onze

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Ao acordar pela manhã, senti falta de Sanzu em minha cama. Ou ele havia ido embora no meio da noite, ou ele provavelmente estaria perambulando pela casa. Levantei com toda a preguiça que havia em mim e fui arrumar minha mochila, pois não estava com ânimo de fazer isso na noite passada.

Quando fui em direção ao banheiro para meu banho matinal, senti um forte cheiro de panquecas vindo do andar debaixo, isso apenas confirmou minha dúvida de que aquele doido ainda estava na minha casa.

Após tomar banho e ter a certeza de que Sanzu não estava no meu quarto, fui me vestir. Procurei a blusa por todo lado e não a encontrei até que me dei conta de que eu começava a tirar a roupa na parte debaixo da casa.

— Mas que merda. -disse pegando uma toalha e cobrindo meus seios- Ele vai me atormentar por isso.

Caminhei para o andar debaixo com a mochila e para minha surpresa Sanzu estava sem a máscara mexendo distraidamente nas panquecas e terminando o café. Mas ao notar que eu o encarava, virou o rosto rapidamente.

— O que você quer me olhando, hein? -perguntou estressado- Não tem outro lugar pra olhar não?

— Fala direito comigo! -rebati- Você tá na minha casa!

— Foda-se. -respondeu malcriado com o rosto vermelho- Irritante de merda!

— Viu meu uniforme por aí? -perguntei passando o olhar pela cozinha- Seu idiota.

— Tava jogado no chão e eu coloquei no sofá.

— Ótimo! -respondi indo para o sofá- Mal educado.

— Mesquinha! -rebateu- Bagunceira!

— Se você falar mais alguma ofensa pra mim. -o encarei semicerrando os olhos- Eu te jogo pela janela.

O loiro ficou calado me encarando com desgosto enquanto eu dava risada da cara dele. Aproveitei um momento em que ele estava distraído e rapidamente vesti minha blusa.

— Belo sutiã! -gritou da cozinha- Ficaria melhor sem eles!

— Por que você não pode passar um dia sem essas piadinhas suas? -Perguntei o encarando enquanto ele ria descaradamente.

— Vem tomar café. -ele disse empurrando um prato em minha direção- Antes que você se atrase.

— Por acaso tem veneno aqui dentro?

— Se tivesse eu mesmo faria questão de comer.

— Não se eu comesse antes de você.

Sanzu apenas sorriu e baixou sua cabeça enquanto a movimentava negativamente. Terminei de tomar meu café e fiquei observando Sanzu organizar toda a louça e deixando tudo em ordem, ele parecia ter alguma mania de limpeza ou coisa do tipo.

— Que horas você sai hoje? -Perguntou secando as mãos.

— No mesmo horário de sempre. -respondi- Por que? Vai me esperar com flores novamente?

— Mas nem fodendo!

— Se não for me esperar assim é melhor nem ir. -respondi- E pula logo aquela janela, não vou deixar um doido como você na minha casa.

— Engraçado… -ele riu me olhando- Você tem coragem de dormir do lado do “doido” mas não de deixar ele sozinho na sua casa.

— Você tem um ponto. -dei risada- Mas quem garante que sei lá, você não vai roubar minhas calcinhas?

— Só se for de novo. -Disse dando os ombros e subindo as escadas.

— Espera.. -comecei a subir atrás dele- Você fez mesmo isso?

INFERNO • Sanzu Haruchiyo | Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora