Capítulo 16 - possível gatilho

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Meu queixo caiu com aquilo. Eu respirei fundo, e guardei no meu bolso.

— Melhor obedecermos a professora Minerva. — Regulus voltou a me beijar. — Vamos para o quarto.

— Acho melhor não continuarmos. Isso não sai daqui. — Eu fui embora.

Procurei o George pela escola inteira, mas não o encontrei.

— Fred! — Eu o puxei. — Você viu o George?

— Estou procurando por ele também. — Ele me respondeu.

— Se você o encontrar- — Eu achei estranho. — Mas- Você não deveria ter se formado? Você, o George e o Lino?

— O George repetiu por faltar demais. Eu repeti porque ele repetiu, e o Lino repetiu por nós. — Ele coçou a cabeça. — É mais simples do que parece.

— Eu vou procurar por ele, então se você o vir, diz que eu quero falar urgentemente com ele. — Eu voltei a correr antes da resposta dele.

Eu não podia acreditar no resultado. Eu estava horrorizada com aquilo. Eu entrei no meu quarto e respirei fundo tentando me acalmar.

— Não deveria estar em aula? — Fergus perguntou.

— Estou procurando o George, eu- — Eu respirei fundo. — Agora não importa.

— Não gosto de ficar trancado aqui. — Ele sentou do meu lado. — Me leve para fora.

— Não posso levar você desse jeito. — Eu o olhei. — Sem roupa outra vez?

— Eu gosto de estar sem roupa. — Ele passou a mão no abdômen. — Não tem problema não é? Bom... Não tem nada de errado.

— Como não tem nada de errado? — Eu me virei irritada. — Você está sem roupa com essa coisa... para fora.

— Coisa? Que coisa? Ah!!! O que você acha? Mulheres gostam de pênis grandes? — Ele me cutucou.

— Não sei, Fergus. — Eu me levantei. — E eu não vou ter essa conversa com você.

— Mas você é a única pessoa que eu posso conversar sobre isso. Sobre tudo na verdade. — Ele disse atrás de mim.

— Estou com fome. — Eu toquei a minha barriga. — Não como nada desde ontem.

— Um dos seus amigos trouxe um sanduíche para cá. — Ele me entregou. — Eu escondi. Gosto de observar eles como loucos. Aqui está.

— Nossa, obrigada. — Eu peguei e dei uma mordida, mas logo eu me dei conta. — Sanduíche de quê?

— Linguiça. — Ele respondeu.

— Eu não posso comer isso! Mas que- — Eu corri para o banheiro vomitar. — Droga! Droga! Droga!

— O que foi? — Ele me seguiu.

— O que foi? — Eu o olhei depois de ter colocado tudo para fora. — Eu sou vegana, Fergus. E judia. Eu não posso comer carne de porco.

( sou judia. Deve ser por isso que o Oliver não gosta de mim 🗣️🗣️🗣️🗣️🗣️🗣️ ᵖⁱᵃᵈᵃ ⁱⁿᵗᵉʳⁿᵃ)

— Judeus não comem frutos do mar, e sua comida favorita é sushi. — Ele cruzou os braços e levantou uma das sobrancelhas. — Eu sempre pensei que você fosse ateia.

— Era sushi. Perdi a vontade de comer quando o Mattheo e a Cho comiam felizes. E eu nem era judia naquela época. Não importa. — Eu respirei fundo. — Ainda sinto o gosto. Eu vou passar o dia inteiro passando mal.

— Desculpe. Você falou que estava com fome. Quem está com fome, come qualquer coisa. — Ele caminhou até mim.

— Eu desculpo você se colocar uma roupa. — Eu voltei a vomitar.

Com Amor, Freya (parte 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora