capitulo 12

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Eu saí de lá e comecei a caminhar para longe. Estava com mais raiva dela do que tristeza.

Limpei o resto das minhas lágrimas e sorri. Ela só estava cavando a sua cova ainda mais. Ela estava me desafiando, esquecendo totalmente que me matou.

Eu estava adorando alimentar o ego dela. Aquilo me alimentava também.

— Freya! — Carlinhos disse atrás de mim.

Eu o ignorei e apressei os meus passos. Quando eu peguei a varinha para aparatar, ele me puxou.

— Você precisa ficar calma, querida. — Ele me virou. — Está com um belo de um corte no olho.

— Ficar calma? Você viu o que ela fez comigo, e nem sequer me defendeu! Ela me culpou pela morte dos meus filhos, que poderiam ser seus, e você nem falou nada! — Eu o empurrei e voltei a andar. — Me deixa sozinha.

— Eu não vou deixar você sozinha. — Ele me puxou outra vez. — Eu tentei impedir você de chegar perto do Gilbert, não foi? Você viu o que aconteceu na última vez, e mesmo assim fez novamente.

— Por que o Gilbert não merece está passando por aquilo. Ela é uma irresponsável, e eu só estava tentando ajudar! — Eu falei.

— Ele tem pais, independente do que a Angelina faça, é a mãe dele. Querendo ou não, ela é a mãe dele, e não quer você perto do garoto. Por que você simplesmente não fica longe? — Ele me soltou.

— Tudo bem, Carlos. Eu vou ficar longe. Eu vou ficar longe de todos vocês. — Eu voltei a andar.

Antes que ele falasse, eu aparatei. Eu estava cansada e minha cabeça ainda doía.

Eu gostava do neném, embora não fosse meu. Não podia aceitar o quão injusto era os meus morrerem, e o dela nascer tão saudável, não que isso seja uma coisa ruim, mas ainda sim era injusto.

Mas eu tinha o meu bebê, e era o Fergus. E eu havia esquecido dele. Eu realmente era uma péssima mãe.

Eu entrei na mansão, e o Tom estava em reunião com os comensais.

— Tom, eu quero falar com você.

Ele me ignorou e continuou falando. Alguns comensais olharam para mim e desviaram o olhar rapidamente, quando o Tom falou alto, os repreendendo.

— Tom! Eu quero falar com você! — Eu insisti.

Ele abaixou a cabeça, e fechou o punho respirando fundo. Eu não estava nem aí.

— O que é- Que você quer? — Ele tentava controlar a raiva na voz, mas era nítido.

— Onde está o Fergus? — Eu perguntei calmamente.

Ele pegou a varinha sobre a mesa e caminhou até mim.

— Por que você não vai perguntar para o Mattheo? — Ele fechou a porta na minha cara.

— Idiota. — Eu revirei os olhos.

Fui no quarto do Mattheo, e ele estava conversando com um homem. Achei estranho até então. Poderia ser um comensal, mas eu nunca havia visto ele.

— Mattheo? — Eu falei, fazendo os dois se assustarem.

— Oi? — Ele me olhou.

— Quem é esse? — Eu perguntou.

— Eu-

— Não é ninguém. — Mattheo interrompeu a sua fala. — Ele já estava de saída.

— Ahn... Tudo bem... — Eu observei o estranho se aproximar de mim.

Com Amor, Freya (parte 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora