Capítulo 35

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Eu o soltei desesperada e saí correndo de lá. Tentava me lembrar da saída daquele lugar para pedir ajuda.

Eu saí e dei de cara com a floresta proibida. Hagrid dava aulas a alguns alunos ao lado. Logo fui vista por eles, que iniciou o burburinho.

— Freya! O que houve, querida? — Hagrid correu até mim.

— EU NÃO SEI! O MATTHEO! VOCÊ TEM QUE AJUDAR ELE, HAGRID POR FAVOR! EU ACHO QUE ELE MORREU! ME AJUDA! — Eu comecei a gritar.

— Onde ele está? — Ele me puxou para o caminho em que eu fiz.

— ELE ESTÁ NA CÂMARA SECRETA, POR FAVOR. — Eu me soltei. — AJUDA ELE!

— Longbottom! Vá chamar o professor Dumbledore, Agora! — Hagrid desapareceu na floresta.

Neville saiu correndo, e o resto ficou olhando. Eu não podia ficar parada lá esperando. Então eu segui o hagrid para dentro da saída da câmara secreta.

— O que você pensa que está fazendo aqui, Edwards? — Ele me notou. — Vamos, saia daqui.

— Você não sabe onde ele está! Eu sei. — Eu saí correndo até o quarto.

Mas eu olhei em volta confusa. Ele não estava mais lá. Como se ele tivesse desaparecido.

— Eu- Não entendo. Ele estava bem aqui. — Eu sentei na cama.

— Estava? — Uma voz que não era a de Hagrid falou.

Não novamente. Eu me virei rapidamente e o Tom estava parado em frente a porta. Não tinha como eu escapar dali.

Se aquilo fosse um sonho, que eu me acordasse logo, mas eu não conseguia. Eu não conseguia me acordar.

Me afastei quando ele se aproximou. Ele me olhou confuso, mas logo depois sorriu.

— Não fuja de mim. — Ele me puxou para perto e segurou o meu rosto. — Eu sinto tanto a sua falta.

— ME SOLTA! — Eu o empurrei.

— EU DETESTO QUANDO VOCÊ É DESOBEDIENTE. — Ele me jogou na cama e apertou o meu pescoço.

Eu tentei me soltar de todas as formas. O empurrei, o chutei, tentei gritar mas nada funcionava. Parecia que aquilo o deixava mais forte sobre mim.

Eu dei um pulo da cama. Estava coberta de suor. Um trovão havia me acordado. Olhei para o lado rapidamente para ver o Mattheo, e ele estava na cama dormindo. Então foi outra vez um pesadelo.

— O que houve? — George tocou o meu ombro.

— Acho melhor você ir. — Eu o olhei.

— Mas- É madrugada. — Ele sentou do meu lado.

— Eu sei. Eu tive um pesadelo e quero ficar sozinha. — Eu me levantei. — Por favor.

— Quer conversar sobre isso? — Ele calçou os sapatos.

— Não, amanhã conversamos. Por favor. — Eu toquei minha barriga.

— Claro, tudo bem. — Ele levantou. — Eu vou embora.

Eu não falei nada. Caminhei até a porta e a abri. Ele me seguiu e saiu. Eu a fechei e voltei para a cama.

Meu olhar revezava entre Regulus e Mattheo. Eu não conseguia dormir depois daquele sono. Estava cada vez mais real.

Me assustei quando o Mattheo se levantou e veio na minha direção. Ele passou por cima de mim, e deitou do meu lado.

Eu o encarei por alguns minutos e deitei para tentar dormir. Eu não sei o que iria fazer amanhã. Eu não sabia o que fazer no futuro.

Com Amor, Freya (parte 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora