Capítulo 6

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— O que você faz aqui? — Ela sentou na maca.

— Eu estava internada entre a vida e a morte, querida. — Eu disse. — Onde mais você queria que eu estivesse?

— Você me entendeu muito bem.

— Eu apenas vim conversar. — Eu caminhei até a porta e a fechei.

— O que está esperando para me denunciar? Por que não conta que fui eu que tentei matar você? — Ela disse.

— Eu literalmente nasci de novo. Pensei até em fazer isso mas eu me perguntei: "vale a pena destruir a vida de alguém assim?" — Eu sentei em uma poltrona. — Bom... Eu sou uma pessoa boa demais para isso.

— Então não vai dizer nada? Por favor! — Ela sorriu. — Acha que eu vou cair no seu papinho de boa samaritana?

— Fico muito triste quando duvidam de mim. — Eu suspirei. — Estou até pensando em terminar os meus estudos em um internato católico.

— Sai daqui. Não estou com tempo para brincadeiras. — Ela se levantou com dificuldade.

— Seu filho é lindo. Claro, puxou ao pai não é? — Eu caminhei até ela. — Ele é tão branquinho... Não nasceu ruivo. Por quê?

— O que está insinuando? Só porque o cabelo do Gilbert não é ruivo, significa que ele não é filho do George? — Ela me empurrou. — Acha que eu sou uma vadia como você?

— Eu posso ser uma vadia, mas garanto que meus filhos seriam ruivos. — Eu sorri.

— É! Seriam. Eles nem chegaram a nascer. O que aconteceu? Ah, morreram! — Ela começou a rir.

— Eu posso rapidamente dar um irmãozinho ao pequeno Gilbert. Acho que o George não vai se importar de ter mais um filho não é? — Eu arrumei o meu cabelo.

— Sua--- — Ela me deu um tapa.

— Angelina! — George falou.

Ela revirou os olhos e voltou a deitar na maca. Eu fechei o meu punho e comecei a me tremer inteira querendo a asfixiar com o travesseiro.

— Eu- — Eu dei um passo para trás. — Não me sinto muito bem.

Eu me joguei para trás, e George me segurou. Eu rapidamente fechei meus olhos e prendi a respiração.

— Ah por favor! Ela está fingindo! — Angelina falou.

— Eu- Eu vou levar ela para o quarto. — George disse.

Senti seus movimentos bruscos andando rapidamente. Ele me colocou na maca, e eu abri um pouco os olhos.

— George... — Eu tossi um pouco e segurei a sua mão.

— Eu vou chamar alguém para ajudar você! — Ele disse desesperado.

— George... — Eu sussurrei. — Você-

— Sim? — Ele se aproximou de mim.

— Você pode- — Eu segurei o seu rosto e o trouxe para mais perto. — Você pode fazer um- Um favor para mim?

— Eu faço o que você quiser! — Ele se aproximou para me beijar, mas eu recuei para trás.

— Você pode chamar o Fred? — Eu disse.

— Ah... — Ele deu um passo para trás e soltou a minha mão. — Eu- Tudo bem.

— Obrigada George. — Eu sorri e me cobri.

Quando ele saiu, eu comecei a rir. Ele iria pagar também por ter me magoado tanto. Todos iriam pagar.

Me senti grudenta eu tirei o vestido e fui até o banheiro tomar um banho.

Com Amor, Freya (parte 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora