! - diz ele pesadamente. - Mas, se te serve de consolo, eu também sofri. E muito!

- Você não deveria ter cedido a chantagem dela! Deveria ter me contado, confiado em mim! Faríamos algo a respeito, tudo daria certo. - digo.

- Eu não queria arriscar Lya! Arriscar te separar do seu filho.

- Hugo, ninguém vai conseguir me separar do meu filho, eu vou até o inferno se preciso, mas não o deixarei com ninguém! - digo com um leve sorriso. Hugo sorri. E que saudade que eu tava daquele sorriso.

- Lya, você é uma mãe maravilhosa! - diz ele ao tocar meu rosto e o acariciar.

- E você é um pai maravilhoso! Obrigada por não se colocar entre eu e meu filho! - digo.

- Eu nunca faria isso!

- E agora, temos duas crianças! - digo ao tocar minha barriga. Hugo coloca sua mão sobre a minha.

- Sim, somos pais de duas crianças! - diz ele orgulhoso. - Você me deu bem mais do que eu merecia Lya! - diz ele com tom terno. Sorrio em resposta. - Te prometo que nada, nem ninguém vai nos separar novamente! Nossa família nunca mais será separada.

- Te amo! - digo.

- Eu também te amo diabinha! - diz ele e em seguida encosta seus lábios sob os meus lhe dando assim um intenso e penetrante beijo.

Era impressionante como meu corpo reagia a Hugo. Imersa em seus lábios, sinto uma necessidade fora do comum de o ter mais mais junto a mim. Agarro Hugo em meus braços e passeio minhas mãos por seu corpo, Hugo também se rendeu a paixão.

- Alguém pode chegar! - digo presa em seus braços e carícias.

- E isso deixa as coisas mais interessantes! - responde Hugo com ar provocativo.

E assim, em meio a adrenalina de sermos pegos em flagrante, nos entregamos ao melhor sexo de reconciliação que alguém poderia ter. Rápido, intenso e muito apaixonante.