Capítulo 15

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Eu estava acabada com aquilo. Não queria que acontecesse daquele jeito. Eu gostava do Carlinhos. Mas eu teria que cuidar da Angelina primeiro.

— Hora de ver o Gilbert. — Entrei no meu quarto, e peguei a mesma tesoura que eu havia cortado o meu cabelo. Também peguei um saquinho

Eu iria começar pelo George. Comprovaria que o bebê não era filho dele. Aquilo seria suficiente para ele querer mata-lá.

Olhei para ver se havia alguém no corredor, e entrei no quarto. George estava dormindo com ele nos braços.

— Ganhei na loteria. — Eu soltei um sorrisinho e me aproximei.

Poderia pegar logo o cabelo dos dois de uma vez, sem ter que arriscar ainda mais. Subi um pouco na cama e me esforcei para não acorda-los.

Eu cortei em uma só suspirada. Me levantei rapidamente e fui em direção a porta.

— Freya? O que está fazendo aqui?

Eu escondi a tesoura e o saquinho rapidamente sobre a cômoda e me virei lentamente.

— Oi! — Eu falei. — Então...

— O que você está fazendo aqui? — Ele levantou lentamente.

— Ahn, Eu- Eu vim-

— Eu sei porque está aqui. — Ele colocou o Gilbert na cama, caminhou até mim, e fechou a porta.

— George, eu-

— Você quer vê-lo não é? Tudo bem, eu não vou dizer para a Angelina. — Ele falou.

Eu suspirei de alívio, e senti o suor escorrer da minha testa.

— É, isso mesmo. — Eu caminhei até o Gilbert o pegando.

— Bom, não vai demorar muito para ela vir pegá-lo. Está no banho. — Ele sentou ao meu lado na cama.

— Tudo bem, eu só- Só queria vê-lo mesmo. — Eu fiz carinho no seu rosto.

Ele estava vestido com uma fantasia de ursinho. Tinha orelhinhas no seu capuz e um rabinho no seu conjuntinho.

— Ele é-

— George! — Angelina bateu na porta e tentou abri-la.

— Droga! — Ele pegou o bebê de mim.

Eu não falei nada e entrei dentro do banheiro.
Escutei a tranca rodar, e ela entrar bufando.

— Por que demorou tanto? — Ela perguntou.

— Eu estava dormindo. — George respondeu.

— Que seja. Eu vou voltar para aquele quarto e vou embora o mais cedo possível com o meu filho.

— O que aconteceu com o seu pescoço?!

— Não me enche, George! — Escutei outra batida de porta.

Eu espiei e agora ele estava sozinho. Eu saí do banheiro e o olhei.

— Então, eu acho que já vou. — Eu forcei a garganta.

— O que aconteceu com o seu cabelo? — Ele tocou.

— Ahn, eu- — Eu me afastei dele. — Decidi mudar.

— É um corte de cabelo muito estranho. — Ele sorriu. — Está um pouco... Desproporcional?

— Sim, eu estava procurando a tesoura certa. — Eu peguei a tesoura que eu havia colocado sobre a cômoda. — Olhe só! Estava aqui!

— Ahn, claro. — Ele abriu a porta.

— Tchau, George. — Eu o olhei.

— Tchau, Freya. — Ele olhou para o chão.

Com Amor, Freya (parte 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora