Ache ele

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Isso aqui é pra vcs pagarem a língua LKKKKKKKKKKKK











Me  Lauren Jauregui


Eu venho agindo feito uma babaca, idiota e inconsequente. Sofri demais, e agora estou fazendo minha família pagar por isso sem terem culpa. Hoje é aniversário do meu filho, então decidi trazê-lo para passear e aproveitar para ficar um pouco próxima dele. Há 3 anos que as coisas mudaram, posso ter agido como babaca ultimamente, mas jamais deixei de cuidar da minha família. Percebi que depois de tudo o que aconteceu, eu sozinha não posso proteger as pessoas que eu amo, sendo assim, coloquei um segurança particular para proteger Camila e Maurício. Sim, talvez seja errado de não avisa-la sobre isso, mas não quero que ela sinta medo ou se sinta sufocada... é só... proteção. Também tem segurança no restaurante, no consultório e na rua da minha casa. E está tudo bem.
Eu realmente me sinto mais aliviada agindo dessa forma. Creio que seja o certo. 
Neste momento meu filho está tagarelando dentro do carro sem parar um minuto.
Ele gosta de falar. As vezes parece até um gravador. Ele estava contando sobre uma "senhola" legal que trabalha na escola dele.
Disse que ela da chocolate para ele todos os dias... - Mas filho, o que sua mami já falou sobre aceitar coisas de pessoas estranhas na rua? - perguntei logo aguardando sua resposta. Lembrei que Camila teve uma conversa com ele sobre essas coisas, já que eu não tinha cabeça para nada. Não é na rua mamãe... é na escola - ela falou dando os ombros. Maurício, escuta aqui - falei tentando soar séria para que ele entendesse. Ele passou a me olhar. Eu não conseguia olhar para ele por estar dirigindo, mas mesmo assim queria que ele me escutasse.
Você não pode e nem deve ficar pegando coisas das pessoas... de pessoas estranhas principalmente! Você não as conhece, filho...
E se elas tentarem fazer algum mal para você? - perguntei. Ele estava com o olhar confuso.
Olha, me diz do que essa moça trabalha? - perguntei de novo para ver se ele saberia responder. Eu não sei, mamãe, ela só está lá... todos os dias... Ela é legal comigo. - falou.
E ela te falou o nome dela? - perguntei atenta.
Não, ela só disse que eu podia chamar ela de abuelita... - ele falou e minha única reação foi frear o carro com tudo no farol. Como assim? - perguntei o encarando. Como que uma desconhecida faz meu filho chamá-la de avó. Isso é o cúmulo. - Pensei. Você sabe o que isso significa, não é? -perguntei e ele balançou a cabeça que sim. Sim, mamãe, é igual eu chamo as vezes a vovó Sinu - ele falou alegre. E também eu sei porque aplendi na aula de espanhol - falou batendo palminhas como se tivesse descoberto algo grandioso. Isso mesmo, filho. - concordei. Voltei a dirigir meu carro.
Já estávamos chegando no shopping, ia apenas estacionar meu carro e desceríamos. Meu segurança estava no carro detrás. Ele ficaria andando próximo a nós, mas não tão próximo para não deixar meu filho assustado. Desci do carro após estacionar e fui desprender meu filho da cadeirinha. Ele odiava andar na cadeirinha, mas sabemos que era necessário.
Mamãe, sabe porque eu chamo a semhola de abuelita? - ele falou voltando a tocar no assunto. Por quê? - perguntei colocando ele no chão. Porque ela disse que não pode visitar o netinho dela - falou triste. Ela disse que os filhos dela não gostam mais dela - completou.
Sério, filho? Que triste, né... - falei sentida.
Maurício era uma criança extremamente coração. Tudo fazia ele ser sensível.
Agora vamos brincar - falei, tentando sair daquele assunto. Ele deu um sorriso de orelha a orelha e saltou pulinhos de felicidade. Peguei em suas mãozinhas e começamos a entrar no shopping. Primeiro íamos na loja de brinquedos, pois havia prometido que compraria um presente de aniversário, então fomos até lá para ele escolher o que queria.
As vezes parecia que mimávamos muito ele (mais a Camila, já que fui uma mãe ausente na maioria das vezes) mas é que ele era uma criança tão genuína, educada... se ele pudesse tirava dele mesmo para dar para as pessoas.
Então por isso que dávamos a ele tudo o que podíamos. Sem excitar. Além do mais, se temos condições para isso, é o certo a se fazer. Nesses anos que passaram, larguei meu trabalho e logo depois fui afastada. Mas acho que está na hora de eu voltar e buscar por minha vingança.
Quem mandou fazer isso com a minha amiga não vai ficar impune. Enfim, tratei de tirar esses pensamentos, não quero estragar a diversão do meu filho, não quero ficar magoada logo agora. Não quero. Ele não merece isso. Ele estava alegre andando pelos corredores dos brinquedos. Viu um enorme brinquedo do bob esponja e quis. Pedi para uma das atendentes separar o brinquedo enquanto ele olhava outros alegre.
Meu segurança estava na entrada da loja, checando todo o perímetro. Sabíamos que aqui dentro ninguém poderia nos fazer mal, ainda mais por ser um lugar movimentado. Meu celular começou a tocar e logo vi que minha irmã estava me ligando.

Tempestade -(Camren) REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora