capítulo 48 - bem vinda de volta, Freya

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- Por favor! Já estou farta de você. De você brincar com coisas sérias! - Ele disse irritado. - Sai daqui!

- Eu não estou brincando, George! Eu vejo os sinais. Que ele nunca morreu. - Eu me aproximei.

- Sim, e quais? - Ele me perguntou.

- Eu- Sinto isso.

- Por favor! - Ele me empurrou. - Você é louca. E eu não acredito em loucuras.

- Ele pode estar vivo. O nosso filho-

- Nem se atreva a dizer isso. - Ele me interrompeu e me puxou. - Você sabe mais do que ninguém que meu filho está morto. Por sua culpa. Você matou ele.

- Não preciso que ninguém fique me lembrando! - Eu me soltei dele. - Eu sei o que eu fiz. E agora sei que não valeu de nada. Você não acredita em mim, mas eu não me importo. Se você não vai me ajudar, eu dou um jeito de encontrar o Tom sozinha.

Eu coloquei os papéis que eu havia juntado novamente na sua mesa, e saí. Voltei para a casa do Edmund, e dessa vez ele estava lá.

- Olá, Freya. - Ele me recebeu.

- Como você pôde? - Eu perguntei sem entrar na sua casa. - Você- Trabalhando para a nossa mãe? Depois de tudo?

- Eu... Acho que devemos deixar tudo que aconteceu no passado. - Ele fungou. - Bom, não somos mais crianças para ficar de joguinhos.

- Deixar tudo no passado? Quando você é o primeiro a jogar ele na minha cara? Não seja hipócrita! - Eu disse. - Quer saber? Você pode ir se ferrar também.

Eu dei meia volta e comecei a andar enquanto ele me chamava. Não sabia para onde ir. Todos estavam contra mim. Eu não poderia voltar para a Itália. Não aceitava o que o Mattheo fez comigo.

Eu sentei sobre o meio fio e pensei no que eu poderia fazer. O que eu poderia tentar para que o George acreditasse em mim. Para que eu conseguisse provar que o que eu sentia era real. Que o Tom estava vivo. Eu precisava agir.

Estava na hora da velha Freya voltar.

Nem que fosse por aparências, eu tinha que me equilibrar, agir sem que ninguém atrapalhasse meus planos.

Eu peguei a minha varinha e aparatei na minha casa, fazendo Brenda se assustar.

- Nossa, Freya! Poderia ter batido na porta. - Ela levantou do sofá que estava.

- Onde está o Mattheo? - Eu perguntei.

- Ele disse que precisava pegar um ar. - Ela respondeu. - Não entendi muito bem.

- O que é isso? - Eu observei ela com as minhas roupas.

- Eu- O mattheo me emprestou. - Ela disse desconcertada, ou ela achava que transmitia. - Muito gentil da parte dele. De você também por me deixar ficar.

- Deixe eu te fazer outro gesto gentil. - Eu a dei um tapa. - Fora da minha casa!

- Freya?!?! - Ela disse confusa. - O que é isso?

- Você pensa que eu sou idiota? Que eu não sei o que você fala com o Mattheo? Ou que pensa de mim? Por favor, você não me engana, Brenda. NUNCA me enganou. - Eu a puxei até a porta. - FORA!

Depois disso ela não parecia mais aquela garota frágil e sem rumo que exalava. Ela parecia um demônio, como se tivesse gostado do que eu acabara de fazer.

- Até logo, Freya. - Ela saiu andando e aparatou.

Eu fechei a porta com força e fui para o meu quarto. Ele estava todo bagunçado, minhas coisas e roupas jogadas por todo lado, o que me deixou ainda mais irritada.

Com Amor, Freya (parte 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora