Acordei e fiquei uns bons segundos no vácuo sobre o que tinha acontecido comigo, estava deitada no chão duro e fresco. As lembranças da noite passada caíram como uma chuva, e num impulso as lágrimas vieram, eu chorei e muito.
Só queria que tudo isso fosse uma pesadelo, que eu acordasse em minha cama, que não houvesse nenhum problema no passado do meu pai.
E se nesse momento caísse um raio na cabeça daquele homem e ele morresse, não seria pedir demais.
Ele está fazendo eu desejar a morte dele, sendo que em toda minha vida nunca desejei a morte de ninguém.
Não sei de onde vinha tantas lágrimas, acho até que estava desidratada de tanto chorar, nem percebi quando a porta foi aberta, me assustei com o grito de alguém.
- SANTO DEUS! Menina quem fez isso com você minha querida- ainda sem me virar na direção dela reconheci pela voz que era a mesma senhora que me trouxe o prato de comida. - como o menino André chegou a este ponto?
- o seu menino é um monstro - falei pra ela com ódio
- você está bem? Aí meu Deus o que eu estou perguntando. Anda vou ajudar você, vou preparar um banho quentinho pra você.- se levantou foi até a porta que acho ser o banheiro
Voltou, me ajudou a levantar me sentou na ponta da cama, estava me ajudando a tirar a roupa quando entrou uma outra senhora, um pouco alta morena, usava óculos
- Leila o que está se passando aqui ? Quem é essa menina?
- aí dona Mery, o menino André trouxe ela pra cá
- o que? E o que aconteceu com ela?
Eu nem conseguia responder essa mulher, na verdade eu nem estava olhando pra ela.
- o Paulo André bateu nela- a mulher que agora sei que se chama Leila, parou de tentar tirar a minha roupa então fiquei de calcinha com a parte de cima do moleton
- o Paulo André o que? Menina porque o meu filho bateria em você?
Eu simplesmente não respondi.
- anda menina responda ! - estava começando a ficar nervosa.
- o seu filho acha que eu devo pagar pelos pecados do meu pai, ele me bateu e me estuprou dentro do meu apartamento, depois me trouxe pra cá e me bateu - as lágrimas traiçoeiras voltaram.
- pelo amor de Deus! Então você é a Jade Picon né? - apenas assenti com a cabeça. Ela se sentou ao meu lado na cama e baixou a cabeça, ficou uns minutos nessa posição.
- e porquê está tirando a roupa dela Leila? - a voz dela ficou rouca, acho que estava segurando o choro
- eu ia ajudar ela com o banho dona Mary.
- isso faça isso Leila, eu vou fazer algo pra ela comer. Deve estar com fome, já volto. - se retirou do quarto.
Terminou de tirar a minha roupa, me levou no banheiro dentro da banheira e foi me dando banho.
Deixou que eu terminasse o banho e foi separar algo pra me vestir. Saí da banheira e me enrolei em uma toalha, fui secando o meu corpo e o meu cabelo.
- aí vocês jovens só têm roupas minúsculas, eu tive que procurar horrores pra achar uma calcinha que pareça confortável. Anda menina se vista eh vou ver se acho um secador pra secar esse cabelo. - soltei um pequeno sorriso, ela é engraçada.
- não Leila não precisa de secador não, deixa que seque por si.
Me vesti, ela fez eu entrar debaixo das cobertas na cama. A dona Mary chegou com uma bandeja cheia de coisa.
- tudo isso?
- sim querida, e você vai comer tudo e depois tomar esse comprimido pra dor e descansar.
Não reclamei, comi tudo sob o olhar atento das duas mulheres, tomei o remédio e me deitei elas ficaram lá velando o meu descanso.
- Leila que tipo de monstro o meu filho se transformou?
Ainda não tinha adormecido quando elas começaram a conversar.
- não diga isso dona Mary.
- tudo isso por causa da maldita vingança. Ele está em casa?
- está sim, acho que trancado no escritório dele.
- cuide dela que eu preciso ter uma conversa com o Paulo André.
Depois disso peguei no sono e não ouvi mais nada.
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Bom dia meninas!
Yarusca 🤍🍀
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Dívida Paga- Jadré
RomanceMinha primeira história, espero que gostem Sinopse Paulo André, um homem frio e calculista, o seu passado tornou lhe praticamente num demônio, sem pena não permite que ninguém se intrometa nos seus planos. Jade Picon apenas falou demais, e por c...