Capítulo 40 - Não importa o que aconteça comigo

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Eu acordei com uma leve dor de cabeça. Um zumbido no meu ouvido ia diminuindo enquanto eu tentava enxergar ao redor.

Percebi que eu estava na minha cama. Eu me levantei rapidamente quando escutei as vozes do Fergus e do Mattheo.

— Eu trouxe você aqui para conversar com ela, e não para isso! — Fergus começou.

— Errado. Você me sequestrou. — Mattheo respondeu.

— QUE SEJA!

— Por que estão gritando? — Eu caminhei até a sala. — Estou com dor de cabeça.

— Ótimo. Eu falei. Mas ao invés de levar você para o hospital, o Fergus quis se intrometer sobre o que fazemos ou deixamos de fazer. — Mattheo me olhou.

— Você está bem, Freya? — Fergus me sentou no sofá. — Você sabe, seu médico é em Londres e eu não podia levá-la para lá. Você sabe, poderíamos encontrar com eles.

— Sua preocupação é essa? — Mattheo riu desacreditado. — Ela tem a porra de um aneurisma e você preocupado em se esconder? Vocês não são foragidos do ministério!

— Tudo bem, Mattheo. Não tem problema. — Eu segurei o braço do Fergus, porque eu sabia que se ele levantasse, o Mattheo morria. — Eu concordo com o Fergus. Não é nada demais.

— Tanto faz. — Ele pegou o casaco. — Eu vou embora.

— Espera um pouco. — Eu me levantei e o segui para fora. — Por que está chateado?

— Você ainda faz essa pergunta? — Ele me olhou. — Você desmaiou. Na minha frente. Em cima de mim e não quer que eu fique chateado? Ainda mais quando o Fergus se recusou a levar você para o hospital?

— Mas eu estou bem, Mattheo. — Eu falei.

— Sorte a dele. Porque se tivesse acontecido alguma coisa com você, eu juro que ele estaria morto agora. — Ele voltou a caminhar.

— Você- Não tem medo de voltar sozinho a essa hora? Está muito tarde. — Eu dei um passo.

— Você fala como se eu fosse pegar um metrô no meio da noite ou algo assim. — Ele pegou a varinha. — Eu vou aparatar.

— Mas você pode estrebuchar. Sabe, você está estressado e isso influencia muito na hora de-

— Se você quer que eu durma com você, é só falar. — Ele me olhou.

— Eu quero que você durma comigo. — Eu suspirei.

Ele não falou nada. Ficou olhando alguns segundos para mim e entrou de volta na casa. Eu também entrei.

— O Mattheo vai dormir aqui hoje. — Eu olhei para o Fergus. — Está muito tarde.

— No quarto de hóspedes. — Fergus olhou para ele.

— Não. Ele vai dormir no meu quarto. — Eu segurei a mão dele e caminhei até lá.

— Acho melhor eu dormir no quarto de hóspedes. — Mattheo disse.

— Lá é bem gelado. Aqui tem uma lareira. É bem melhor. — Eu subi na cama. — Vem.

— Tudo bem. — Ele tirou os sapatos e deitou.

— Ahn, acho que o Sammy está com o Rosalina. — Eu olhei para o berço.

— Sim, ela o levou quando você ainda estava desmaiada. — Mattheo respondeu.

Eu também deitei e ficamos frente a frente. Eu o encarava enquanto ele me encarava de volta.

— O George já viu o bebê? — Ele colocou meu cabelo para trás da orelha.

Com Amor, Freya (parte 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora