Apenas uma Oportunidade - 1° Livro da Trilogia: Herdeiros da Máfia

Cap. 84

Blake

—Vamos..- Samael abre a porta atrás de si nos esperando para ir com ele.

Acho que não terei escolha..maldito dia!

—Com licença senhor Yamada, desculpe-me aparecer em suas terras mais uma vez e em breve voltarei para tratarmos de negócios, acho que esta na hora de nos aliar-mos para enfrentar uma causa maior- olho ele que concorda com a cabeça entendendo de quem estava falando e me viro saindo da sala com August e Patrícia.

—Ainda bem, não aguentava mais aquele cheiro de charuto e perfume de rosas dessa sala!- Patrícia diz abanando o rosto.

—Também não é meu preferido- Samael sorri

—Nem pensa que vamos confiar e sair te seguindo por ai, eu quero ver a minha mulher, e eu quero ver a minha mulher agora!- August trinca o maxilar olhando firme nos olhos de Samael que levanta as mãos em rendição.

—Estamos longe de casa, vocês só saberão aonde elas estão se vierem comigo, a escolha é de vocês!- Samael diz e toco o ombro de August o afastando de Samael.

—Não viemos aqui para brigar...vamos..

{•••}

August

—Clara saiu para ir na farmácia e Juli foi na padaria ao lado, vão por esse caminho e vocês vão encontrar elas, elas moram nesse prédio, vê se façam o certo dessa vez, até mais gaijins- Samael sorri e acena com a cabeça saindo andando pela rua.

—Você confia nele?- Me viro para Blake.

—Temos que confiar na palavra dele, e pela primeira vez eu o vi de maneira diferente- Blake diz e o olho confuso.

—Diferente como?

—Como quando eramos crianças, não senti um pingo de rivalidade entre nós nesse caminho todo- fala pensativo- vou tentar encontrar a Clara, nos vemos mais tarde.

—Vou procurar a Juli, não sei o que mais me impressiona, a quantidade de iluminação dessa cidade, ter uma padaria aberta as 3 da manhã ou a Juli acordada a essa hora- falo fazendo Blake rir e saio caminhando em direção oposta a dele.

Eu tenho tudo para poder ganhar a confiança de Juli novamente em minhas mãos, as provas, o que argumentar e como falar passam a todo momento em minha mente, mas ainda sim...me sinto nervoso

Juli é a mulher que eu amo e eu não sei como posso chegar perto dela e conversar depois de tanto tempo, tenho medo dela não querer olhar pra mim ou me ouvir, me sinto como uma garoto ansioso..mas eu preciso fazer isso agora!

—Mamã qué soveti- a voz baixa da Flora chama minha atenção e sinto meus olhos encherem as vendo sair de uma padaria.

Que saudades da minha pequena...

—A essa hora filha? A mamãe ta sem dinheiro aqui, você ta toda suja de chocolate, eu disse que não devia ter comido aquela rosquinha sem minha ajuda- Juli pega Flora no colo atravessando a rua.

Eu preciso pensar rápido... o que eu faço? O que eu faço...

Olho uma barraquinha de sorvete e sorrio tendo uma ideia.

•••

—Vamos pra casa para dormir, ja chega de parquinho por hoje!- Escuto a voz de Juli vindo em direção a sua rua e me encosto contra a parede do prédio as esperando.