Capítulo 31 - AYERF

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Eu me acordei e minha cabeça estava doendo mais que nunca. Percebi que estava na enfermaria. Toquei a minha testa confusa, e senti algo.

- Tem alguém aqui? - Tentei me levantar, mas minha dor de cabeça piorou, me fazendo voltar.

- Você acordou! - Alguém disse ao meu lado. Eu olhei e vi que era o Edmund.

- Minha cabeça está doendo muito. - Eu comecei a ficar agoniada.

- Você ficou louca? Como pôde ter saído do colégio, mesmo sabendo do risco? - Ele caminhou até mim.

- Não foi o Tom. - Eu respirei fundo.

- E isso faz diferença?

- Minha cabeça está doendo muito. - Eu repeti.

- Freya, querida. - Madame Pomfrey saiu da sala dela e caminhou até mim. - Como está se sentindo?

- Minha cabeça está doendo. - Eu a olhei.

- Certo. - Ela tocou a minha cabeça. - Consegue ficar de pé?

- Não, começa a doer muito mais. - Eu olhei para a porta quando se abriu.

A minha mãe entrou às pressas e correu até mim. Ela me abraçou, fazendo todo o meu corpo doer igual a minha cabeça.

- Querida! - Ela me soltou. - O que aconteceu? Como você está se sentindo?

- Como você acha que eu estou me sentindo? - Eu bufei.

- Senhora Edwards. Será que podemos conversar em particular? - Madame Pomfrey a olhou.

- Eu já volto. - Minha mãe beijou a minha testa e saiu da enfermaria com a madame Pomfrey.

Eu me arrumei lentamente na maca, para minha cabeça não doer, e me cobri.

- Qual é o problema? - Eu perguntei.

- Que problema? - Edmund me olhou.

- O que eu tenho?

- O que você acha que tem? - Ele arrumou o meu cabelo.

- Tem alguma coisa errada. - Eu tentei me sentar novamente.

- Fica quieta. - Ele me segurou.

- Se não tivesse nada de errado, madame Pomfrey não estava tremendo, você não estaria tremendo. - Eu o empurrei. - O que eu tenho?

Ele pareceu encurralado com aquelas palavras e tentava pensar enquanto evitava o contato visual.

- Eu vou chamar o George. Ele estava tão preocupado. - Ele saiu.

- Edmund, Volta aqui- - Eu tentei gritar, mas eu fui interrompida por mais uma dor.

Dessa vez parecia que estavam jogando água quente diretamente no meu cérebro. Parecia que alguém estava tocando uma buzina altamente incomodante dentro dos meus ouvidos, ou enfiando facas na minha cabeça.

Eu deitei novamente e comecei a chorar enquanto tentava não gritar. Eu contorcia todo o meu corpo para evitar que isso acontecesse.

- O que houve? - George correu até mim. -O que está acontecendo?

- Eu não consigo mais suportar. - Eu o olhei.

- Certo, eu vou- Eu- - Ele respirou fundo. - MADAME POMFREY!!! VENHA AQUI AGORA!!!

O grito dele fez desencadear meu descontrole na dor. Eu comecei a chorar por causa da dor, o que fazia doer ainda mais, e isso se repetia cada vez mais forte e alto.

- O que você fez? - A madame Pomfrey correu até mim.

- Eu- Eu não fiz nada. - George se afastou.

Com Amor, Freya (parte 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora