Acordei peguei no meu celular quando vi que eram 11h da manhã levantei num pulo, ainda mais porque Rebeka já não estava na cama entre eu e a Nina. Respirei aliviada quando ouvi a voz do Léo e as gargalhadas da Beka vindas da sala
- Acorda dorminhoca- falei acordando a Nina
- As grávidas têm que dormir Jade- ela falou com preguiça e arrancou uma gargalhada de mim
- Está com desejo também- perguntei com sarcasmo
- Quem está com desejo?- perguntou minha mãe entrando no quarto
- Ninguém mãe, a Nina que não levanta dessa cama
- Eu estou grávida gente- falou cobrindo a cara com o cobertor
- Gravidez não é doença- e dessa vez foi o Léo que entrou e trouxe a minha pequena, que logo que me viu já se lançou em meus braços
- Vem meu amor - se jogou no meu colo
- Que traíra Rebeka- Léo fez uma cara de deboche, eu revidei dando a língua pra ele - porque a rebekinha não entendi que dos irmãos Picon eu sou o melhor?
- ahh vai se catar Léo - mostrei dedo do meio pra ele
- djejaa pome, dedeia Humm - falou com as mãos na boca
- nossa Léo que desnaturado, você não alimentou a minha bebê
- pelo menos eu troquei a fralda, e dei chocolate me agradeça
- puta merda Léo não dê doces, e isso não alimenta.
Levei a Beka até a cozinha, dei frutas e preparei a mamadeira rapidamente porque já estava chatinha, me sentei e dei pra ela.
- que horas você vai ver o cara? - Léo perguntou já de cara fechada
- daqui a pouquinho, porque logo irei pra terapia e em seguida tenho uma sessão de drenagem
- humm Jade Picon tá on - minha mãe zombou
- mano é sério, estou me sentindo muito inchada
- bom eu já vou indo - o Léo se levantou
- eu também já vou indo, o Léo vai me dar carona - a Nina também pegou as coisas dela
- oh Nina se você não sabe, eu vivo neste prédio.
- mas você não vai deixar eu ir sozinha né
- anda logo!
A Nina e Léo foram embora, ficando só a minha mãe. Ela ia nos deixar no Hospital, saindo de lá deixaria a Beka na casa dela, pra minha sessão de terapia e drenagem.
Cheguei no hospital e tava dona Mary lá sentada. Primeiro ela entrou pra ver o filho, depois de um tempo nos permitiram entrar.
Foi horrível entrar no quarto e ver o Paulo André lá naquela cama sem qualquer indício de melhora ou vida, dona Mary disse me que os médicos disseram que a bala passou de raspão no cérebro, quase nada mas foi o suficiente para o deixar em coma.
Foi um verdadeiro milagre ele ter sobrevivido, ainda me lembro do desespero que passei quando vi o corpo dele caído no chão quase sem vida.
- todos os santos dias eu tento de todas as formas sufocar esse sentimento que está me matando - me sentei com a Rebeka em meu colo na poltrona que estava perto da cama - esse mesmo sentimento é tão forte que está fazendo eu me esquecer de todo mal que você me fez - Rebeka me olhava sem entender nada, claro né eu já estava chorando - eu trouxe a Rebeka pra ver você
Coloquei a Rebeka sentada na cama, ela logo pegou na mão direita do Paulo André que estava ao alcance dela com as duas mãozinhas e olhou pra mim.
- djejaa papa, papa
Ela chamou ele de "papa", será que ela sente falta do pai? E claro que a figura do Paulo não é estranha pra ela, me lembro das vezes em que ela grudava no Paulo André, e não queria mais o colo de ninguém . Talvez ela reconheceu ele como a figura paterna o tempo em que eles passaram na casa do Paulo, e contando que onde o Paulo estivesse o Gaigher estava, isso deve ter contribuído muito.
- é o papai Beka? - e eu confundindo a cabeça de uma criança de 1 ano
- papa, doumi
- sim meu amor papai está dormindo
Fiquei mais uns minutos só ouvindo os falatórios da Rebeka, até uma enfermeira veio avisar que o nosso tempo tinha acabado, antes de sair da sala cheguei bem perto dele.
- apesar de todo mal que você me fez, o amor por você nasceu em mim - falei bem baixinho no ouvido dele, foi quase um sussurro - obrigada por me salvar.
Saí de lá arrasada, muito mal mesmo pela situação dele, nunca pensei que um dia veria o Paulo naquele estado quase morto na verdade, os médicos dizem que ele pode acordar a qualquer momento, daqui a um dois ou até mesmo três anos. Eu só queria a minha Liberdade.
Deixei a Rebeka na minha mãe, e parti pra mais uma sessão de terapia, estava precisando muito, precisava me libertar do sentimento de culpa que estava sentindo.
Depois disso a minha sessão de drenagem, eu já estava pronta pra começar com a massagem quando de repente a profissional parou logo que tocou na minha barriga
- Jade? - me chamou olhando pra mim
- oi , aconteceu alguma coisa?
- Jade você procurou a sua ginecologista?
- não, porquê? - agora me assustei , me levantei ficando sentada...
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O que será que é eihn ?
Y🍀🤍
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Dívida Paga- Jadré
RomanceMinha primeira história, espero que gostem Sinopse Paulo André, um homem frio e calculista, o seu passado tornou lhe praticamente num demônio, sem pena não permite que ninguém se intrometa nos seus planos. Jade Picon apenas falou demais, e por c...