Capítulo 33

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Eu saí e olhei ao redor. Como eu não havia reconhecido? Estava exatamente na minha casa.

Talvez em um quarto que eu nunca havia entrado. Eu voltei até o George, e peguei seu celular e a varinha, depois aparatei.

Desaparatei no meio da floresta, já que não fazia a melhor ideia de onde ficava a casa do tom.

Comecei a caminhar, procurando algum indício de que eu estava perto, até que o celular tocou. Era o Mattheo.

*Ahn, George. Eu não consegui chegar nem perto da mansão.* — Ele começou. — *Então-*

— O George não pode falar no momento. — Eu o interrompi. — Quer deixar recado?

*Freya? O que você está fazendo com o celular dele?*

— Ahn, que tal ir onde vocês me trancaram e ver com os seus olhos? E não esqueçam de me mandarem o convite do funeral. Beijinhos. — Eu desliguei e joguei o celular em uma poça de água.

Voltei a caminhar a procura da casa. Horas se passaram e já era noite. Eu ainda não sabia onde estava. Também não sabia para onde ir. Eu não queria ser sequestrada outra vez.

Sentei debaixo de uma árvore morrendo de frio. O inverno já estava no seu fim, mas ainda sim o tempo estava congelando. Eu estava apenas de roupão.

Acabei adormecendo observando uma formiga subir na minha mão. Acordei e percebi que eu estava em uma cama. Me levantei e vi que era o meu quarto. Na casa do Tom.

Eu soltei um sorriso, e desci correndo até a sala de estar. Tom estava lá lendo um livro.

— Meu amor! — Eu o abracei. — Estava com tantas saudades de você!

— Estou lendo agora, Freya. — Ele levantou o livro. — Depois conversamos.

— Você curou os meus machucados? Puxa, estava doendo tanto. — Eu sentei ao lado dele. — Eu também estava morrendo de frio, ainda bem que você me salvou.

— Sim.

— Anda, vem. — Eu levantei e o puxei. — Vamos fazer alguma coisa.

— Eu disse que não, Freya. — Ele me olhou irritado. — Por que não vai ver os seus filhos?

— Eu não quero aqueles bebês idiotas. Eles não me interessam. — Eu bufei. — Mas podemos fazer alguma coisa, eu e você.

— Não. — Ele me empurrou. — E eu não vou repetir.

Meu sangue ferveu em ódio. Eu o amava mais que tudo, mas não iria permitir a forma em que ele estava me tratando.

— Eu quero fazer alguma coisa! — Eu joguei o livro dele no chão. — E eu não vou repetir.

— Qual é o seu problema?! — Ele levantou.

— Você é o problema! Por que não me dá atenção?! — Eu o puxei. — Não me ama mais?

— Eu estou extremamente ocupado agora! — Ele me empurrou. — Me deixa ler em paz!

— Tom, Eu juro! — Eu me irritei ainda mais. — Se você não me der atenção, eu vou embora daqui.

— E para onde você vai? Aqueles garotos sequestraram você! Ninguém quer você, além de mim. Você não é nada sem mim. — Ele me puxou.

— Ah não? — Eu o bati. — É o que veremos.

— Você tem sorte de eu nunca ter levantado a mão para você. — Ele apertou o meu maxilar. — Então fica quieta, caralho.

— Senhor, encontramos o seu irmão nos arredores. — Um comensal jogou o Mattheo no chão.

Com Amor, Freya (parte 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora