Capítulo vinte e dois: Direitos

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- Será que consigo me afastar de você? - pergunta Hugo enquanto nos beijavamos.
- Se não tentar não vai saber! - respondo com um sorriso.
- Tem razão! - diz ele depois que deposita um beijo sensual em meus lábios.

Já fazia um bom tempo que estávamos assim, no quarto tentando entrar no banheiro pra tomar banho e nos beijando. Até que fomos interrompidos pelo o toque do meu celular.

- Preciso ver quem é! - digo tentando me afastar de Hugo. Ele não me dá trégua, enquanto caminho para pegar o celular que está em cima da cama, Hugo me segue me beijando.

- É o meu irmão! - digo ao pegar meu celular.
- Está bem. Vou, tomar logo esse banho! _ diz ele me beijando no pescoço.

Hugo deposita um último beijo e saí em direção do banheiro.

- Oi Beto! - digo com um leve sorriso ao atender o celular. Meus lábios já estavam inchados.
- Lya, tenho más notícias! - diz ele com a voz tensa.

Já fazia dias desde a última ligação de Beto, a mesma ligação que ele me deu outra má notícia.

- O que aconteceu? - pergunto tensa. Beto respira profundamente.
- É o pai do Louis, ele me procurou. Quer conhecer o filho! - diz ele pesadamente. Nesse momento, sinto meu chão se abrir, e era  como se eu fosse engolida por ele. - Lya? - insisti ele.
- Ele não pode. Ele não tem filho! - digo seriamente.
- Lya, eu sei mais do qualquer pessoa que ele não tem realmente nenhum direito para reivindicar, mas, ele é pai, nós querendo ou não.
- Beto, ele não é pai, ele não tem filho. Ele escolheu assim! - digo firmemente.
- Eu deixei isso bem claro a ele Lya, mas, ele disse que se não conhecer o filho por bem, vai fazer isso por mau!
- O quê? - pergunto surpresa.
- Ele falou que sabe o que fez, que não foi certo, mas, ele quer conhecer o filho. Falou que vai procurar os direitos se preciso for.
- Ele que procure! - digo seriamente.
- Lya, pense bem. Ele tem dinheiro, você sabe como as coisas funcionam!
- Beto, por favor, diga a ele que ele não tem filho, e que ele não vai conhecer filho que ele escolheu não ter.
- Está bem lya... Eu preciso desligar, estou no horário de trabalho, depois conversamos melhor. - ao dizer isso, Beto desliga.

Me sento sob a cama e sinto minhas lágrimas quentes rolarem por meu rosto.

Depois de quatro anos aquele monstro saiu do inferno pra me atormentar, tirar minha paz. Agora que minha vida estava encaminhada, que tudo seguia bem. Naquele momento, odiei com mais fervor aquele infeliz. O odiei com todas as minhas forças.

******

- Lya? Lya? - ouço a voz de Hugo me tirar de meu transi.
- Ah, oi. - digo tentando não demonstrar tristeza. Hugo já havia tomado banho e estava vestido.
- O que aconteceu?
- Ah, nada. - minto. Hugo ergue uma sobrancelha.
- Lya, você não está bem. O que aconteceu? - insiste ele. Respiro fundo.
- Meu irmão ligou avisando que o pai de Louis quer conhecer o filho. - digo com a voz cheia de mágoa. Hugo se senta ao meu lado na cama.
- E você? - pergunta ele.
- Não dei chances Hugo, ele não vai conhecer meu filho.
- E o que te preocupa tanto?
- Ele ameaçou, disse que se eu não permitir, ele vai procurar seus direitos.
- Lya, eu acho que é melhor você procurar um advogado! - o olho confusa. - É melhor se preparar, procurar orientação. Você tem o direito de o afastar do menino, mas, vamos fazer isso junto a lei, para não haver surpresas no futuro!
- Acho que é melhor mesmo. - digo frustrada.
- Amanhã você vai comigo na empresa, vou pedir para o meu advogado te ajudar com isso.
- Obrigada! - digo forçando um sorriso. Hugo me abraça forte.
- Acho que não é bom Louis te ver assim, deixa que eu o levo para jantar. Tente se acalmar. - diz ele.
- Está bem... - digo me sentindo frustrada.

Uma Família Para O CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora