Dívida Paga- Jadré

Cap-37 Jade

Depois de tomar todo leite fiz ela arrotar, se aninhou no meu colo e dormiu. Ajeitei uma cama pra ela no sofá mesmo.

- eu nasci pra ver Jade de mamãe

- aí Nina vai se catar. Pronto, agora você pode me contar tudinho, aquele homem te machucou? Como você conseguiu se livrar dele?

- ele não me machucou, pelo menos fisicamente não, a princípio ele ficava com aquela cara fechada de mauzão que quer se vingar, só que eu não facilitava fazia de tudo pra ele não me tocar

- Nina o que você fazia pra ele não te tocar?

- ah já misturei dois comprimidos pra dormir na bebida dele, já cheguei a tacar coisas na cabeça dele, eu fazia de tudo mesmo até que chegou um ponto que não me metia mais medo e o chá aconteceu

- você deu o chá de livre e espontânea vontade pra ele?

- estava um pouquinho alterada pelo álcool mas foi por minha vontade, apartir daí eu comecei a domina lo pelo sexo, até que o seu afilhado decidiu aparecer - colocou as mãos na barriga

- Pelo amor de Deus! Nina você está Grávida ?

- Jade não fala assim, eu já aceitei que vou ser mãe

- tá desculpa amiga, mas como você se sente?

- eu estaria em paz se o imbécil do Patrick não tivesse me expulsado da vida dele

- ele rejeitou o filho?

- Não! Segundo ele, eles estavam sendo ameaçados por um inimigos do Paulo André, e se eu continuasse lá corria um grande risco. Enfim você disse que o homem está morto, porquê ele não me ligou ainda ?

- Nina você está apaixonada? Você o ama - eu tô um pouco da cara dela, na verdade ele não fez mal a ela, menos mal né

- aí Jade para, chega de falar de mim, me conta sobre você estou vendo que você não está tão feliz assim

- não consigo parar de pensar nele, eu sei que ele me fez muito mal, me estuprou e me bateu foi horrível, mas eu não consigo ficar calma sem saber como ele está - pronto e já comecei com as lágrimas de novo, estava me tornando muito sensível ultimamente - ele foi torturado da pior forma Nina e levou um tiro que seria pra mim.

- depois de tudo que ele te fez e do mal que fizeram com que ele, ele meteu na frente da bala pra te salvar, o que você senti

- eu não sei Nina, é uma mistura de sentimentos que eu não sei explicar, me sinto muito confusa, eu só quero que alguém me diga que ele está bem - eu não acredito que eu estava chorando

- quer um copo com água - fiz que não com a cabeça

- Nina eu não sei como...- eu realmente estava chorando horrores

- calma amiga - ela me abraçou até eu parar de chorar.

- Jade você quer que eu marque uma consulta pra você com sua terapeuta?

- sim eu quero muito Nina. Bom chega de chorar vamos falar desse bebê aí - acaricie a barriga dela -  Quanto tempo?

- quatro semanas, apesar de tudo estou feliz

- a Dinda já ama.- abracei  a Nina - e o seu DIU ?

- a médica explicou que saiu do lugar, por isso engravidei, acho que com você não aconteceu, teve sorte

- graças a Deus né,  os nossos casos são um pouco diferente eu não ia saber lidar, não sei.

- é bom agora você tem que começar a terapia ficar boa pra começar a trabalhar.

- é isso que eu preciso Nina, trabalhar

- também fazer um exame pra saber se está tudo bem mesmo, você falou aí que ele te espancou

- eu vou fazer Nina.

A tarde passou, Nina teve que ir embora pra casa dos pais dela, que é onde ela está morando.Minha mãe e Léo chegaram das compras com quase um closet inteiro pra Rebeka.

- nossa mãe não precisava tudo isso

- ah é eu me empolguei, me lembrei de quando você era uma bebezinha, olha isso aqui - falou me mostrando um vestidinho branco com detalhes em rosa e um laço

- ela vai ficar muito linda, a minha bebê - enchi ela de bejinhos  deu até um gritinho protestando

- bom eu já vou indo, vocês ficam aí com o vosso papo feminino - a Rebeka deu um risinho sapeca como se entendesse alguma coisa.

Léo nos despediu com um beijo em todas e foi embora.

Passagem de tempo...

Bom duas semanas se passaram comecei com a minha terapia, e realmente era disso que eu precisava falar sobre o que eu estava sentindo em relação a tudo sem julgamento. A minha terapeuta disse que eu poderia estar com síndrome de Estocolmo, isso mesmo segunda ela esse sentimento que eu tenho em relação ao Paulo André não é normal, bom se for mesmo isso eu vou me recuperar.

Eu ainda não tinha nenhuma notícia no Paulo André, estava com muito medo de que me dissessem que estava morto e enterrado, caia numa tristeza só de pensar.

Rebekinha está uma fofura, cada vez mais apegada a mim e eu a ela, sempre que saio se demorar mais de duas horas já ligam pra mim desesperados por causa do choro dela, meu pai até comprou um celular com urgência por causa da Rebeka. Os meus documentos e cartões ficaram todos no meu apartamento.

- nene Jejaa

- Beka deixa só eu terminar de te arrumar neném - estamos numa luta já á 15 minutos, ela não para quieta

- Jade, visita pra você - Júlia a empregada da minha mãe

- já vou Júlia.

Terminei de vestir a Rebeka a peguei no colo e desci com ela, quando cheguei a sala, fiquei muito feliz quando vi quem era a minha visita ...

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Quem será a visita?

Y🤍🍀