Capítulo 30

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— E então? — Carlos colocou meu cabelo para trás.

— Eu- Preciso de um tempo, ok? — Eu me afastei. — Para pensar.

— Você quer um tempo para pensar? — Ele me olhou confuso. — Você quer pensar sobre sair do colégio, e ficar com os nossos bebês?

— Depois conversamos. — Eu saí andando a procura do George.

Eu estava confusa, porém eu queria ficar com ele. Precisava acha-lo e convencê-lo de que eu não estava com o Carlinhos.

— Ah, Lino. — Eu o parei. — Você viu o George?

— Acho que foi para a aula de poções. — Ele respondeu. — Por quê? Algum problema?

— Não. Obrigada. — Eu fui em direção as masmorras.

Logo o vi, conversando com o Fred. Quando ele ia entrar na sala, eu o puxei.

— Só pode estar de brincadeira. — Ele puxou o braço.

— Espera um pouco. — Eu o puxei para o armário de vassouras.

— Olha Freya. Sinceramente? Eu não estou nem afim dos seus joguinhos. Então se você- — Eu o calei com um beijo.

— Eu estava com tanta saudades disso. — Eu respirei fundo.

— O que isso quer dizer? — Ele sussurrou.

— Eu quero isso. Eu quero você. — Eu coloquei o cabelo dele atrás da orelha. — Eu te amo, George.

— Eu também amo você. — Ele sorriu e voltou a me beijar.

Aquilo era tão bom. Estar realmente com o amor da minha vida. Mas nem tudo estava completo e certo.

— Espera. Espera um pouco. — Eu me afastei quando ele começou a beijar o meu pescoço. — Precisamos conversar sobre isso.

— Conversar? Sobre o quê? — Ele perguntou.

— Eu tenho duas propostas para fazer antes de começarmos isso. — Eu arrumei o uniforme dele.

— Eu sou todo a ouvidos. — Ele encostou na parede.

— A primeira, é que vamos ter um relacionamento certo. Sem ser aberto. Sem outras pessoas envolvidas e super maduro. — Eu me aproximei.

— Por mim tudo bem. — Ele me puxou para mais perto dele. — E a outra?

— É que... — Eu respirei fundo. — Ninguém pode saber que voltamos.

O sorriso dele desapareceu do seu rosto, e ele me soltou. Eu me desesperei.

— Não, não é isso. — Eu me aproximei novamente. — É que- Você conhece o Tom, e se ele souber disso... Eu não quero nem saber o que vai acontecer com você.

— Tudo bem. Tudo bem. — Ele me beijou. — Contanto que fiquemos juntos. Eu só preciso disso.

— Eu também. — Eu o abracei.

Aquilo me deu vontade de chorar. Eu estava realmente com ele. Não era um casinho como sempre tínhamos. Dessa vez era certo.

— Acho melhor voltarmos a atividade. — Eu o soltei. — E nada de ficarmos juntos.

— Eu não vou aguentar por muito tempo. — Ele abriu a porta.

— É claro que aguenta. — Eu o beijei e saí.

Estava feliz, porém incompleta sem o Mattheo. Eu tentava colocar na minha cabeça que ele estava seguindo em frente. E que eu deveria também.

Eu sorri para não chorar. Se ele estivesse em Hogwarts, com certeza surtaria.

Com Amor, Freya (parte 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora