quinze

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No dia seguinte, Sanzu foi para casa e antes que eu pudesse descansar da presença do loiro, lá estava ele novamente em minha casa. Cada parte do dia que passava eu ficava o comparando com uma criança carente, sempre que eu o negava atenção ele agia de forma extremamente birrenta.

Assim como no café da manhã, Sanzu estava me ajudando com o almoço. Eu tinha que admitir que ele cozinhava perfeitamente bem, mas não podia esperar menos do que uma pessoa que viveu sozinha por tantos anos.

— Cupcake? -Chamou tirando minha concentração.

— Se é carinho que você quer, saiba que não vou te dar. -Respondi.

— Quero saber o que acha do nome Amane. - Rebateu ríspido.

— É um nome muito bonito. -respondi- Gosto dele, por que?

— E Kenji? -Perguntou novamente.

— Tem um significado bonito. -dei risada- O que você quer saber me perguntando esses nomes?

— Ainda bem que gostou. -sorriu me encarando e voltando a atenção para a panela- Decidindo o nome dos nossos filhos, dois já foram, agora só faltam três.

— Ainda tá insistindo nessa história? - O encarei incrédula.

— Sim. -respondeu simplista- Nosso cachorro vai se chamar Killer.

— Eu não vou ter filhos com você Sanzu.

— Claro que vai, dois anos depois de nos casarmos.

— O que eu fiz pra merecer você na minha vida?

— Me deu um tapa e me enfrentou. -disse dando os ombros e apagando a chama do fogão- Eu não sei se fiquei traumatizado ou apaixonado…

— Acredito que apaixonado. -dei risada- Qual sua comida preferida?

— Por que quer saber?

— Pra pensar se você merece que eu cozinhe.

— Atualmente eu estou amando comer cupcake. -Respondeu malicioso me abraçando por trás.

— Pois saiba que você vai passar uns dias sem comer “cupcake”. -respondi me afastando dele- Seu pervertido.

— Por que você me trata tão mal? -perguntou fazendo biquinho- Eu sempre faço tudo o que você quer.

— Porque você é mimado!

Começamos uma longa e engraçada briga como todas as outras vezes, como o almoço já estava pronto resolvemos ir comer, a cada mastigada Sanzu se dedicava em murmurar possíveis xingamentos enquanto me olhava com um certo ódio naquelas íris intensas e azuis.

Apesar de estressado ele sempre fazia de tudo para me agradar ou para acabar me comprando, ele era uma pessoa interessante e ao mesmo tempo misteriosa, ele não falava de sua família ou de seu passado, parecia até mesmo não se importar com tudo o que aconteceu. E talvez aquele fosse o seu charme esquisito.

— Alguém já te disse que você é muito fofo quando está bravo? -Perguntei dando um beijinho no rosto do loiro.

— Eu não sou fofo porra! -respondeu com as bochechas avermelhadas- Eu sou um gângster perigoso!

— Tão perigoso que tá lavando minha louça com um avental cor de rosa. 

— O que tem contra rosa hein?! -Perguntou indignado.

— Nada contra. -respondi me encostando no balcão- Eu gosto de rosa, e você fica bem com essa cor.

— Tá falando sério? -Perguntou desconfiado, semicerrando o olhar.

INFERNO • Sanzu Haruchiyo | Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora