Pura tensão

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oi, feliz natal e feliz ano novo atrasado rs











Me Camila Cabello

Eu não acreditava no que ouvia da boca de minha cunhada, mas ela falava com tanta afobação, que acabava não sabendo se explicar. Dizia algo sobre o Maurício ter sumido, sobre alguém ter levado ele, sobre seguranças... ela falava rápido demais.
- Você deve ter ficado desesperada, né? Todos nós ficamos, cami. - . Como assim, Taylor? - perguntei sem entender nada daquilo.
Você está certa disso? De que isso aconteceu? - perguntei novamente, só que agora com mais firmeza. Hm... você... você não sabia? - ela disse sem graça. Ela não sabia aonde enfiar sua cara neste exato momento. Lauren estava igual.
Assim que a vi vindo em nossa direção, meu peito se encheu de raiva. Como assim meu filho havia sumido a poder de sua mãe? Isso é o cúmulo da irresponsabilidade. E se tivesse acontecido algo?
Eu não podia acreditar naquilo. Vou tentar ser racional, mas não posso deixar de estar brava.
Mais uma vez ela foi irresponsável, mas, agora, afetando diretamente a integridade física do MEU filho, no dia do seu aniversário. Eu posso explicar, por favor... - ela pedia após se aproximar.
Seus olhos verdes estavam em tamanho desespero.
Isso não. Ela colocou a vida do meu filho em risco.
Explicar que você é uma irresponsável e botou a vida do nosso filho em risco?
Eu nunca vou te perdoar por isso, Lauren Jauregui - falei nervosa. Neste momento eu não poderia demonstrar estar nervosa, sei que todos perceberiam. Assim que sai e vi minha amiga Dinah, continuei dando o meu melhor sorriso. Deixaria para resolver isso depois que a festa acabasse. Por enquanto, estavam todos felizes, meu filho brincava com os amigos, tocava som alto com músicas infantis. Estavam todos bem, felizes... eu não poderia estragar isso com minhas frustrações.
Olhei para trás para ver aonde ela estava e não notei mais a sua presença. Continuei andando até chegar em algum ambiente calmo.

- Ela é uma irresponsável, Dinah! - falei nervosa. Minhas mãos estavam suando. Mas o que aconteceu? - minha amiga perguntava sem entender.
Eu não posso acreditar nisso - falei passando as mãos por meus cabelos. Não posso. Vai me dizer o que passou ou não? - Dinah perguntou novamente.
Lauren, enquanto esteve no shopping, perdeu nosso filho. - falei rápido. Vi formar um ponto de interrogação em sua face. A Taylor veio me dizer... - pausei. Dinah, levaram meu filho dela. Como ela pode ter sido tão irresponsável. E se tivesse acontecido algo? E se o levassem para sempre? - falei já sentindo meus olhos encherem de lágrimas. Camila, você precisa ter calma. - ela falou.
Primeiro temos que entender a situação, não adianta simplesmente, agora, nesse momento, pegar todas essas informações e tirar uma só conclusão.
Camila, o que está acontecendo com você? Cadê toda sua experiência como psicóloga? Eu sei que nem sempre somos 100% coerentes com tudo, mas olha o que sua vida se tornou. Você está se destruindo, está perdendo sua essência, mal sabe ouvir, interpretar, raciocinar. Você definitivamente não era assim. - ela falou séria. E ela tinha total razão. Eu não sou mais racional, não tenho mais cabeça para lidar com nada. Eu sinto que me perdi tentando fazer os outros
ficar bem, recuperar suas vidas. Eu mal consigo me recuperar. Me perdi tanto em mim que agora não me reconheço. Você tem razão, Dj. - falei limpando minhas lágrimas silenciosas. Você tem total razão de tudo o que disse. - acrescentei. Ela pousou suas mãos em meus olhos olhando dentro de meus olhos.
Não se preocupe, tente deixar essa situação de lado por agora. Sei que será difícil terminar isso tudo, mas, eu prometo, no final do dia iremos todos resolver essa situação junto com você. Ok? - ela me disse. Você não está sozinha. - ela disse me confortando. Obrigada por tudo - a respondi com um abraço apertado. Agora vamos, bunduda. Mais tarde pego essa branquela. Limpe esses olhos e vamos curtir a festa do Maurício. Esperamos tanto por isso, não podemos deixar nada abalar. - ela disse. Minha amiga estava certa. Limpei meus olhos e coloquei um sorriso no rosto. Deixaria para resolver essa situação a noite, depois que tudo acabasse.
Logo saindo do ambiente em que estávamos, via meu sogro e meu pai rindo com suas cervejas.
Estão felizes? - perguntei me aproximando. Estamos, filha. Muito! - meu pai respondeu me abraçando de lado. Ui, senti um leve cheiro de álcool. Pai, cuidado, em! Mamão te colocará para dormir no Sofá. - falei brincando. Essa é a última, prometo! - respondeu. E você, sogro? Nada de arrumar uma namoradinha? - perguntei rindo. Todos rimos. Ah, eu estive conversando com uma moça aí... - ele falou sem graça. Ual, que legal! - respondi. E aí? - perguntei.
Bom... ainda não nos vimos pessoalmente, mas gosto dela. Ela tem algo que eu gosto muito, somente não sei o que é exatamente. - ele falou passando as mãos por seus cabelos. Vou descobrir - completou.
Ah, que bom, vovô Mike. Fico imensamente feliz em saber que está dando essa chance a você novamente. É realmente muito importante termos alguém ao nosso lado. Espero que deixe esse sentimento fluir de uma maneira natural e sem forçar... acho que fica tudo mais fácil. - falei, e logo puxando em meu pensamento o quão meu casamento está desandado. É, realmente queria acreditar nesse momento em tudo o que digo. Pensei para mim. Oh, minha nora querida, você sempre soube usar as palavras de uma maneira gostosa de ouvir. Muito obrigado! Saiba que hoje sou uma pessoa mais aberta as novas experiências graças a todas nossas conversas - ele me disse dando um sorriso de agradecimento. Obrigado, você é ótima! - agradeceu. Devolvi o agradecimento e sai para ver o restante dos convidados. Lauren não ousou se aproximar novamente, eu também não queria me desgastar, usaria os conselhos de Dinah e deixaria para resolver essa situação mais tarde.
Havia alguns amigos de profissão, vizinhos, amigos da faculdade que fiz questão de manter contato, todos com suas famílias formadas. Gosto de manter por perto quem eu quero bem, principalmente depois dessa fase difícil da vida que passei, tive mais tempo disso. Meu filho brincava alegre em sua festa, não tinha sensação melhor do que essa. Ele sorria, pulava com seus amiguinhos... estava tão feliz. Eu o amava tanto. Não me imagino sem ele. Esse amor rasga meu peito de uma forma tão sufocante...
Ele é tudo o que tenho. Me aproximei dele, estava suado, dei um beijinho em sua cabeça.
Bebê, você precisa comer alguma, não é? - falei olhando em seus olhos dilatados. Ele me olhou atento e concordou. Vou pegar - falei me levantando.
Aproveitei que o garçom passou próximo de nós e capturei um lanche natural e suco para que ele pudesse comer. Entreguei em suas mãos e o vi devorar tudo depressa. Filho, assim não! - falei chamando sua atenção. Desse jeito você vai passar mal, não pode comer rápido assim. - o repreendi.
Cadê a mamãe? - ele perguntou me olhando.
Ei, estou falando com você, pare de desconversar! -
Tá bom, mami. Vou comer devagar. - respondeu atento. Ok - concordei com a cabeça. E não sei sobre sua mãe - respondi sua pergunta anterior.
Já acabei, mami. Posso voltar a brincar? - pediu sorrindo e eu deixei que ele fosse.
Melhor eu deixar que ele aproveite bastante seu dia.













Tempestade -(Camren) REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora