Capítulo vinte e oito: Te amo diabinha!

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- Tenho uma surpresa pra você amanhã Louis! - diz Hugo enquanto cobre meu filho em sua cama.
- Sério tio Hugo? - pergunta meu pequeno com os olhos brilhando.
- Sim, mas, por enquanto, durma está bem?! - diz ele, Louis faz que sim.

Apagamos a luz do quarto e deixamos a porta entreaberta. Seguimos para o nosso quarto.

- Resolveu tudo com o seu irmão? - pergunta Hugo enquanto tira a blusa se preparando para o banho.
- Sim, em dois dias vou com Hugo para minha cidade. - digo pesadamente.
- Ei! Vai ficar tudo bem não se preocupe. - diz Hugo tentando me animar.
- É que... Estou fora há quase cinco anos, e, não saí de lá da melhor forma possível. Fui expulsa de casa por estar grávida, os avós paternos de Louis não me acolheram, disseram até que eu tentei dar um golpe e que o filho deles foi esperto por sair fora disso. Eu não tinha ninguém por mim Hugo, apenas meu irmão, e se não fosse ele, nem sei o que seria de mim... Beto pegou todas as suas economias e me trouxe pra cá, cuidou de mim o tempo que pôde mas, precisou voltar, ele trabalhava, precisava voltar. E aqui estou eu, me vendo obrigada a voltar para o lugar que tanto me fizeram mau! - digo com fala embargada.
- Lya. - diz Hugo me olhando atentamente. - Você não está mais sozinha, você não tem só seu irmão ao seu lado, você tem a mim agora. Eu não vou deixar você enfrentar tudo isso sozinha. Eu vou com vocês encontrar o pai de Louis! - diz ele para minha surpresa.
- Tem certeza? - pergunto.
- Claro Lya! Meu lugar é onde você for. E agora, vocês precisam de apóio, de ajuda. Eu vou. E vamos enfrentar todos que um dia te abandonaram, juntos!
- Obrigada Hugo!
- Você precisa parar de me agradecer querida! - diz ele e em seguida deposita um suave beijo em meus lábios.

Eu me sentia completa, realizada, com medo mas segura. Era um misto de sentimentos, de sensações. Mas eu sabia que ao lado de Hugo, nada, nem ninguém poderia me fazer mau, nem a mim, nem a meu filho.



O dia de Louis foi perfeito. Hugo o levou para a lancha e ele adorou passar o dia navegando. Meu menino brincou, nadou com Hugo no mar, se divertiu e foi feliz. E eu estava feliz também por o ver feliz. Louis não se desgrudava mais de Hugo,  e isso só aquecia meu coração mais e mais.

A noite, assistimos um dos filmes do toy story em casa e assim terminou nosso dia perfeito.

No dia seguinte, Hugo nos levou para um passeio no parque, ele e Louis pareciam duas crianças brincando juntas. Suas risadas contagiavam o ambiente. Os dois pareciam conectados.


- É muito lindo ver pai e filho assim, tão próximos. Principalmente hoje em dia já que as crianças se fecham no mundo da tecnologia! - uma senhora que estava ao meu lado sentada no banco do parque disse ao ver a farra que os dois faziam nos brinquedos.
- Ele não é o pai! - digo com um leve sorriso. Ela me olha surpresa. - É o padrasto!
- Pois parecem pai e filho, ninguém nunca diria o contrário! - diz ela me olhando. Sorriu em resposta.


Parecia que realmente Hugo havia entrado para a pequena família de Louis. E no que dependesse de mim, não sairia mais.



*******


- Tudo pronto campeão? - pergunta Hugo assim que Louis desce a escada com o Woody de brinquedo nas mãos. O brinquedo havia sido um presente de Hugo.
- Sim! - diz o menino animado.
- Tudo pronto Lya? - Hugo me pergunta seriamente. Ele sabia que aquela viagem não seria fácil pra mim. Apenas faço que sim. - Então vamos! - diz ele e em seguida Louis pega em sua mão.

Descemos todos para o estacionamento do prédio, Hugo já havia descido com as malas, e então seguimos viagem.


Louis assistia seu filme favorito através de uma mini tv que Hugo mandou instalar em seu carro exatamente onde Louis iria se sentar em sua cadeirinha. Preocupada, apenas observo a paisagem pela a janela do carro. Minha mente não parava de pensar. Com uma mão sob minha coxa, sinto a mão quente de Hugo por cima da minha. Viro minha cabeça para o olhar e ele tenta equilibrar a atenção a estrada e a mim, e me olhando ele sussurra.

- Vai dar tudo certo! - diz ele com o olhar mais meigo que já vi. Forço um sorriso.
- Obrigada! - digo, ele sorri.
- Te amo diabinha! - diz ele.
- Te amo também! - digo.

E assim seguimos viagem. E confesso que após ouvir de Hugo mais uma declaração de amor, me sinto mais calma.

Uma Família Para O CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora