Capitulo 34

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Eu parei no tempo e pensei em tudo aquilo que ele havia falado com tanto gosto e felicidade.

Ele me encarava um pouco feliz, provavelmente esperando alguma reação positiva da minha parte.

— Eu- Não estou grávida. — Eu falei calmamente.

— O médico disse que sim, Freya. — Ele começou a andar de um lado para o outro. — Bom, ele não tem total certeza, mas é o que aponta.

— Eu não entendo. — Eu pareci um pouco confusa.

— Você não está feliz? — Ele caminhou até mim novamente.

— Eu não sei o que pensar sobre isso, sobre eu está grávida. Eu não quero isso. — Eu o olhei.

— Não quer ter um bebê de verdade? — Ele segurou a minha mão. — Eu sei o quanto está sofrendo com tudo isso, meu amor. Os gêmeos e tudo que aconteceu. Mas isso pode ser um sinal que sim, podemos seguir em frente.

— Você está agitado. — Eu o olhei.

— Eu não parava de chorar, então o médico me deu um medicamento. — Ele falou e a mão dele começou a tremer.

Eu respirei fundo, e puxei a minha mão, me deitando na maca.

— Onde está o Mattheo? — Eu perguntei.

— Eu não sei, os aurores chegaram na casa do Tom, e o levaram. Levaram a todos nós. Mas o Mattheo não veio para cá. Talvez esteja no ministério da magia. O irmão morreu-

— Eu sei que o Tom morreu, George. — Eu disse irritada. — Mas... O Mattheo deve estar tão triste...

— Se quiser, eu posso falar com o meu pai. Ele deve saber.

— É, faz isso. — Eu o olhei.

— Eu já volto. — Ele me beijou e saiu.

Eu bati na minha cabeça pensando no fato de estar grávida novamente. Mas eu não queria aquele bebê se é que eu tivesse. Eu não queria.

Não iria ser tão difícil, nem doloroso como da última vez. Eu precisava abortar.

A porta se abriu e o Carlinhos entrou. Eu respirei fundo, e me cobri corretamente.

— E então... — Ele se aproximou. — Como você está se sentindo?

— Bem mal na verdade. — Eu respondi. — E você?

— Do mesmo jeito que você. — Ele respirou fundo. — Está sendo muito- confuso e demais para mim.

— O George me contou o quanto você está abalado. — Eu funguei.

— Acho que não estou mais que você. — Ele colocou os cabelos para trás. — Eu sinto muito por tudo isso, Freya. Eu sei que os nossos filhos eram importantes para você.

— Eram importantes para nós dois, Carlos. — Eu segurei a mão dele.

— Eu vou voltar para a Romenia. Eu tenho muita coisa para resolver. Então acho que dessa vez eu vou para valer. — Ele sorriu um pouco. — Eu só vim ver se você estava um pouco bem.

— Boa sorte na viagem. — Eu soltei a mão dele. — Queríamos que nós tivéssemos dado certo.

— É... Eu também. — Ele concordou com a cabeça e saiu.

Aquilo era um fim. De uma parte da minha vida. Eu precisava queimar aquilo da minha mente para seguir em frente. Mas o problema era que eu não queria seguir em frente.

Depois de um tempo, George voltou.

— Meu pai disse que o Mattheo foi sim para o ministério da magia, mas voltou para Hogwarts. — Ele caminhou até mim.

Com Amor, Freya (parte 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora