Capítulo doze: O zíper do vestido

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Tiramos algumas fotos com o juiz, os padrinho, Louis e sozinhos. Tudo como mandava o figurino.

Meu pequeno amou quando deixei que ele comesse um dos doces. Sentado sob o sofá da sala, Louis comia comportado.

- É amiga, até que não será um castigo morar aqui. - diz Brenda.
- Espero que tudo acabe logo! - digo suspirando.
- Se anima. Hoje é seu casamento! - diz ela tentando me animar. Sorriu fraco em resposta.

Comemos alguma doces e o bolo e conversamos um pouco. Hugo sempre dando atenção aos dois homens que estavam ali, e eu dando atenção a Brenda e Louis.

- Brenda. - diz Hugo se aproximando de nós. - Renato irá levar o juiz para casa, se quiser uma carona...
- Ah, claro. Quero sim, obrigada. - diz ela se levantando do sofá.
- Certo, vou avisar a ele. - ao dizer isso, Hugo saí.
- Você não pode ir agora! - digo.
- Por que não?! - pergunta ela surpresa. - Lya, não me diga que... Amiga relaxa, ele não vai te fazer nada. - diz ela tentando me acalmar. - Se bem que, eu com um homem desse, seria eu quem iria fazer algo com ele! - diz ela o olhando com cobiça. Reviro os olhos. - Amiga, preciso ir, amanhã tenho que trabalhar, não esqueça que só uma de nós casou com um milionário!
- Não esqueça de avisar a Angelo porque vou me ausentar esses dias.
- Não se preocupe, não só vou avisar como vou mostrar cada foto, passei meu número para o fotógrafo ele vai me mandar as fotos ainda hoje. - diz ela animada. - Acho que já vão,estão de saída. - diz ela olhando para os homens que se despediam. - Até breve.
- Até. - digo desanimada.

E assim todos se vão ficando ali apenas nós três.

- Vocês devem estar cansados. - diz Hugo se aproximando.
- Sim, um pouco. - falo.
- Então venham, vou mostrar a vocês os quartos. - diz ele me olhando. Engulo em seco.

Pego Louis pela a mão e o seguimos.

Subimos a escada e logo nos deparamos com o andar de cima. Havia um corredor e algumas portas fechadas. Passamos pela a primeira e logo na segunda paramos. Hugo abre a porta e me deparo com um lindo quarto decorado, era o quarto de Louis. Vejo os olhos do meu filho brilharem ao se deparar com o quarto todo decorado com o tema fazenda.

- Esse é meu quarto? - pergunta ele surpreso.
- Sim. Gostou? - pergunta Hugo. Ele balança a cabeça afirmando. - Então entre, vá lá conhecer seu quarto. - diz ele.

Louis se solta da minha mão e entra. A primeira coisa que ele fez é correr até os brinquedos que estavam na parede sob algumas prateleiras mas que tinham fácil acesso para ele.

- Ele gostou mesmo! - diz Hugo o olhando.
- Obrigada! - digo. Ele me olha e vejo em seu olhar um certo brilho. Confesso, aquilo amoleceu meu coração duro.
- Nosso quarto é o primeiro, vou tomar um banho, tenho algumas coisas para resolver da empresa mas vou fazer isso daqui de casa mesmo, e quando quiser pode vir... - apenas faço que sim.

E assim Hugo segue pelo o corredor até entrar no primeiro quarto.

- Você gostou filho? - pergunto ao entrar no quarto.
- Sim, é incrível! - diz ele alegremente. Sorriu em resposta.

O quarto era realmente incrível. Além dos brinquedos, havia também uma tv e videogame, tudo de última geração. A cama era uma dessas estilo cabana, achei muito fofa. No banheiro, havia uma banheira e alguns brinquedos de banho tudo no tema fazendinha. Olhar tudo aquilo e ver que Hugo de certa se preocupou com aquele detalhe, me fez perceber que Brenda realmente tinha razão, não seria tão difícil morar ali.

Ajudo Louis a se trocar e visto nele uma das roupas que comprei no shopping dias atrás.

- Filho, mamãe precisa mudar de roupa também. Meu quarto é o primeiro ao lado do seu, qualquer coisa vá até lá, mas não esqueça de bater na porta está bem? - Louis faz que sim. - Não demoro. - ao dizer isso, dou um beijo no topo da cabeça de meu filho e saio, deixando a porta entreaberta.

Respiro fundo e sigo a passos lentos até o primeiro quarto.

Abro a porta lentamente e percebo que Hugo não está ali. Respiro aliviada. Fecho a porta e meus olhos percorrem todo o quarto que realmente era deslumbrante. A cama enorme, uma grande tv a frente dela, duas poltronas decoravam o ambiente, e havia duas portas. A primeira, era o closet, enorme, de um lado, ficava minhas coisas, do outro, as de Hugo. Vi que havia uma porta anexada a ela e a abri. Era onde ficava o banheiro. Mas, antes que meus olhos percoressem todo o ambiente, me deparo com Hugo vestindo apenas uma bermuda.

Nossos olhos se chocam, mas, logo meus olhos percorrem seu corpo. Seu peitoral nu, deixava evidente cada contorno, e sua pele parecia brilhar.

- Gostou do que viu? - pergunta ele ao notar meus olhos o olhando. Reviro os olhos.
- Não seja convencido. - digo secamente. Ele sorri. E voltamos a nos olhar.

Era estranho como tudo estava acontecendo. Hugo para mim era um estranho mas ao mesmo tempo, parecia que o conhecia a anos.

- Vou deixar você, aqui. - diz ele parecendo confuso. E em seguida saí por outra porta. Entro no banheiro e respiro aliviada.

Eu precisava relaxar. De um banho relaxante.

Tento baixar o zíper do vestido mas minhas mãos não o alcança. Droga! Me lembro que Brenda me ajudou a vestir ele, e agora não conseguia tirar sozinha. Tento mais uma vez e não consigo. Maldição! Sem ter outra alternativa, faço o que jamais pensei em fazer.

Abro a porta do banheiro por onde Hugo havia saído e o vejo vestindo uma camiseta. Ao notar minha presença, ele se vira e me olha.

- Eu, eu não consigo baixar o zíper... Preciso de, ajuda! - a frase quase não saí de minha boca.

Maldita hora que deixei Brenda escolher aquele vestido!

Hugo se aproxima e então me viro de costas para ele. Sinto um calor me dominar apenas com o pensamento de que ele irá fazer aquilo. Tento controlar minha respiração, não demonstrar que estou nervosa. Sinto o toque suave das mãos de Hugo quentes sob a pele nua de minhas costas. E um arrepio me domina. Lentamente, sinto o vestido sendo aberto, até chegar no seu final, bem em cima da costura de minha calcinha. E isso me deixa constrangida.

Me viro bruscamente para ele nervosa.

- Obrigada! - digo constrangida. Hugo ergue uma sobrancelha e em seguida volto para dentro do banheiro fechando a porta rapidamente.

Uma Família Para O CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora