Capítulo 45

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Eu aparatei de volta para a casa do Ed e do Regulus, e eles estavam na sala de estar. O Fergus também estava lá.

— O que foi isso no seu rosto? — Fergus levantou.

— Umas idiotas me atacaram quando eu fui procurar o Mattheo. Não é nada grave. — Eu passei a mão na minha bochecha.

— Nada grave? — Edmund caminhou até mim e segurou meu rosto. — Você vai ficar com uma cicatriz horrível! Tudo por causa daquele- Imbecil.

— O Mattheo não tem culpa. — Regulus disse. — Eu esqueci de avisar a Freya sobre esse probleminha. Não ir visitá-lo.

— Até você sabe, mas não quer admitir. Ele mora ali. Sabe do que pode acontecer. — Edmund disse com raiva.

— Eu não mandei ninguém ir atrás de mim. — A voz do Mattheo veio da porta.

— É. Apenas é culpa minha. Fui um tonto em cogitar um só segundo que seria uma boa idéia você ser o par da Freya no meu casamento. — Ed caminhou até ele.

— É, mas o Regulus que me convidou, e não você. O casamento não é só seu. — Mattheo o olhou.

— Mas se eu quiser, você nem pisa mais aqui. — Edmund o empurrou.

— Tinha esquecido que a arrogância é de família. — Mattheo tossiu.

— O que você está fazendo aqui, hein? — Eu caminhei até ele. — Já não basta o que eu passei naquele fim de mundo. Vai embora.

— Não se preocupe, Freya. Eu mesmo levo ele até a porta. — Fergus segurou o braço do Mattheo, e saiu o puxando.

— Veja só. Veja só! — Edmund bateu na mesa. — Não vou mudar de idéia.

— Não tem o direito de decidir sozinho! — Regulus falou.

— Mas olha só a Freya! — Ed me puxou.

— Mas- Que porra! Parem de me colocar no meio de uma coisa que vocês tem que resolver. — Eu me irritei e o empurrei. — Eu já estou cansada disso, e o casamento nem é meu. Se não sabem resolver isso sem brigarem, melhor nem se casarem.

Eu peguei meu casaco e saí, subindo para o quarto. Escutei vozes vindo de outro cômodo, e caminhei até lá. Fergus e o Mattheo estavam conversando outra vez.

— Você não decide isso, Fergus. Você sabe o que aconteceu nas outras vezes. Foi pior, muito pior. — Mattheo completou.

— Mas parece tão tranquilo. Não vale a pena arriscar por uma coisa que nós nem temos certeza. — Fergus disse desesperado.

— Do que vocês não tem certeza? — Eu entrei, fazendo o Fergus se assustar.

— Nada! — Fergus disse rapidamente.

— Nada? Nada?! — Mattheo riu sarcasticamente.

— Nada! — Fergus disse irritado.

— Se acha que eu vou ficar calado, está achando errado. — Mattheo falou.

— Isso é só algo que vai fazer você mal, então não precisa saber. — Fergus caminhou até mim.

— Não me toca. — Eu me afastei dele. — Não agora por favor.

— Mas-

— Mattheo, me deixa sozinha com o Fergus. — Eu interrompi. — Eu quero que ele me conte tudo.

— Sei. — Mattheo saiu.

— Eu não- Eu não entendo você, Fergus. Sempre esconde as coisas de mim. A única pessoa que eu ainda espero que me conte a verdade. Eu sou mesmo uma idiota, mesmo depois de você provar que não é tão confiável assim. — Eu sentei na cama.

Com Amor, Freya (parte 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora