Eu parei no tempo e pensei em tudo aquilo que ele havia falado com tanto gosto e felicidade.
Ele me encarava um pouco feliz, provavelmente esperando alguma reação positiva da minha parte.
— Eu- Não estou grávida. — Eu falei calmamente.
— O médico disse que sim, Freya. — Ele começou a andar de um lado para o outro. — Bom, ele não tem total certeza, mas é o que aponta.
— Eu não entendo. — Eu pareci um pouco confusa.
— Você não está feliz? — Ele caminhou até mim novamente.
— Eu não sei o que pensar sobre isso, sobre eu está grávida. Eu não quero isso. — Eu o olhei.
— Não quer ter um bebê de verdade? — Ele segurou a minha mão. — Eu sei o quanto está sofrendo com tudo isso, meu amor. Os gêmeos e tudo que aconteceu. Mas isso pode ser um sinal que sim, podemos seguir em frente.
— Você está agitado. — Eu o olhei.
— Eu não parava de chorar, então o médico me deu um medicamento. — Ele falou e a mão dele começou a tremer.
Eu respirei fundo, e puxei a minha mão, me deitando na maca.
— Onde está o Mattheo? — Eu perguntei.
— Eu não sei, os aurores chegaram na casa do Tom, e o levaram. Levaram a todos nós. Mas o Mattheo não veio para cá. Talvez esteja no ministério da magia. O irmão morreu-
— Eu sei que o Tom morreu, George. — Eu disse irritada. — Mas... O Mattheo deve estar tão triste...
— Se quiser, eu posso falar com o meu pai. Ele deve saber.
— É, faz isso. — Eu o olhei.
— Eu já volto. — Ele me beijou e saiu.
Eu bati na minha cabeça pensando no fato de estar grávida novamente. Mas eu não queria aquele bebê se é que eu tivesse. Eu não queria.
Não iria ser tão difícil, nem doloroso como da última vez. Eu precisava abortar.
A porta se abriu e o Carlinhos entrou. Eu respirei fundo, e me cobri corretamente.
— E então... — Ele se aproximou. — Como você está se sentindo?
— Bem mal na verdade. — Eu respondi. — E você?
— Do mesmo jeito que você. — Ele respirou fundo. — Está sendo muito- confuso e demais para mim.
— O George me contou o quanto você está abalado. — Eu funguei.
— Acho que não estou mais que você. — Ele colocou os cabelos para trás. — Eu sinto muito por tudo isso, Freya. Eu sei que os nossos filhos eram importantes para você.
— Eram importantes para nós dois, Carlos. — Eu segurei a mão dele.
— Eu vou voltar para a Romenia. Eu tenho muita coisa para resolver. Então acho que dessa vez eu vou para valer. — Ele sorriu um pouco. — Eu só vim ver se você estava um pouco bem.
— Boa sorte na viagem. — Eu soltei a mão dele. — Queríamos que nós tivéssemos dado certo.
— É... Eu também. — Ele concordou com a cabeça e saiu.
Aquilo era um fim. De uma parte da minha vida. Eu precisava queimar aquilo da minha mente para seguir em frente. Mas o problema era que eu não queria seguir em frente.
Depois de um tempo, George voltou.
— Meu pai disse que o Mattheo foi sim para o ministério da magia, mas voltou para Hogwarts. — Ele caminhou até mim.
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Com Amor, Freya (parte 2)
FanfictionAquele livro estava ficando enorme, então eu decidi dividir em duas partes. (contém conteúdo sexual, extremamente pesado, e pode dar gatilhos em algumas pessoas.)