Capítulo 42 - Sacrifício

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Eu me levantei rapidamente e o olhei assustada.

— O-O quê? — Eu disse em choque.

— É isso mesmo que você escutou, Freya. — Ele também se levantou. — Pelo que eu sei, o Tom está dividindo a sua alma em horcrux's igual ao Voldemort. Que eu saiba, a única que ele fez foi no Samuel.

— Não é possível. — Ele levei a minha mão a boca. — Não mesmo.

— Esse filho da puta é esperto. — Fergus começou a andar de um lado para o outro. — Mas pelo menos agora sabemos.

— Sabemos o que? — Eu o olhei.

— Como podemos mata-lo, Freya. Acabar com o seu sofrimento. Para sempre. — Ele caminhou até mim.

— Você quer que eu mate o meu filho? — Eu perguntei chocada.

— Eu faço isso para você. — Ele falou.

— Como você acha que eu vou querer isso, Fergus? — Eu o empurrei. — Acha mesmo que eu vou matar o meu filho?

— Freya! Você tem que agir. Ele é só um bebê. E não vai sentir dor. Se fizermos o mais rápido possível-

— CALA A BOCA! — Eu bati nele. — Como que você se atreve a falar isso pra mim?

— PORQUE NÃO É MAIS UMA QUESTÃO DE OPÇÃO, FREYA. E MUITO MESMO DE TEMPO. É UMA QUESTÃO DE VIDA OU MORTE. — Ele me segurou e começou a me sacudir. — E EU NÃO VOU EXITAR EM SALVAR VOCÊ.

— Se você encostar no meu filho eu juro, Fergus. Que eu vou te desprezar para sempre. Para sempre até eu morrer. — Eu comecei a bate-lo.

— Eu não me importo. — Ele me empurrou na cama e foi em direção a porta.

— Por favor, Fergus. — Eu corri até ele. — Por favor, eu não ligo se eu ficar minha vida toda com o Tom. Por favor, não faz isso. Por favor.

— Mas eu ligo. E acho que não estou sendo nenhum pouco egoísta. O mal está crescendo naquele bebê, e eu vou apenas poupa-lo de uma vida miserável assim como você terá se não fizer isso. — Ele limpou meu rosto. — Eu sinto muito.

— Não, não sente. — Eu empurrei a mão dele. — Você mesmo disse que não sente nenhum sentimento por ninguém a não ser mim. Eu duvido. Porque se se importasse comigo-

— Tudo bem, Freya. — Ele disse. — Se você não quer desse jeito, não vou mata-lo.

— Sério mesmo? — Eu o olhei.

— Claro. Como eu disse, o mal está crescendo dentro dele, e não vai demorar muito para ele começar a sofrer. E começar a definhar na sua frente até ter um morte dolorosa. — Ele abriu a porta. — Eu aguento viver para sempre sabendo que eu sou o culpado de ter matado aquele bebê, mas será que você aguenta viver depois que ele morrer por sua culpa e seu orgulho?

Antes que eu pudesse responder, ele saiu. Eu deitei na cama e voltei a chorar. Eu não podia perder um filho, não pela segunda vez.

A raiva me percorria. Aquilo era tudo culpa do Tom. Eu queria ele morto mais do que ninguém. Mas aquilo era impossível.

Eu saí do quarto e fui em direção ao quarto de hóspedes.

— Onde pensa que está indo? — Tom me segurou.

— Eu sei de tudo. Seu filho da puta. — Eu o bati. — Você usou o meu filho. Sabendo-

— Sabendo que você nunca o matará para se livrar de mim. — Ele sorriu. — Filho da puta? Eu diria esperto.

Com Amor, Freya (parte 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora