Cap-39 Jade

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Acordei peguei no meu celular quando vi que  eram 11h da manhã levantei num pulo, ainda mais porque Rebeka já não estava na cama entre eu e a Nina. Respirei aliviada quando ouvi a voz do Léo e as gargalhadas da Beka vindas da sala

- Acorda dorminhoca- falei acordando a Nina

- As grávidas têm que dormir Jade- ela falou  com preguiça e arrancou uma gargalhada de mim

- Está com desejo também- perguntei com sarcasmo

- Quem está com desejo?- perguntou minha mãe entrando no quarto

- Ninguém mãe, a Nina que não levanta dessa cama

- Eu estou grávida gente- falou cobrindo a cara com o cobertor

- Gravidez não é doença- e dessa vez foi o Léo que entrou e trouxe a minha pequena, que logo que me viu já se lançou em meus braços

- Vem meu amor - se jogou no meu colo

- Que traíra Rebeka- Léo fez uma cara de deboche, eu revidei  dando  a língua  pra ele - porque a rebekinha não entendi que dos irmãos Picon eu sou o melhor?

- ahh vai se catar Léo - mostrei dedo do meio pra ele

- djejaa pome, dedeia  Humm - falou com as mãos na boca

- nossa Léo que desnaturado, você não alimentou a minha bebê

- pelo menos eu troquei a fralda, e dei chocolate me agradeça

- puta merda Léo não dê doces, e isso não alimenta.

Levei a Beka até a cozinha, dei frutas e preparei a mamadeira rapidamente porque já estava chatinha, me sentei e dei pra ela.

- que horas você vai ver o cara? - Léo perguntou já de cara fechada

- daqui a pouquinho, porque logo irei pra terapia e em seguida tenho uma sessão de drenagem

- humm Jade Picon tá on - minha mãe zombou

- mano é sério, estou me sentindo muito  inchada

- bom eu já vou indo - o Léo se levantou

- eu também já vou indo, o Léo vai me dar carona - a Nina também pegou as coisas dela

- oh Nina se você não sabe, eu vivo neste prédio.

- mas você não vai deixar eu ir sozinha né

- anda logo!

A Nina e Léo foram embora, ficando só a minha mãe. Ela ia nos deixar no Hospital, saindo de lá deixaria a Beka na casa dela, pra minha sessão de terapia e drenagem.

Cheguei no hospital e tava dona Mary lá sentada. Primeiro ela entrou pra ver o filho, depois de um tempo nos permitiram entrar.

Foi horrível entrar no quarto e ver o Paulo André lá naquela cama sem qualquer indício de melhora ou vida, dona Mary disse me que os médicos disseram que a bala passou de raspão no cérebro, quase nada mas foi o suficiente para o deixar em coma.

Foi um verdadeiro milagre ele ter sobrevivido, ainda me lembro do desespero  que passei quando vi o corpo dele caído no chão quase sem vida.

- todos os santos dias eu tento de todas as formas sufocar esse sentimento que está me matando - me sentei com a Rebeka em meu colo na poltrona que estava perto da cama - esse mesmo sentimento é tão forte que está fazendo eu me esquecer de todo mal que você me fez - Rebeka me olhava sem entender nada, claro né eu já estava chorando - eu trouxe a Rebeka pra ver você

Coloquei a Rebeka sentada na cama, ela logo pegou na mão direita do Paulo André que estava ao alcance dela com as duas mãozinhas e olhou pra mim.

- djejaa papa, papa

Ela chamou ele de "papa", será que ela sente falta do pai? E claro que a figura do Paulo não é estranha pra ela, me lembro das vezes em que ela grudava no Paulo André, e não queria mais o colo de ninguém . Talvez ela reconheceu ele como a figura paterna o tempo em que eles passaram na casa do Paulo, e contando que onde o Paulo estivesse o  Gaigher estava, isso deve ter contribuído muito.

- é o papai Beka? - e eu confundindo a cabeça de uma criança de 1 ano

- papa, doumi

- sim meu amor papai está dormindo

Fiquei mais uns minutos só ouvindo os falatórios da Rebeka, até uma enfermeira veio avisar que o nosso tempo tinha acabado, antes de sair da sala cheguei bem perto dele.

- apesar de todo mal que você me fez, o amor por você nasceu em mim - falei bem baixinho no ouvido dele, foi quase um sussurro - obrigada por me salvar.

Saí de lá arrasada, muito mal mesmo pela situação dele, nunca pensei que um dia veria o Paulo naquele estado quase morto na verdade, os médicos dizem que ele pode acordar a qualquer momento, daqui a um dois ou até mesmo três anos. Eu só queria a minha Liberdade.

Deixei a Rebeka na minha mãe, e parti pra mais uma sessão de terapia, estava precisando muito, precisava me libertar do sentimento de culpa que estava sentindo.

Depois disso a minha sessão de drenagem, eu já estava pronta pra começar com a massagem quando de repente a profissional parou logo que tocou na minha barriga

- Jade? - me chamou olhando pra mim

- oi , aconteceu alguma coisa?

- Jade você procurou a sua ginecologista?

- não, porquê? - agora me assustei , me levantei ficando sentada...






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O que será que é eihn ?


Y🍀🤍


Dívida Paga- JadréOnde histórias criam vida. Descubra agora