Será que um cara acostumado a usar as pessoas para o seu divertimento poderia conhecer o sentindo puro que era o amor?
Será q um cara gentil, bondoso e correto poderia superar uma grande decepção amorosa?
Mew Suppasit, um cara de 19 anos, acostuma...
Nem acredito que me livrei daquele trambolho na minha perna, já não aguentava mais ficar de molho, além do que aquele troço coçava muito. Tava sentado no pátio com o Mild, quando ele recebe uma mensagem e fica eufórico.
- O que foi?
- Vamos pra uma festa!!
- Correção... Você vai pra uma festa.
- Nada disso, nós vamos. Chega de sofrência, você não acha que é muito novo pra ficar se lamentando pelos cantos por causa de um relacionamento que não deu certo?
- Não é só isso, não foi apenas um relacionamento que não deu certo, você sabe muito bem que...
- Eu sei de tudo que aconteceu Gulf, mas tá na hora de superar, você acha que ele vale todo esse sofrimento? Tá na hora de voltar a viver meu amigo. - Mild está certo, eu não posso mais ficar sofrendo pelo Mew desse jeito, eu preciso voltar à viver.
- Tá, eu topo.
- Sério? Sério mesmo? - ele fica todo sorridente.
- Sério Mild eu vou pra festa, você tá certo, chega de sofrer por quem não merece.
- É isso aí, esse é o meu amigo. - assim que as aulas do dia acabaram fomos para casa nos arrumar, sinceramente eu tô mesmo precisando encher a cara pra ver se eu esqueço um pouco dos problemas.
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Se dependesse de mim, eu colocaria qualquer roupa, mas Mild exigiu que eu ficasse minimamente apresentável e aqui estou eu escolhendo uma roupa pra ir à essa bendita festa. Optei pelo básico, uma camisa preta, jeans escuro e tênis branco.
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Chegamos na festa e a vontade de dar meia volta é grande, nunca fui muito de festas ainda mais nesse momento da minha vida, mas Mild tem razão, eu preciso reagir, não posso mais me afundar na tristeza como eu estava fazendo nas últimas semanas, eu vou é beber pra ver se eu mando esses pensamentos pra puta que pariu.
- Ei, pega leve! A gente acabou de chegar. - viro mais uma dose de vodka.
- Relaxa, você não queria que eu me divertisse? Então, é isso que eu tô fazendo. - e mais uma dose desce pela minha garganta.
Não tinha nem duas horas que eu tava aqui e eu já tava bêbado, Mild tava se pegando com o Tong do outro lado da festa e eu resolvi ligar pra aquele idiota...
Ligação On
- Alô, Gulf? É você?
- Não é o meu número que tá aparecendo aí no seu celular? Então sou eu idiota.
- Onde você tá?
- Um lugar que você não tá. Porque você não tá aqui? Eu tô com saudade.
- Você bebeu?
- A pergunta certa seria quantos eu bebi.
- Me fala onde você tá, eu vou te buscar.
- De jeito nenhum, eu vou ter que desligar agora Sr. Suppasit, aqui tá cheio de gostoso que eu vou pegar pra te esquecer, bye.
Ligação Off
Desligo o telefone na sua cara, ele vai ficar doido.
Volto a beber e dançar, logo um cara se aproxima e começa dançar se esfregando em mim, eu tento me desvincilhar mas ele continua me tocando, ó empurro com a pouca força que eu ainda tenho e ele agarra o meu braço.
- Qual foi gatinho, não foi você mesmo que disse que aqui tava cheio de gostoso que você ia pegar? Eu tava lá fora e escutei quando você disse isso no telefone. Porque não começa por mim? - meu sangue congela e eu tendo de todo jeito tirar as mãos dele de cima de mim.
- Me larga seu nojento. - fecho os olhos e do nada paro de sentir aquele cara me tocando, ao abrir meus olhos vejo ele no chão e o Mew em cima dele, tento tirar ele de cima do cara, mas eu tô bêbado demais pra conseguir, até que eu começo a vomitar e ele vem me socorrer.
- Você tá bem?
- Me leva pra casa. - nos saímos de lá, a última coisa que eu me lembro antes de apagar é ele me colocando no carro.
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Pov. Mew
- Gulf , alô. - ele desligou o celular na minha cara, só de imaginar ele bêbado e vulnerável o meu coração aperta. Tendo procurar saber onde poderia ser aquele lugar e me lembro que Kao havia me falado que ia rolar uma festa hoje na casa do Off, só pode ser lá. Pego as chaves do meu carro e vou em desparada pra lá.
Quando eu chego na festa me deparo com um cretino tentando agarrar o Gulf, meu sangue ferve e vôo pra cima dele socando a cara daquele filho da puta, Gulf até tenta me puxar, mas eu tô tão puto que no momento a única coisa que eu quero é amassar a cara desse desgraçado, até que o Gulf começa a passar mal e eu vou socorré-lo. Assim que ó coloco no carro, ele apaga, me dirijo para sua casa, só de lembrar daquele nojento em cima dele me dá vontade de voltar lá e terminar o serviço, mas me contenho.
Chegamos na frente do seu prédio e eu ó pego no colo para levá-lo até o seu apartamento, pego a chaves em seu bolso e abro a porta, ó coloco na cama e vou até o banheiro pegar uma vasilha com água para limpá-lo. Me sento ao seu lado e o admiro enquanto ele dorme.
- Se você acreditasse no quanto eu te amo. - levanto para ir pra casa, não quero que ele acorde e me encontre aqui. Quando eu estava prestes à abrir a porta sinto os seus braços me abraçando por trás.
- Fica! - me viro e apesar de querer muito ficar, eu não posso me aproveitar de seu estado.
- Gulf, eu queria muito ficar, mas eu não creio que seja uma boa idéia.
- Eu senti a sua falta, fica comigo. - ele me beija, e como eu senti falta desse beijo, mas eu não posso ser tão baixo assim, me desvincilho dele mesmo querendo continuar. - Você não me quer mais?
- É claro que eu quero, quero muito, mas eu não posso. Se eu fizer isso você vai me odiar muito amanhã. - tento me afastar, mas ele me puxa pelo braço.
- Não precisa fazer nada, só dormi aqui comigo, eu te amo. - ouvir aquilo aqueceu o meu coração, apesar dele está bêbado.
Me deito ao seu lado e ele coloca a cabeça em meu peito, como eu senti falta de dormir assim com você, pena que amanhã você vai me mandar embora de novo, mas só por hoje, eu vou aproveitar esse abraço. Eu também te amo muito.
