— Aqui é a loja dos Gêmeos. — Eu disse quando descemos as escadas. — Não é o máximo?
— Sim, é. — Mattheo disse um pouco desanimado. — Agora vai me contar sobre o que você sonhou?
Eu o encarei por um tempo e depois suspirei me apoiando em um balcão.
— Vai mudar alguma coisa na sua vida se souber sobre o que eu sonhei? — Eu perguntei. — Não foi nada demais-
— Freya... — Ele se aproximou de mim.
— Não foi nada demais. — Eu recusei o seu toque. — Nada demais.
— Está tendo... sonhos com o Tom? — Ele insistiu e tocou o meu rosto. — Eu sei que está.
— Não é nada que devemos nos preocupar- — Eu tentei sair de lá, mas ele não deixou. — Por favor, Mattheo. Eu falo sério.
— Eu sei como é isso. Eu também estava mas- — Ele suspirou e me soltou. — Eu estava preso. Preso no sonho. Eu não conseguia sair de lá. Eu só corria, corria e corria.
— Era isso que você fazia quando não falava? Isso era o motivo? — Eu perguntei.
— Eu não conseguia me comunicar com ninguém. — Ele começou a chorar. — Eu não conseguia parar de correr daquela casa. toda vez que eu saia, eu estava novamente lá. Eu só sabia correr e nada mais. Eu não conseguia sair de lá.
— Tudo bem. Tudo bem, Mattheo. — Eu enxuguei o rosto dele. — Não precisamos falar sobre isso.
— É claro que precisamos. — Ele segurou a minha mão. — Você está passando pela mesma coisa, mas acordada. Está passando pela mesma coisa que eu passei. Você me ajudou a sair disso. E eu vou ajudar você também.
— São apenas sonhos. Sonhos que só acontecem quando eu estou dormindo. Eu acordo e tudo acaba. Não preciso ficar preocupada e nem você. — Eu suspirei. — Acho que o jantar está pronto.
— Eu vou embora. — Ele disse. — Não vou ficar aqui.
— Mas- Por que não? — Eu o olhei. — Não pode ir embora. Temos um lugar para ficar, que é aqui.
— O George não me quer aqui.
— Claro que quer. — Eu falei.
— Não, Freya! Ele não quer! — Ele se irritou. — Apenas deixou eu ficar por você. Talvez você fosse ficar com raiva dele se recusasse, eu não sei. Mas eu não sou bem-vindo aqui.
— O que acha que o George vai fazer com você? Lhe matar quando estiver dormindo? Eu quero que você fique aqui, então você vai ficar.
— Por que você quer isso? Que eu fique com você? — Ele se aproximou de mim. — Por que, Freya?
— Porque... Eu quero ter certeza de que você vai ficar bem. — Eu respondi.
— Então vamos para longe daqui. — Ele segurou o meu rosto. — Vamos fugir para algum lugar, alguma ilha, eu não sei. Podemos criar o bebê em um cenário totalmente diferente desse.
— O que você quer dizer com isso? — Eu perguntei confusa.
— Eu amo você, Freya. — Eu passou o dedo na minha boca. — Eu sei que você me ama também.
— Para com isso. — Eu empurrei a mão dele. — Eu estou com o George, e eu vou ficar com o pai do meu filho. Eu amo ele.
— Não, não ama. O feitiço só foi quebrado na mansão porque eu beijei você. — Ele voltou a chorar. — Isso quer dizer que fomos feitos para ficar juntos. Você me ama como eu amo você. Talvez eu te ame mais.
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Com Amor, Freya (parte 2)
FanfictionAquele livro estava ficando enorme, então eu decidi dividir em duas partes. (contém conteúdo sexual, extremamente pesado, e pode dar gatilhos em algumas pessoas.)