Capítulo 23

279 25 25
                                    

— O que você está fazendo aqui? — Eu me afastei.

— Você leu a carta? — Ele perguntou.

— Eu não quero saber de nada que vem de você. — Eu tentei descer as escadas e ele me puxou.

— Agora tudo é diferente, Freya. Eu cometi um erro-

— Você não cometeu um erro. Não foi um erro para você. Só está falando isso porque não conseguiu o que queria. — Eu o empurrei. — E agora está livre.

— Você não leu a carta. Estava explicando que haveria um julgamento, e você não apareceu. Estou livre.

— Eu vou agora mesmo garantir que você seja preso para sempre. — Eu desci as escadas.

— Me escute, filha. Podemos começar do início. — Ele me puxou. — Sem nada nos atrapalhando.

— A minha vida inteira eu perguntei qual era o problema. Perguntei o que havia de errado em mim. Me perguntei se você não sabia amar. — Eu comecei a chorar. — Mas--- eu vi como você trata a minha mãe, ou até a Rosa que nem sua filha é. Então eu conclui que você não é capaz de amar somente a mim.

— É claro que eu amo você filha. — Ele enxugou o meu rosto. — Porém eu tive que fazer coisas que... acredite, eu não queria.

— COMO DEIXAR O DRACO ME ESTUPRAR? ME BATER? ME DESTRUIR EMOCIONALMENTE? VOCÊ ME DEIXOU SOZINHA, DEIXOU A MINHA MÃE DOENTE E SOZINHA. — Eu me desesperei.

— Eu não queria isso, porém- Voldemort iria matá-los. Eu tive que me afastar de todos vocês-

— NÃO! TENHO CERTEZA QUE VOLDEMORT NÃO OBRIGOU VOCÊ A ME FAZER CASAR COM O DRACO!

— Estava fazendo um bem maior, ou morreriamos! — Ele me soltou. — E para desculpar com você, eu fiz um acordo com o Tom para trazer a sua mãe de volta.

— Eu não quero saber de você! Fica longe de mim. — Eu saí de lá.

Fui direto para o meu quarto e comecei a arrumar as minhas coisas. Eu iria embora daquele lugar.

Peguei as minhas coisas colocando dentro da mala. Havia vários livros da biblioteca nas minhas coisas. Eu os peguei levando até lá.

Derrubei todos no chão, o que me deixou ainda mais estressada e com vontade de gritar.

— Tem mais garotos do que garotas nessa escola. Não pode simplesmente sair com essa saia tão curta. — Fred me segurou pela cintura atrás de mim.

— Oi Fred. — Eu disse impaciente.

— Por que não está usando sutiã? — Ele me virou. — Só uma simples... pergunta.

— Isso é uma biblioteca, Frederick. — Eu disse quando ele começou a beijar o meu pescoço.

— Então tenta não gritar meu nome alto. — Ele me puxou para mais fundo.

Ele me colocou no colo, me prendendo entre a prateleira, e começou a me beijar agressivamente.

(tu n ia embora puta?)

— Senhorita Edwards? — Irmã Pince gritou.

— Ahn- Sim? — Eu arregalei os meus olhos.

— Algum problema aí atrás?

— Não! Eu- Apenas- Não está tudo bem! — Eu comecei a vestir a minha roupa.

— Droga! — Fred também fez isso.

Eu terminei de me arrumar e num questão de segundos, ela apareceu. Senti minha alma sair do corpo e voltar.

Com Amor, Freya (parte 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora