Capítulo onze: Casados.

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O que dizer do apartamento onde morava Hugo? O lugar era simplesmente incrível. Apesar de não explorar bem o ambiente, sigo com o motorista e Louis e Brenda para o elevador, mas, o pouco que vi tive a certeza de que nem em sonho eu poderia morar num lugar assim.

Ao entramos no elevador percebo há apenas um único botão no painel, o que me deixa confusa já que por fora, vi que aquele prédio tinha vários andares.

- Por que só há apenas um botão no painel para os andares? - pergunto curiosa.
- Esse elevador é exclusivo para o senhor Lambertucci, vai diretamente para seu apartamento. - diz o motorista olhando para a frente.

Nesse momento, eu e Brenda nos olhamos completamente surpresas.


Após alguns instantes a porta do elevador se abre. E um frio domina minha barriga.

Trabalhando num shopping de alto padrão e conhecendo bem a classe alta da capital, eu pensei que já tivesse vindo de tudo, mas estava redondamente enganada.

O elevador já dava acesso direto para o apartamento, ao sairmos dele descemos três degraus e já estávamos na enorme sala. Tudo estava pronto, havia uma mesa de vidro ao centro da sala onde o juiz de paz estava. Mais ao lado, havia uma mesa um pouco maior com alguns doces e um bolo de dois andares com um casal de noivinhos no topo. E um fotógrafo com sua câmera aposto.

- Parece que teremos uma festinha! - diz Brenda sussurrando.
- Mãe, posso comer um doce? - pergunta Louis baixinho.
- Já já meu querido. - digo com um leve sorriso.
- Vejo que só está faltando eu! - ouço a voz inconfundível de Hugo ecoar pelo o ambiente.

Todos os olhares se chocam em um único ponto, o topo da escada que levava para o andar de cima. Hugo com um sorriso de orelha a orelha desce as escadas vestindo um conjunto de terno branco. Sim, ele encarnou bem o papel de noivo. Parecendo animado, ele desce as escadas praticamente saltitando, e isso faz Louis dar um leve sorriso. Era só o que faltava, aquele idiota iria conquistar meu filho.

- Dr. Lima, como vai? - pergunta Hugo ao juiz.
- Vou bem, melhor agora que finalmente vou lhe casar! - diz o homem num tom de brincadeira. Hugo sorri.
- E aqui está minha noiva! - diz ele se voltando para mim.

Hugo me olha de cima a baixo percorrendo seus olhos por cada parte do meu corpo e isso me incomoda. Reviro os olhos.

- Está linda querida! - diz ele me olhando de forma sedutora.
- Você também, de branco, igual uma virgem! - digo zombando. Brenda sorri. Já Hugo, fica sério.
- Sempre bem humorada querida! - diz ele por fim. Hugo olha para Louis que o olha curioso. - E você é o famoso Louis! - diz Hugo olhando atentamente para meu filho.
- Sou sim, e você é o amor da mamãe! - diz ele para minha total surpresa. Hugo me olha atentamente.
- Louis querido, não diga essas coisas! - o repreendo de forma sutil.
- Mas mamãe, você falou que as pessoas só se casam por amor, e agora você está se casando, então ele é o seu amor. - diz meu filho como se fosse a coisa mais natural do mundo.
- Isso é verdade Louis. - interveio Hugo. - Vamos começar? - pergunta ele para o juiz. O juiz faz que sim.

- Os noivos, por favor fiquem de frente para mim. - diz o homem. Nos posicionamos a sua frente. - Os padrinhos, a minha direita. - diz ele, e foi aí que percebi que o padrinho de Hugo era seu motorista. Interessante escolha, pensei. - E Louis, você pode ficar a minha esquerda? - pergunta ele de forma terna. Louis faz que sim e se aproxima do juiz.

E a celebração logo começa.

- Estamos aqui todos juntos para uni-los em matrimônio perante os homens segundo suas leis! - discursa o juíz. - É um importante passo esse que vocês estão dando, e junto com ele, vem as responsabilidades que ambos terão um para o outro. Sendo assim, Hugo Lambertucci, você promete ser fiel, amar, cuidar e respeitar essa mulher por todos os dias?
- Sim, prometo! - responde ele firmemente. Por mais emocionante que fosse, eu sabia que tudo aquilo não era verdade.
- Lyandra Carvalho, você promete ser fiel, amar, cuidar e respeitar esse homem por todos os dias?
- sim! - apenas respondo.
- Os noivos, assinem! - diz ele aproximando de nós o documento. Ambos assinamos. - Os padrinho... - diz ele. Brenda e o motorista assinam. - Onde estão as alianças? - pergunta ele a Hugo. Hugo tira uma caixinha de seu bolso e a abre. Meu espanto só não é maior que o de Brenda ao ver o grande anel de ouro branco com uma grande pedra de rubi rodeada por pequenos diamantes.
- Espero que não se incomode, não sou de usar jóias e, achei melhor sair dos padrões, por isso o anel. - disse ele tentando se explicar. Apenas faço que sim.

Hugo coloca o anel em meu dedo.

- Com o poder posto sob mim através da constituição desse país, vos declaro casados! Pode beijar a noiva. - diz ele para a minha surpresa. Eu havia esquecido essa parte.

Imediatamente olho para Hugo, ele parece entender meu olhar pois se aproxima e deposita um beijo suave em minha testa. Agradeci aos céus por isso. E assim estávamos casados. Por alguns meses apenas.

Uma Família Para O CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora