Desculpem rsrs
Me Camila Cabello
Não estava querendo acreditar no que aconteceu... Ele pegou em minha mão e se foi.
No tempo em que tive com ele, entre seções e seções, conheci o seu interior... eu pude conhecer o interior daquele menino, eu sabia que ele era do bem. Um verdadeiro anjo.
Ele só tinha traumas demais para uma criança.
Era dor demais para o meu coração, queria arrancar aquilo de dentro, sessar e não doer.
A mãe dele chorava, soluçava e gritava: meu filho, volta para mim, eu sou sua mãe e não quero que vá. Eu não aguentaria perder meu filho... de forma alguma, pois todo aprendizado no ramo da psicologia, cairia por água abaixo.-Doutora Camila? -ouvi uma senhora me chamar, e logo olhei para o lado saindo daquele transe.
Sim? -perguntei em resposta fungando.
-Você pode tentar acalma-la? Eu sei que não é um momento bom para ninguém, mas, não queremos seda-la com um calmante... -a moça, vestida de branco, falou calmamente. Apenas assenti gentilmente, pois eu sabia que deveria fazer isso. Liguei para Lauren a uns minutos atrás, precisava dela comigo... além disso, estava sentindo algumas "pontadas" em minha barriga, talvez seria o baque disso tudo, mas tratei de ignorar e fazer algo de útil.
-Heyyy, Ashh -a chamei, colocando a mão em seu ombro. Ela soluçava. Seu rosto reprimido, seus olhos vermelhos e inchados, a ponta de seu nariz também vermelha... ela estava péssima!
Você precisa ser forte agora, ok? -pedi e ela continuava a chorar.-Eu vou ficar sozinha -ela dizia.
Ele era o meu companheiro, Doutora... eu não fui uma boa mãe, ele se foi e agora não me sobrou nada... -ela dizia.-Xiuuuuu- pedi abraçando-a.
Não diga isso, ok?! Você foi uma ótima mãe, não se culpe por isso. -acalentei.-Você conseguiu avisar Lauren? -perguntou, se desfazendo de nosso abraço.
-Sim, ela já deve estar a caminho -falei.
Aí -reclamei, pondo a mão em minha barriga.-Está tudo bem? -ela me perguntou preocupada.
-Sim, está -menti. Não queria preocupa-lá. Isso deveria ser o bebê, nada de tão grave.
-Tudo bem... -assentiu, e logo caminhou para sentar na poltrona.
Eu não sei oque vou fazer... -falou desgostosa de si.
O quarto dele... as roupas e brinquedos...-fungou.-Eu sinto tanto por isso... -falei, caminhando até seu lado e me sentando.
Olhe para mim... -pedi. Ela olhou.-Ele ainda era/é um anjo... -comecei.
Embora tenha tipo a mente fraca, não deixou de ser um anjo... -respirei fundo.
Agora ele se foi, mas você pode ter a certeza, FEZ DE TUDO PARA SER UMA BOA MÃE -falei com firmeza.-Senhorita Benson? -O homem de jaleco branco chamou nossa atenção, desviando nossos olhares até a porta, onde estava parado.
-Sim?! -ela disse se levantando
-Precisamos que venha assinar alguns papéis... -pausou.
Sobre o menor... -disse gentilmente, mas com um ar triste.-Tudo bem... -ela assentiu, respirou fundo e se levantou da poltrona.
Doutora, já venho -falou cabisbaixa e eu apenas assenti com um sorriso torto.
Passou-se alguns minutos, eram insuportáveis minutos de espera... a perda desse garoto, me atormentava. Não podia me sentir culpada, mas, eu como psicóloga dele, ver esse resultado chegar nesse fim terrível, faz parecer que eu não soube fazer meu trabalho corretamente.
Sinto que deveria ter feito um pouco mais, porque sempre se pode fazer algo a mais por eles. Alisei minha barriga, ainda sentia essas pontadas, e agora eu sentia a sensação que estava fazendo xixi na roupa, isso era engraçado, até parecia que a bolsa estourou, mas pela lógica, ainda era um pouquinho cedo para o bebê nascer...
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Tempestade -(Camren) REVISÃO
Fiksi PenggemarCom 28 anos, Lauren Jauregui é uma delegada de polícia influente. Desde nova se esforçou para alcançar seus objetivos e metas na vida. Influente porque vinha de uma grande família prestigiada. Contudo, seu passado era marcado de dor e um coração p...