Capítulo 4

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Eu voltei em direção ao acampamento e ele me seguiu.

— Vamos fazer o que eu sugeri. Vamos esquecer tudo isso, por favor! — Ele me puxou.

— Me solta! — Eu o olhei.

— Eu- Eu não queria ter feito isso com você, eu sou um babaca todo mundo sabe disso, mas- — Ele respirou fundo. — Não quero ficar dependente de você, Freya. Não novamente.

— Você acha que eu quero? Não precisava ter me tratado daquele jeito! — Eu o empurrei. — Palavras machucam, sabia?

— É, palavras machucam mesmo! Eu não precisava de mais alguém dizendo que minha família não tem dinheiro! — Ele me empurrou de volta.

— Pensei que assim fosse o único jeito de você me deixar em paz! Eu não ligo para o que você tem! Eu me apaixonei por- — Eu olhei para o lado e todos estavam olhando para mim. — Quer saber? Nem importa mais.

Eu caminhei e me tranquei no banheiro. Não havia levado roupa para lá tomar banho, mas eu estava morrendo de vergonha em sair.

Esperei todos irem dormir, o que levou muito tempo e saí, e acabou parando de chover. Caminhei até a minha barraca, e peguei uma roupa.

Quando me levantei, eu vi o Mattheo parado do outro lado perto a trilha. Eu estava morrendo de raiva e o encarei.

— Freya- — Ele disse quando se aproximou. — Eu-

Eu apenas dei um tapa no rosto dele. Eu estava irritada por ele ter feito e dito aquilo para mim. Toda vez que o olhava, eu sentia vontade de soca-lo no rosto. Eu tentei novamente, mas ele segurou o meu braço.

— Precisamos conversar. — Ele tossiu.

Ele não estava com a melhor aparência. Estava sem cor, totalmente pálido.

— Eu não quero falar com você. — Eu o empurrei e voltei a andar.

Eu não queria ficar perto dele. Eu não me controlaria, e começaria a chorar. Eu voltei a caminhar pela trilha. Senti ele me seguir.

— Por favor, precisamos conversar! — Ele me puxou. — Por favor!

— Eu não quero ouvir nada que você tem para me dizer. — Eu tentei me soltar. — Me solta, Riddle.

— Você precisa me escutar-

— Você vai me dizer mais o quê? O quanto eu sou uma qualquer, que todos podem usar? Vai tentar me estuprar também, já que eu estou dando motivos, eu não sei! Me solta agora! — Eu comecei a andar novamente depois que ele me soltou.

Fui até o acampamento do meu irmão, e entrei na sua barraca. Ele estava debaixo dos lençóis as risadinhas com o Regulus.

— Ed! — Eu deitei entre eles.

— Ahn- — Ele tirou a cabeça de dentro do lençol. — O que- Você está fazendo aqui?

— Eu preciso de ajuda, eu não quero- O Mattheo está lá fora e eu não quero- — Eu comecei a chorar.

— Tudo bem, Eu resolvo isso. — Regulus caminhou para fora.

Eu me enfiei dentro do lençol e voltei a chorar depois de ter abraçado Edmund. Eu estava esgotada de todos aqueles meninos.

— O que aconteceu? — Ele me olhou. — Está toda suja.

— Estou cansada de todos. — Eu falei. — Eu não quero- eu não aguento mais-

— Me deixa entrar, Regulus! — Mattheo gritava do lado de fora. — Você não sabe de nada.

— Ela está chorando. Acho que isso já é o suficiente. — Regulus respondeu.

Com Amor, Freya (parte 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora