Capítulo vinte e nove: Amigo estou aqui!

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Amigo estou aqui,
Amigo estou aqui,
Se a fase é ruim
E são tantos problemas que não tem fim
Não se esqueça que ouviu de mim
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui

Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Os seus problemas são meus também
E isso eu faço por você e mais ninguém
O que eu quero é ver o seu bem
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui

Os outros podem ser até bem melhores do que eu
Bons brinquedos são
Porém, amigo seu é coisa séria
Pois é opção do coração (Viu?)

O tempo vai passar
Os anos vão confirmar
As três palavras que proferi
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui

- Ouviu a música Lya? - pergunta Hugo. O olho confusa.- Eu estou aqui! -diz ele seriamente.

Nesse momento, lágrimas molham meu rosto. Eu nunca me senti tão amada e acolhida assim.

- Te amo! - foi tudo o que respondi.
- Eu também! - diz ele enquanto dirigia.

******

No letreiro da cidade estava escrito "Bem-vindo a coração valente". Ao adentramos, vi que a pequena cidade havia com o passar dos anos evoluído lentamente. Tudo parecia igual e diferente. Hugo segue com o carro pelo o GPS com o endereço da pousada que Beto havia passado, ele havia feito nossas reservas lá.  A pousada havia sido construída depois que saí, então não a conhecia. Paramos com o carro na calçada da pousada e Beto já estava nos esperando. Desço do carro e ando rapidamente ao encontro do meu irmão. Ele se levanta do banco onde estava sentado e me abraça forte.

- Que saudade Lya! - diz ele me apertando forte em seus braços.
- Eu também! Parece que não nos vemos a anos. - digo saindo de seus braços. Ele sorri.
- Você está diferente... Linda! - diz ele me olhando. Sorrio em resposta.
- Venha! Quero que conheça uma pessoa! - digo o puxando pela a mão.

Beto me segue e nos aproximamos de Hugo que estava abrindo a porta de trás do carro onde Louis estava.

- Hugo, - ele se vira e me olha. - Esse é meu irmão Beto. Beto, esse é meu esposo Hugo. - digo com um certo orgulho.

Os dois se olham atentamente e vejo o silêncio dominar. Por um momento sinto uma tensão no ar. Beto olha para Hugo seriamente, e Hugo ergue sua sobrancelha.

- Prazer em finalmente te conhecer! - diz Beto ao esticar sua mão para Hugo. Hugo aperta sua mão e diz:
- Igualmente! - apenas isso.

- E, Louis... - digo tentando encontrar um assunto.
- Ele dormiu! - diz Hugo. Em seguida ele retira o cinto que estava prendendo meu filho e o pega no colo com todo o cuidado. - Acho melhor entramos. - diz Hugo. Faço que sim.

Hugo parte andando na frente com Louis em seu colo e eu e Beto o seguimos.

- Precisava ser tão... Grosso! - o repreendi.
- Eu não fui grosso! Ele que foi! - se defende.
- Xiu! - digo.

- Boa tarde, bem-vindos! - diz a simpática recepcionista da pousada.
- Boa tarde, obrigado! - diz Hugo. - Temos uma reserva, está em nome.de Hugo Lambertucci. - diz ele a mulher.
- Hã... Não estou encontrando esse nome! - diz ela. Hugo me olha confuso.
- É porque não está nesse nome, está no nome de Lyandra Carvalho! - diz Beto a mulher.
- Ah, sim! Está aqui, só um momento. - diz ela.
- Me desculpe cunhado mas, se eu fizesse uma reserva no seu nome ninguém iria acreditar! - se defende Beto.
- Faz sentido! - diz Hugo baixinho.
- Aqui está as chaves. O número do quarto está escrito no chaveiro. Subindo as escadas terceira porta a direita. Boa estadia! - diz a mulher ao entregar a chave a Hugo.
- Obrigado! - diz ele.

- Bom, e  aqui eu fico! - diz Beto.
- Vou me instalar no quarto e, mais tarde conversamos está bem? - pergunto.
- Tudo bem Lya, não se preocupe! - diz ele.
- Roberto, - diz Hugo chamando nossa atenção. - Venha a noite jantar conosco! Será um prazer.
- Obrigado. - diz Beto.
- Até mais tarde! - digo.
- Até. - responde Beto e assim partimos.


Após deitar Louis numa cama de solteiro que havia no quarto, um funcionário da pousada entra com as malas, em seguida o dispenso e então consigo respirar aliviada.

- Tudo bem? - pergunta Hugo ao me abraçar.
- Sim, não está sendo tão difícil quanto pensei. - digo.
- Tente relaxar. Tudo vai ficar bem! - diz ele ao beijar o topo de minha cabeça.

Após um certo tempo, Louis acorda e enquanto arrumo nossas roupas no armário, Hugo brinca com ele com um quebra-cabeça  volta da mesinha do quarto. Até que meu celular toca.

- Oi Beto! - digo ao atender.
- Lya, o pai de Louis já soube que vocês chegaram, quer ver o menino agora! - diz ele para minha surpresa.
- Sem chances Beto! - respondo. Nesse momento, ouço um silêncio do outro lado da linha, e então ouço uma voz.
- Lya, traga meu filho até mim ou eu vou buscá-lo pessoalmente! - era ele. Nesse momento, paraliso. Estou em choque.

- Lya, o que foi? - Hugo pergunta. Não consigo falar nada. Hugo pega o celular da minha mão. - Quem é? - pergunta ele seriamente. Após breves instantes que para mim pareciam uma eternidade, Hugo diz: - Está bem, diga a Beto onde! - e ao dizer isso, Hugo desliga. - Me desculpe Lya, mas, ou levamos o menino até ele ou ele virá aqui!
- Tudo bem! Eu, eu não esperava. Fico aliviada que tenha resolvido por mim. Se ele vier é pior! - digo. Hugo faz que sim.
- Vá tomar um banho, tente se acalmar, deixe que eu converso com ele! - diz Hugo gentilmente.
- Está bem, eu não estou com cabeça mesmo! - digo. E ao dizer isso, sigo para o banheiro do quarto.

Uma Família Para O CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora