Capítulo 26

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— Volta aqui seu idiota. — Eu o puxei. — Não pode descer.

— Por que não? Está com vergonha de mim? — Ele me empurrou. — Eu vou embora, Freya.

— Você está pelado, Fergus! — Eu puxei ele para o quarto e tranquei a porta.

— E por que você se importa agora?! — Ele cruzou os braços.

— Ok, veste isso. — Eu peguei roupas das coisas de Carlinhos.

— Não quero. É muito brega. — Eu ergueu o queixo.

— Brega vai ser um soco que eu vou dar em você. — Eu o puxei. — Veste logo a porra das roupas.

— Tá, tá. — Ele bufou. — Mas eu quero privacidade. Sai daqui.

— Só faltava essa. — Eu revirei meus olhos e saí.

Desci as escadas e caminhei até o Carlos.

— Você poderia comprar as coisas para cozinhar, não é? Eu não sou uma boa cozinheira. — Eu disse indiferente. — E eu posso talvez pensar em enfeitar uma árvore de natal.

— E da onde você vai tirar uma árvore de natal? — Ele levantou do sofá.

— Bem no meu- — Eu respirei fundo. — Não se preocupa com isso, ok? Que tal você fazer o que eu pedi?

— Certo... — Ele pegou o casaco e saiu.

Eu respirei fundo e toquei a minha cabeça. Eu realmente não sabia da onde iria tirar uma árvore de natal.

— Af. Até que enfim ele foi embora. — Fergus desceu as escadas vestido de empregada.

— O que é isso? — Eu desejei estar morta com a cena. — Da onde você pegou essa roupa?

— Estava em uma das caixas. — Ele colocou uma tiara. — Eu vou ser a babá desses garotos.

— Que? — Eu perguntei confusa.

Ele pegou um frasco do bolso, bebendo um pouco e se transformou em uma mulher.

— Nossa, você está- — Eu arregalei os olhos. — Você está...

— Gostou? — Ele afinou a voz. — Ai amiga! Estou uma pouquinho gordinha não repara!

— Eu preciso realmente voltar as minhas sessões de psiquiatria. — Eu peguei o celular e disquei o numero do Ryan.

— Feliz Natal, Freya. — Ele atendeu.

— Ahn, feliz Natal. — Eu caminhei até a cozinha por causa das risadas que o Fergus causava nos bebês. — Você viu a minha mensagem de ontem?

— Desculpe, eu não vi. Estava ocupado em Hogwarts. Havia tantos alunos para ajudar, mas me fala agora por aqui.

— É que eu preciso de um favor seu. Eu preciso de uma mesa grande, de preferência a melhor que tiver. Não se preocupa com o preço. E de uma árvore de natal também. — Eu falei.

— Só isso? Certo, eu chego aí em meia hora. — Ele desligou.

— Nossa. — Eu bebi um copo de água. — Isso é tão difícil.

Eu olhei ao redor e percebi que eu precisava de empregados. Eu realmente não podia fazer tudo sozinha, ou sempre pedir ajuda ao Ryan.

— Fergus. — Eu caminhei até a sala.

— É Fergas. — Ele revirou os olhos. — Respeite os meus pronomes.

— Certo... Fergas... Eu preciso que você leve as crianças para cima. Vai chegar algumas coisas e pode ser que faça muito barulho. — Eu peguei o Gilbert. — Também preciso que deixem eles dormindo. Quando a família do Carlos chegar, eles não vão dormir de jeito nenhum, então eles vão ficar cansados se não dormirem agora.

Com Amor, Freya (parte 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora