Cap- 38 Jade

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- dona Mary - corri até a senhora e dei abraço apertado

- Jade minha querida - retribuiu o abraço - como você está?

- eu estou bem dona Mary

- que bom filha. Procurei por você e soube que voltou a sua família e que estava bem, soube também que estava cuidando da rebekinha - fez carinho na cabeça dela- e muito obrigada por isso, só agora consegui vir pra cá ver vocês

- não precisa agradecer, a Rebeka é como se fosse uma filha

- que bom Jade, é disso que essa criança precisa - reparei bem a senhora que estava a minha frente, ela estava com olheiras e um ar de cansaço, não parece que tem dormido bem.

- dona Mary - estava reunindo forças para fazer a pergunta

-diga querida - ela brincava com a Beka que agora estava em seu colo

- e ...o Paulo... André ?- segurei o impulso de tapar os ouvidos, pois estava com muito medo da resposta

- bom o meu filho ele - meu coração falhou por um instante quando vi uma gota de lágrima nos olhos da senhora - ele está em coma Jade, os médicos não dão nenhuma esperança eles dizem que o Paulo pode ficar assim por um ou dois anos, que só um milagre o pode tirar dessa situação

- meu Deus! - eu coloquei o inimigo dentro da casa dele, ele levou o tiro que era pra mim para me salvar - ele vai ficar bem dona Mary - falei com a voz chorosa, não eu acreditei em minhas palavras.

- Deus queira que sim minha filha.

A gente ficou conversando por mais um tempo até que minha mãe chegou.

- Mary ! - minha mãe Soou surpresa, até parece que já se conhecem

- Mônica!

- vocês se conhecem ?

- claro eu e a Mônica éramos muito amigas no passado

- é na época em que eu era casada com o seu pai Jade, eu e a Mary éramos inseparáveis, mas devido os atritos entre as famílias nos distanciamos.

- pois é, Mônica eu gostaria de pedir perdão pelo mal que o meu filho causou a Jade, se o meu filho se recuperar eu prometo a vocês que eu farei de tudo pra que ele não volte a cruzar o seu caminho Jade - eu não tinha a certeza se era realmente isso que eu queria.

- não precisa pedir desculpa não Mary, ele agiu dessa forma errada porque achou que assim estaria vingando a morte do pai, ele vai entender que estava errado. - elas se abraçaram

- Jade eu trouxe algo pra você, na verdade é algo que já é seu e que merece voltar pra dona - pôs a mão dentro da bolsa e tirou de lá uma pasta de documentos - são os papéis do seu apartamento e do seu irmão, tem também os seu documentos está tudo aí.

- Nossa dona Mary, não sei nem o que te dizer

- não precisa me dizer, apenas volte para a sua vida, aquela que o meu filho tentou roubar de você

- muito obrigada - dei um abraço e beijei o rosto dela.

- bom eu já vou indo, preciso passar ao hospital ainda, Mônica foi muito bom te rever, eu sinto muita falta da nossa amizade

- também foi bom pra mim Mary, a nossa amizade era muito importante para nós duas - elas se despediram, deixei a Rebeka com a minha mãe e acompanhei dona Mary até a porta.

- Jade desculpa estar pedindo isso pra você , mas um dia desses leve a Rebeka pra ver o Paulo quem sabe o milagre não aconteça com a presença dela

- dona Mary é que...

- eu sei que hospital não é lugar de criança, não precisa me responder agora só pensa com calma - e assim nos despedimos.

Não sei realmente se devo ir, não será nenhum sacrifício, pois pelo contrário invés de ódio ou raiva eu sinto outra coisa diferente destes sentimentos.

Mas duas semanas se passaram, os dias estavam correndo,estou refazendo o meu normal, já até voltei as redes sociais, as pessoas que me acompanham faziam muitas perguntas sobre o meu sumiço, inventei que estava precisando de um tempo longe de tudo, que precisava me encontrar enfim.

Consegui organizar a minha mudança para o meu apartamento, troquei a fechadura, e a cama do meu quarto, estava recomeçando dentro do meu apartamento eu precisava me sentir a vontade, não queria me deitar naquela cama e ter más recordações.

- pronto hoje mesmo você já pode dormir aqui, as coisas da rebekinha também já estão aqui, você só vai ter que ajeitar o outro quarto pra ela

- pois é, isso é um assunto que irei ver mais tarde com calma, aí Nina para de comer e me ajude a ver os produtos que venceram o prazo anda - a puxei até a cozinha, Nina não parou de mexer a boca um segundo desde que chegamos, era suposto ela me ajudar arrumar mas não só come.

- eu já disse não sou eu é o bebê, o quê que eu posso fazer Jade - caímos na risada juntas, essa desculpa se tornou a favorita dela.

Eu e a Nina terminamos de arrumar tudo, tomei um banho longo pra relaxar, enquanto a Nina foi fazer compras, só espero que não compre um monte de besteiras. Terminei o meu banho vesti um shorts jeans e uma blusa que fica quase um vestidinho .

- Jadocaa - ouvi a voz do Léo, eu dei uma cópia da chave nele, eu juro que ainda vou me arrepender disso - jadeee

- aff Léo não precisa gritar não

- sua filha que pediu, ela está quase me enlouquecendo, não para de chamar por você, tentei explicar para ela que eu sou muito mais divertido que você

-vai se catar - peguei a Rebeka e cheirei o pescoço dela que gargalhou - oi neném, que saudades que eu tava do meu docinho

-  djeja  sodade neném

- assim eu morro de amores Beka

- está pensando mesmo em ir visitá-lo amanhã com a Rebeka? - o Léo e o meu pai ficaram putos quando eu falei que estava pensando em ir ao hospital ver o Paulo.

- sim, eu vou amanhã

- tudo bem você quem sabe

A Nina chegou com as compras, arrumamos tudo, pedi comida japonesa pra nós três, apenas fiz comida pra Rebeka...



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Dívida Paga- JadréOnde histórias criam vida. Descubra agora