Capítulo 8

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Eu saí de lá e comecei a andar para longe.

Eu sentia a formigação na minha boca por suas mordidas e também falta. Eu revirei os olhos e parei para respirar.

Peguei a minha varinha e aparatei para o Hotel onde Carlinhos estava. Ele não estava no seu quarto.

Eu tirei os meus sapatos, e soltei um suspiro de alívio.

— Meu pai do céu. — Eu comecei a arrumar todo o quarto.

Roupas bagunçadas na cama. Coisas reviradas na sala e entre outros.

— Como homens conseguem ser tão bagunceiros? — Eu caminhei até o banheiro.

Havia uma enorme banheira de hidromassagem no meio. Eu agradeci aos céus e tirei toda a minha roupa. Prendi o cabelo e entrei.

A água quente e borbulhante relaxava os meus músculos. Eu apoiei minha cabeça na borda e fechei os meus olhos.

Nem havia percebido que eu havia dormido. Acordei quase morrendo afogada e dei um pulo. Já estava anoitecendo.

Eu saí da água e me enrolei em uma toalha. O barulho da TV estava alto. Eu caminhei para fora e ele estava assistindo.

— Você não é uma boa invasora. — Ele me olhou.

— Por que não me acordou? — Eu sentei ao seu lado.

— Você parecia tão cansada. — Ele falou.

— Onde você foi? — Eu perguntei.

— Estava no caldeirão furado. — Ele desligou a televisão e deitou no sofá fechando os olhos.

— Sua mãe pegou bem pesado com você.

— É, não é fácil ser chamado de pedófilo. — Ele me olhou.

— Você sabe que eu não sou uma criança. — Eu subi no seu colo.

— Pode não ser agora, mas era há 3 anos atrás. — Ele começou a mexer no cabelo.

— Nós só nos beijamos no sofá da sua mãe. — Eu beijei o seu pescoço. — Nada demais.

— Eu fiz sexo oral em você. — Ele segurou as minhas mãos. — Parando para pensar, foi errado sim.

— Foi inevitável. Você estava lá, talvez para você na hora errada e no momento errado. Mas agora não importa mais. — Eu me afastei dele e tirei a sua blusa. — Fez mais tatuagens?

— Estava com raiva da minha mãe, então eu fiz mais. — Ele tirou a minha toalha e beijou a área da minha tatuagem. — Eu gosto da sua.

— É a única que eu tenho. — Eu disse.

— Não quer outra? — Ele me tirou do seu colo, e abriu a calça.

— Na verdade não. — Eu me cobri com a toalha e fui para a cozinha. — Está afim de comer?

— Na verdade sim, mas não é exatamente uma comida. — Ele segurou minha cintura por trás e me encostou na parede.

— Eu estou morrendo de fome. — Eu me soltei e caminhei até a geladeira. — Só tem cerveja aqui?

Ele fechou a geladeira e me olhou.

— Algum problema?

— Por que está me evitando? — Ele perguntou.

— Eu não estou. — Eu dei de ombros.

— Não está? — Ele me colocou em cima da mesa, e sentou na cadeira entre as minhas pernas.

Com Amor, Freya (parte 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora