Capítulo quatro: São só negócios!

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- Isso não faz o menor sentido! É uma brincadeira não é?! - digo após alguns instantes de silêncio. Hugo apenas me olha. - Você está brincando comigo só pode. Isso não é certo, você não pode brincar com uma situação como essa. - digo seriamente.
- Lyandra, isso não é uma brincadeira, nunca falei tão sério em minha vida!
- Então por que eu? Você poderia fazer essa proposta pra qualquer mulher, qualquer uma delas iria aceitar sem pensar duas vezes!
- Sim, mas, qualquer uma iria a público após o divórcio e contaria tudo a imprensa e isso me colocaria em maus lençóis.
- Sim, mas, você deveria ir atrás de uma mulher do seu meio, não eu.
- Você tem algum tipo de preconceito comigo? - pergunta ele.
- Não, claro que não! Não estou dizendo isso... Mas, não faz o menor sentido.
- Eu sei que parece loucura mas, é a minha única alternativa. - disse ele.
- Não, não é. Você não pode casar com alguém apenas pra garantir ações, por dinheiro. Muito menos fazer uma oferta como essa, casamento não é isso! - digo seriamente. Ele ergue uma sobrancelha.
- Me diga Lyandra, o que ajudaria a salvar a vida do seu filho? Dinheiro ou amor? - pergunta ele seriamente. Fico em choque com suas palavras.

Ele tinha razão. Eu precisava de dinheiro.

- Assim como você, eu tenho um problema para resolver. Diferente do seu mas, também preciso resolver... Se considere com sorte Lyandra, a ajuda bateu a sua porta. Você pode salvar seu filho, dar a ele uma vida melhor. E só terá que se casar comigo, apenas isso. Por alguns meses. Lhe darei uma vida que nunca sonhou em ter antes, você, seu filho, serão bem recompensados por isso. Pense em tudo o que pode dar a ele, além do tratamento é claro. Depois que esse tempo passar, nos divorciamos e você seguirá a sua vida, só que com alguns milhões na conta. - diz ele seriamente.
- O que pensa que sou? - digo enfurecida.
- Como ousa me procurar para fazer uma proposta como essa? Vocês ricos pensam que podem comprar tudo e todos. Sinto em lhe dizer senhor Lambertucci não estou á venda! - digo seriamente. Ele apenas me olha.
- Todos tem um preço Lyandra, até você tem seu preço e eu sei bem qual é! - diz ele olhando dentro dos meus olhos. Engulo em seco.
- Sei que me filho está doente, que preciso de dinheiro, mas, não será assim que eu vou salvar a vida do meu filho.
- São só negócios! - afirma ele.
- Não, isso é um negócio sujo. Você quer enganar sua avó apenas por dinheiro, quer sujar a imagem de um casamento, de uma família apenas por ambição, você não está me ajudando,. você apenas quer se beneficiar. Mas lhe digo, você não irá se beneficiar em cima do meu problema, muito menos em cima do meu filho... E outra, eu não poderia me casar assim, eu não o conheco, não o amo, casamento vai muito além disso.
- Enquanto a amor eu não vou exigir nada de você. Apenas sexo é claro! - disse ele para meu total desespero.
- O que pensa que sou? - perguntei novamente. - ele respira profundamente.
- Sei que você precisa processar a situação, lhe darei um tempo... - ele pega um cartão e me dá. - Quando se decidir, me procure! - diz ele ao me entregar o cartão. - Mas não demore muito, sei que corre contra o tempo!
- Me esqueça senhor Lambertucci, esqueça essa ideia insana! - ao dizer isso, jogo o cartão no chão do carro. - Pare o carro por favor. - peço ao motorista.

O motorista olha para o patrão pelo o espelho do carro e Hugo faz que sim com a cabeça levemente, então, ele para o carro. Olho pela a última vez para aquele homem enfurecida. E então saio do carro sem olhar para trás.

Eu precisava sair dali ou avançaria em cima dele e lhe daria a boa bofetada.

Enquanto observo o carro partir, volto a andar lentamente, e percebo que estou já perto de casa. Lágrimas molham meu rosto. Eu estava vulnerável, precisando de ajuda, sozinha, e ainda por cima com um idiota vasculhando minha vida e me fazendo uma proposta como aquela.

Uma Família Para O CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora